Como conseguir aporte financeiro para sua startup decolar?

aporte financeiro26
Blog > Financeiro > Como conseguir aporte financeiro para sua startup decolar?

Com exceção de empreendedores autossuficientes, conseguir um aporte financeiro é o que toda startup precisa para escalar.

Captar recursos, entretanto, não é uma missão simples: exige preparo, disciplina e persistência, principalmente nas fases pré-seed e seed. 

A boa notícia é que há diferentes fontes de recursos, de investidores-anjo a fundos de capital de risco.

Se você quer descobrir como conseguir aporte financeiro para a sua empresa ou projeto, avance na leitura.

O que é aporte financeiro?

Aporte financeiro é a injeção de capital ancorada por um investidor ou fundo de investimento em uma startup ou qualquer outro projeto.

Ao aportar recursos, o investidor contribui financeiramente com a iniciativa, subsidiando-a na expectativa de obter retorno positivo. 

No caso das startups, em troca do aporte de recursos financeiros, os investidores geralmente ficam com uma participação societária no negócio. 

Em casos menos comuns, o aporte financeiro pode acontecer também via operações de empréstimos, como linhas de financiamento

São situações em que o credor não fica com uma parte da empresa, mas assume o risco de crédito e pode sair no prejuízo caso a startup não honre com os compromissos.

Tipos de aporte financeiro

Há diversos tipos de aporte financeiro em startups, cada um adequado a diferentes estágios de crescimento e necessidades estratégicas

Esses aportes variam em termos de montantes, expectativas de retorno e envolvimento dos investidores, sendo fundamentais para sustentar operações, acelerar o desenvolvimento de produtos e expandir mercados. 

A escolha do tipo certo de aporte é necessária para alinhar os objetivos da startup com o perfil do investidor, garantindo crescimento sustentável e acesso a recursos essenciais.

Conheça agora as principais fontes de aporte financeiro para empresas inovadoras de base tecnológica.

1. Friends, family, fools (FFF)

O aporte FFF, ou Friends, Family and Fools, é uma das primeiras fontes de capital para startups.

Esse tipo de investimento ocorre, em geral, nas fases de ideação e MVP, quando a empresa ainda não possui tração suficiente para atrair investidores externos.

São recursos financeiros vindos de pessoas próximas ao empreendedor, como amigos, familiares ou conhecidos dispostos a investir com base na confiança no projeto. 

Embora seja uma opção acessível, é fundamental planejar bem o uso do capital para evitar desgastes nos relacionamentos caso o negócio não prospere como esperado.

2. Investidor-anjo

O investidor-anjo, que pode ser pessoa física ou jurídica, geralmente é alguém com experiência nos mercados financeiro e empresarial.

Sua atuação como sócio-investidor não se restringe ao aporte financeiro na startup. 

Ao identificar empresas com alto potencial de escalabilidade, o investidor-anjo também participa efetivamente da gestão.

3. Fundos venture capital

Os fundos venture capital, ou capital de risco, também são fontes muito procuradas pelos empreendedores.

Cada fundo tem regras e parâmetros específicos que norteiam a política de investimento, como preferência por determinado segmento de atuação, tamanho da startup, entre outros. 

Em geral, os fundos compram uma parte da empresa na intenção de fazer o desinvestimento quando a startup alcança determinado patamar, embolsando os lucros.

Trata-se de um tipo de aporte financeiro direcionado a startups em estágios mais avançados, como growth stage.

4. Plataformas de crowdfunding

As plataformas de crowdfunding também são importantes fontes de recursos para as startups.

Devido à abrangência digital, é possível captar dinheiro de vários investidores ao mesmo tempo, democratizando o acesso. 

Algumas plataformas são classificadas como distribuidoras de valores mobiliários, permitindo aos investidores se tornarem sócios das startups.

5. Aceleradoras e incubadoras

As aceleradoras e incubadoras desempenham um papel estratégico no desenvolvimento de startups.

Esses programas oferecem suporte que vai além do aporte financeiro, incluindo mentorias, networking, infraestrutura e capacitação.

Algumas aceleradoras costumam pedir uma participação societária em troca do investimento.

Já as incubadoras geralmente focam em oferecer recursos não financeiros, como espaço físico e apoio técnico.

Ambas são ideais para startups em estágio inicial que buscam validar suas ideias e escalar rapidamente.

6. Empréstimos e linhas de crédito

Embora não sejam aportes financeiros efetivamente, os empréstimos e linhas de crédito podem ser alternativas interessantes para startups que precisam de capital sem ceder participação societária.

No entanto, é importante avaliar cuidadosamente as condições oferecidas, como taxas de juros, prazos de pagamento e possíveis garantias.

Uma análise detalhada evita que a empresa assuma dívidas acima de sua capacidade de pagamento, comprometendo a saúde financeira no longo prazo.

Para startups que desejam manter total controle sobre o negócio, os empréstimos e linhas de crédito podem ser opções viáveis.

Essa abordagem é ideal para empresas que já possuem alguma receita e capacidade de pagamento, mas precisam de capital adicional para expandir.

Antes de escolher se endividar, contudo, o empreendedor deve analisar alguns aspectos essenciais, como:

  • Custo Efetivo Total (CET)
  • Prazos de pagamento e carência
  • Flexibilidade para antecipar pagamentos sem penalidades.

Os bancos públicos, como o BNDES, oferecem linhas de crédito específicas para startups, com condições mais favoráveis.

Outra opção são as fintechs, que têm simplificado o acesso a crédito para pequenos negócios.

🚀 Foque no seu próximo passo com decisões inteligentes baseadas em dados!

Importância do aporte financeiro para empresas

Sem aporte financeiro, uma startup com alto potencial de escalabilidade e lucratividade dificilmente consegue sobreviver.

Afinal, para desenvolver soluções inovadoras, muitas delas disruptivas e radicais, esses novos negócios queimam muito caixa antes de os lucros aparecerem. 

Não por acaso, várias startups que alcançaram o sucesso precisaram pivotar durante a fase de validação de hipóteses, mudando completamente de direção.

O aporte financeiro, portanto, é o que garantirá a sobrevivência da startup até o break-even point, que nada mais é do que o ponto de equilíbrio financeiro, a partir do qual ela passa a gerar lucro efetivamente.

Exemplos de aporte financeiro

Os aportes financeiros das rodadas de investimento costumam ser classificados em fases, como Séries A, B, C e assim por diante.

A classificação diz respeito ao nível de maturidade do negócio. 

Uma rodada Série A, por exemplo, abrange startups que têm um modelo de negócio construído, clientes e alguma receita, mas precisam de recursos para escalar

A Série B contempla startups que evoluíram com os recursos da Série A e estão ampliando horizontes, inclusive por meio de fusões e aquisições.

À medida que novas rodadas acontecem, a percepção de risco diminui, considerando que o negócio ganha cada vez mais tração, e os aportes aumentam.

O Brasil tem exemplos de aportes financeiros de encher os olhos. 

Veja alguns recentes:

  • Solfácil: em julho de 2024, a energytech Solfácil assegurou um aporte de R$ 750 milhões por meio da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), em recursos aplicados no financiamento de cerca de 22 mil kits solares
  • Skyone: em fevereiro de 2024, a Skyone, startup que fornece produtos tecnológicos para simplificar a rotina empresarial, recebeu um investimento de R$ 60 milhões para expandir suas soluções
  • Yuno: em março de 2024, a orquestradora global de pagamentos Yuno levantou mais de R$ 100 milhões de um grupo de investidores, fortalecendo sua posição no setor
  • Delend: também em março de 2024, a fintech Delend recebeu um aporte de R$ 100 milhões e adquiriu parte da Rede OK por R$ 80 milhões, visando impulsionar seus serviços no mercado de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs)
  • Koin: novamente em março de 2024, a fintech Koin, especializada em soluções de “Buy Now Pay Later” (BNPL), captou R$ 36,6 milhões por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), com o apoio do banco Itaú, para expandir as operações de crédito ao consumo.

Como conseguir aporte financeiro: 3 dicas

Se você também precisa de aporte financeiro para escalar sua startup, confira dicas para encontrar o investidor certo para o seu negócio.

1. Conheça o investidor

É importante que você conheça o perfil do investidor para aumentar as chances de sucesso nas rodadas de captação de recursos.

Alguns investidores-anjo e fundos venture capital são bem específicos em sua política de investimento quanto ao segmento de atuação e ao estágio da startup. 

Embora o interesse maior desses investidores seja por startups em fases avançadas, há recursos para negócios em fase de MVP e ideação.

2. Capriche no pitch deck

O pitch deck é uma das principais ferramentas de divulgação e “venda” do seu negócio. 

Seu propósito é reunir, em poucos slides, a essência da startup, bem como a proposta de aporte financeiro.

Você pode contar, na forma de uma história, como encontrou a oportunidade de negócio e como pretende desenvolvê-la.

3. Prepare-se para a due diligence

Feito o dever de casa, esteja preparado para a due diligence, a diligência prévia que faz parte do processo de aporte financeiro em sua startup.

O objetivo é manter a startup organizada contábil e financeiramente, dentro dos melhores enquadramentos jurídicos, de maneira a facilitar a entrada de novos sócios. 

Para isso, conte com a parceria estratégica da Comece, uma empresa de contabilidade online que entende o universo das startups e scale-ups.

🚀 Com a due diligence, sua startup fica pronta para receber investimentos e decolar!

4. Demonstre tração no mercado

Investidores buscam startups que já apresentem sinais concretos de validação de mercado. 

Essa tração pode ser medida de diferentes formas, como aumento no número de usuários, crescimento nas vendas ou parcerias estratégicas estabelecidas.

Apresente métricas que comprovem o potencial de escalabilidade, como taxa de crescimento mensal, churn rate ou LTV (Lifetime Value).

Esses indicadores dão aos investidores mais segurança de que o negócio tem capacidade de gerar retorno sobre o investimento.

5. Tenha uma estratégia clara de uso dos recursos

Durante o processo de captação, apresente um plano detalhado de como o aporte financeiro será utilizado.

Divida o orçamento em categorias, como marketing, desenvolvimento de produto e contratações, mostrando como cada ação contribuirá para o crescimento da startup.

Essa transparência fortalece a confiança dos investidores e demonstra que o empreendedor tem clareza sobre as necessidades do negócio.

6. Construa uma rede de contatos sólida

Networking é um dos pilares para conseguir aporte financeiro.

Conexões bem estabelecidas podem abrir portas para investidores, parceiros estratégicos e programas de aceleração.

Participar de eventos de startups, como meetups, hackathons e rodadas de pitch, são excelentes maneiras de aumentar sua visibilidade no ecossistema de inovação.

Mantenha-se também ativo em plataformas como LinkedIn, onde é possível estabelecer relacionamentos com profissionais relevantes.

7. Tenha uma equipe forte e complementar

Investidores não olham apenas para a ideia ou o mercado, mas também para a equipe que está por trás da startup.

Demonstrar que o time possui competências técnicas e gerenciais complementares é fundamental para transmitir confiança.

Por exemplo, em uma startup de tecnologia, ter um CTO experiente ao lado de um CEO com habilidades em negócios é um importante diferencial.

Portanto, invista na formação de uma equipe qualificada e alinhada com a visão da empresa.

8. Organize o financeiro

Uma gestão financeira bem estruturada é indispensável para atrair investidores.

Garanta que suas contas estejam em ordem, com relatórios claros sobre receitas, despesas e fluxo de caixa.

Investidores buscam sinais de maturidade e uma contabilidade organizada transmite seriedade.

Aqui, contar com o apoio de uma contabilidade especializada, como a Comece, pode fazer a diferença ao preparar sua startup para captar recursos de forma profissional e eficiente.

🚀 Experimente a contabilidade consultiva digital especializada em startups para impulsionar o crescimento do negócio!

Adapte-se a diferentes fases de captação

Se você está buscando captar investimentos para sua startup ou deseja simplificar a gestão do seu negócio para focar no que realmente importa, a Comece pode ser a parceira ideal nessa jornada.

Oferecemos soluções completas como contabilidade consultiva, BPO financeiro, Business Intelligence, due diligence e muito mais.

Cuidamos ainda da terceirização de rotinas trabalhistas e de toda a retaguarda operacional, descomplicando processos e liberando tempo para você focar no core business da sua startup.

Quer saber como podemos transformar sua gestão e impulsionar o seu crescimento? 

Fale com a gente!

Deixe uma resposta