O que é uma foodtech e como crescer uma startup de alimentação

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Quem lê a palavra foodtech pela primeira vez talvez nem imagine o quanto esse modelo de negócio tem revolucionado a cadeia produtiva de alimentos.

As frentes de atuação dessas startups alimentícias vão desde os conhecidos aplicativos de delivery ao uso da tecnologia na produção de alimentos sintéticos.

Quer entender melhor como uma foodtech pode aproveitar as oportunidades do mercado de alimentação? 

Então, siga a leitura.

Foodtech: o que é?

Foodtech é uma startup do ramo de alimentação.

O termo é resultado da união de duas palavras inglesas: “food” e “technology” (ou tecnologia alimentar, em tradução livre). 

Negócios foodtechs desenvolvem tecnologias com o objetivo de aprimorar a cadeia produtiva de alimentos

As inovações incremental, radical e disruptiva têm revolucionado todas as etapas da indústria alimentícia, da produção ao consumo.

São modelos de negócio que usam o big data e a Inteligência Artificial (IA) para modernizar o setor, tornando-o mais sustentável, eficiente e lucrativo. 

O que fazem as foodtechs?

A função das foodtechs é criar soluções tecnológicas que resolvam as dores dos stakeholders da indústria de alimentos, incluindo os consumidores.

Uma foodtech pode ser do tipo B2B, quando cria soluções para outras empresas do setor, ou B2C, quando oferece os serviços diretamente para o cliente final.

As frentes de atuação são diversas, dentre as quais podemos destacar:

  • Marketplace e apps de delivery de comida, muito comuns no Brasil
  • Tecnologia de rastreamento, visando a informar ao consumidor a procedência de determinado produto
  • Plataformas inteligentes que ligam o produtor diretamente ao consumidor final, reduzindo intermediários e custos
  • Uso da inteligência artificial na criação de cardápios personalizados conforme as preferências de cada cliente (ideal para lanchonetes e restaurantes)
  • Tecnologia aplicada à produtividade no campo, seja no combate a pragas, sementes resistentes ou aproveitamento de áreas plantadas
  • Criação de alimentos sintéticos, como hambúrgueres de laboratório produzidos à base de plantas
  • Uso da ciência de dados no aperfeiçoamento da logística de transporte, um gargalo importante para a produção agroindustrial brasileira
  • Soluções para a redução de desperdício de alimentos, um problema que afeta a cadeia produtiva em escala mundial.

Em relação ao último tópico dessa lista, há dados preocupantes sobre a quantidade de comida que vai para o lixo todos os anos

Conforme relatório do Índice Global do Desperdício de Alimentos da ONU, 17% de todos os alimentos do mundo em 2019 foram perdidos, um total de 931 milhões de toneladas. 

O mesmo estudo da ONU revela que cerca de 10% das emissões globais de gases do efeito estufa estão relacionados a alimentos não consumidos.

A meta da organização é reduzir pela metade a perda de alimentos até 2030, tanto no campo quanto na cidade.

Do ponto de vista das empresas, o uso de tecnologia que reduz o desperdício significa ganho de eficiência produtiva e de lucratividade

Mercado de footechs no Brasil e no mundo

O mercado mundial de foodtechs é estimado em US$ 220 bilhões, conforme um levantamento da Emergen Research

Até 2027, esse número pode subir para US$ 342,5 bilhões, conforme estimativas do mesmo estudo. 

O crescimento deve ser impulsionado principalmente pela tecnologia aplicada ao processamento de alimentos, inovações robóticas e uso da ciência de dados na criação de novas oportunidades de negócios

A Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que, em 30 anos, a produção de alimentos precisará aumentar em 70%.

Além de produzir mais, as foodtechs têm papel fundamental na interpretação dos hábitos e necessidades dos clientes.

Não se trata de aumentar a quantidade de alimentos disponíveis apenas, mas de atentar-se às demandas por alimentação saudável e de qualidade.

Foodtech é um bom negócio?

Certamente. 

Como você viu, a cadeia produtiva de alimentos é gigante e as perspectivas de crescimento das foodtechs para os próximos anos são animadoras.

Conforme um mapeamento da Startup Scanner, o Brasil conta com 481 foodtechs divididas em 23 categorias em 115 cidades diferentes (dados de janeiro de 2022). 

Grande parte dos negócios atua com marketplace e delivery de comida, mas há negócios dedicados a outros segmentos, como:

  • Logística e entrega
  • Gestão financeira de foodservice
  • Cadeia agropecuária
  • Alimentação em casa e no trabalho
  • Tecnologias para produção
  • Reaproveitamento de resíduos e descartes
  • Promoção do varejo, dentre outras categorias. 

Se você pretende empreender nesse segmento, precisará encontrar uma oportunidade viável e propor uma solução que seja, de fato, inovadora.

Com a ideia delineada em um plano de negócio, estabeleça os milestones, crie o MVP e capriche no pitch deck para as rodadas de investimento

Você pode propor soluções para mercados que já existem (inovação disruptiva) ou explorar mercados totalmente novos (inovação radical). 

4 dicas de gestão para foodtechs

Seja qual for o estágio de sua foodtech, você precisa estar sempre atento à dinâmica do mercado, sem deixar de lado os aspectos internos.

Sendo assim, confira a seguir algumas dicas que podem ajudá-lo nessa missão:

1. Avalie as tendências do mercado

Mesmo que já tenha definido o modelo de negócio da sua foodtech, você precisa ficar atento às tendências de cenários.

Atendimento cada vez mais automatizado, delivery eficiente e alimentação saudável são temas que devem estar no radar dos empreendedores. 

2. Adote indicadores de desempenho

Mesmo que sua foodtech esteja nas fases embrionárias e não tenha alcançado o break-even point, é importante que você tenha indicadores-chave de desempenho

Com os KPIs certos, será possível acompanhar a performance do negócio e tomar decisões embasadas em informações confiáveis.

3. Use os dados a seu favor

As foodtechs, assim como as fintechs, construtechs, cleantechs e outras techs do ecossistema startup, são empresas essencialmente tecnológicas e inovadoras.

Sendo assim, nada mais apropriado do que usar a gestão data-driven a favor do desenvolvimento do negócio. 

Há diferentes ferramentas que permitem minerar dados em diferentes fontes e transformá-los em insights valiosos.

4. Mantenha a organização contábil e financeira

Nenhum negócio, por mais lucrativo que seja, sobrevive sem organização contábil e financeira.

A gente sabe que nem sempre as foodtechs têm à disposição profissionais dedicados exclusivamente às demandas financeiras, fiscais e contábeis. 

A boa notícia é que existe uma solução prática e viável para isso: o BPO financeiro da Comece com o Pé Direito.

Assumimos suas rotinas operacionais para que você tenha tempo de pensar em estratégias para o escalabilidade da sua startup. 

Nosso trabalho é auxiliar empreendedores, oferecendo serviços de assessoria contábil, fiscal, financeira e trabalhista, especialmente para startups e scale-ups.

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