Agtech: desafios e oportunidades de startups do agronegócio

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Apesar de ainda pouco conhecidas, as agtechs estão levando o que há de mais moderno em inovação e tecnologia para o campo. 

Estudos mostram uma tendência clara de crescimento de startups focadas em soluções para a cadeia do agronegócio, segmento que representa nada menos do que 27% do PIB.

Se você quer entender mais sobre as oportunidades e desafios desse mercado e descobrir em quais áreas as agtechs estão inovando, continue a leitura deste texto até o final! 

O que é agtech?

Agtech é uma startup do agronegócio, cujo modelo de negócio dedica-se à criação de soluções tecnológicas aplicadas ao campo. 

O termo é uma abreviação das palavras agrícola ou agroindústria (ag) e technology (tech). 

Agtech ou agrotech?

Agtech e agrotech têm o mesmo significado.

Ambas são startups cujo propósito é prover tecnologia para o mercado agro. 

As diferenças estão nos nichos de mercado dentro da cadeia produtiva do setor, que, como vimos, tem peso significativo no PIB nacional.

Uma agtech ou agrotech pode desenvolver soluções para a pecuária, agricultura, logística, novas culturas agrícolas, entre outros setores. 

O que fazem as agtechs?

De acordo com o estudo Distrito Agtech Report 2022, 35,2% das agtechs brasileiras concentram-se na agricultura de precisão.

Entre os principais serviços oferecidos, destaque para a análise de dados, por meio de ferramentas de big data e softwares de apoio à gestão.

Além da agricultura de precisão, as agtechs atuam também em outros segmentos dentro da cadeia ao agronegócio, como:

  • Biotecnologia: desenvolvimento de soluções para o uso agroindustrial, como bioenergia, biomateriais, insumos biológicos e genética agropecuária 
  • Automação e robotização: desenvolvimento de soluções tecnológicas para máquinas agrícolas, drones, automação e visão computacional
  • Marketplace: iniciativas capazes de intermediar negociações de insumos, commodities, locação de máquinas e equipamentos e compra direta do produtor
  • Midstream Technologies: soluções tecnológicas em logística e transporte, como monitoramento de frota, rastreabilidade de produtos e segurança alimentar
  • Novel Farming: métodos inovadores de produção de alimentos não convencionais, como carnes de laboratório, novas culturas agrícolas e a agricultura urbana.

Startups de outros segmentos também podem estabelecer uma interface com o mercado agro, como as fintechs (crédito agrícola), foodtechs (startups alimentícias) ou edtechs (educacionais).

Exemplos de agtech no Brasil

Considerando outros mercados, como o financeiro, em que as fintechs têm promovido uma revolução sem precedentes, pode-se afirmar que as agtechs estão só começando. 

Conforme levantamento da plataforma Distrito, o Brasil tinha 366 agtechs no primeiro semestre de 2022, boa parte nascida a partir de 2015.

Em termos de investimentos, as agtechs captaram R$ 109 milhões em 2021 (a título de comparação, as fintechs captaram no mesmo período algo em torno de R$ 19 bilhões).

Contudo, há exemplos de agtech que provam que o mercado tem muito potencial para crescer.

Veja alguns:

  • Clicampo: fundada em 2021, a Clicampo tem como objetivo conectar produtores a pequenos varejistas e restaurantes por meio de uma plataforma de marketplace. Em 2022, anunciou a captação de R$ 40 milhões
  • Solinftec: agtech fundada em 2007, oferece soluções para o produtor rural em diferentes aspectos do negócio: gestão, logística, rastreabilidade, agronomia e robótica. Em 2020, foi a agtech que mais recebeu recursos de investidores: US$ 60 milhões 
  • Solubio: agtech de biotecnologia fundada em 2016, oferece soluções que auxiliam o fazendeiro na produção do próprio bioinsumo, oferecendo tecnologia, equipamentos e assistência técnica
  • Terramagna: considerada uma agfintech, é uma startup de crédito agrícola que usa tecnologia exclusiva para fornecer linhas de financiamento a produtores e distribuidores em condições mais atrativas
  • Agrotools: baseada em uma plataforma proprietária de análise de dados, essa agtech oferece soluções em financiamento rural, ESG e compliance, seguro rural, eficiência de vendas, entre outras.

Startups do agronegócio: desafios e oportunidades

O agronegócio brasileiro, como vimos, tem forte representatividade econômica e muitas oportunidades para as agtechs, mas também há uma série de desafios.

Em relação às oportunidades, podemos destacar:

  • Soluções para comercialização, como as plataformas de marketplace que encurtam distâncias entre produtor e consumidor, eliminando intermediários
  • Análise de dados, que pode estar presente nos mais diversos aspectos da produção agroindustrial, especialmente na agricultura de precisão 
  • Alimentos de laboratório, uma novidade que tem interessado ao mercado por dois motivos: redução do impacto ambiental e participação do público vegano.

Quanto aos desafios, os principais são:

  • Realidade do campo: para propor soluções que façam sentido, uma agtech precisa conhecer o dia a dia do campo – e isso não se faz à distância
  • Infraestrutura e logística: apesar de muito eficiente da porteira para dentro, o agro brasileiro tem um gargalo logístico importante que não depende apenas do setor privado
  • Captação de recursos: abrir uma agtech e captar recursos para desenvolver soluções para o agronegócio também é um desafio, afinal, você precisará convencer o investidor que compreende o mundo rural e que o seu projeto vale o risco.

Como liderar uma agtech de sucesso

As oportunidades para agtechs são muitas, mas é preciso estar preparado para aproveitá-las

Se você quer empreender nesse mercado que representa mais de 27% do PIB nacional, confira algumas dicas de como aumentar suas chances de sucesso.

Descubra uma oportunidade de mercado

Dentro do universo do mercado agroindustrial, você precisa encontrar uma oportunidade que faça sentido, ou seja, um problema relevante que mereça ser solucionado.

Nesta fase, é importante fazer um trabalho de campo e conhecer a realidade do público-alvo que pretende atender.

Defina um modelo de negócio

Boa parte das agtechs são do tipo B2B (Business to Business), mas há oportunidades também no B2C (Business to Consumer). 

Ao estruturar o modelo e o plano de negócio, opte por metodologias ágeis e enxutas, como o método Canvas, e foque no cliente, não no produto

Antes de investir na ideia, faça os testes de mercado por meio de um MVP ou instrumento parecido a fim de colher os feedbacks.

Busque investimentos

Com as hipóteses validadas e o modelo de negócio definido, busque recursos para estruturar sua agtech e escalar seu negócio.

Você pode recorrer a diferentes fontes de investimento, como fundos venture capital, investidores-anjo, plataformas de crowdfunding, entre outras.

Faça boas parcerias

Ao longo de sua jornada, construa relacionamentos que possam ajudá-lo a chegar mais longe, como um parceiro estratégico para cuidar da contabilidade do seu negócio.

Neste aspecto, conte com a Comece com o Pé Direito, empresa de contabilidade digital que entende como ninguém o universo das empresas inovadoras.

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