​​Gestão financeira em startups: o que é, desafios e dicas para aprimorar

gestão financeira0
Blog > Financeiro > ​​Gestão financeira em startups: o que é, desafios e dicas para aprimorar

Não há dúvidas de que a gestão financeira em startups é um dos principais pilares de sustentação dos negócios inovadores, sobretudo considerando o seu potencial de crescimento.

Como empreendedor, você precisará de ferramentas avançadas que o ajudem a gerir os recursos, além de conhecimento sobre finanças e de parceiros estratégicos.

No ecossistema startup, é comum mudanças acontecerem com frequência, em função do ambiente tipicamente instável da inovação.

Por conta disso, os negócios disruptivos também demandam muito capital até os primeiros resultados aparecerem.

Assim, surge a pergunta: como fazer a gestão financeira em startups de forma eficiente?

Se você também tem essa dúvida, adiantamos que não há uma receita de bolo, mas nos tópicos a seguir, separamos algumas dicas muito importantes.

Siga a leitura e confira.

O que é gestão financeira em startups?

Gestão financeira em startups é o ato de administrar ou gerir os recursos financeiros por meio de um conjunto de processos, métodos e técnicas visando o alcance dos objetivos e metas.

Gerir recursos é o mesmo que sistematizá-los conforme as boas práticas da administração, considerando as necessidades de capital de uma startup, que podem ser divididas em:

1. Necessidade de custeio: recursos para garantir a estrutura do negócio, como pagamento de colaboradores, impostos, aluguel, água, luz, internet, etc.

2. Necessidade de investimento: recursos aplicados no desenvolvimento do modelo de negócio, tal como a transformação da ideia em produto/serviço, bem como o seu ajuste ao mercado (product-market fit).

Considerando as organizações que atuam em mercados consolidados, uma empresa bem gerida financeiramente é uma empresa com indicadores financeiros positivos.

A gestão financeira em startups — negócios inovadores que atuam em ambientes de extrema incerteza —, por outro lado, tem características bem diferentes. 

Principalmente no early stage, esses negócios queimam muito caixa e geralmente precisam de mais de uma rodada de investimento para chegar ao break-even point

Demonstrações de resultados no vermelho, portanto, são relativamente comuns e não assustam os investidores, desde que os recursos estejam sendo alocados de maneira eficiente e a startup esteja alcançando seus milestones.

Perceba que a gestão financeira em startup não se resume em registrar e organizar as finanças conforme determina as boas práticas da escrituração contábil

Passa também por decisões estratégicas, como onde buscar os recursos, onde aplicá-los e de que maneira. 

Imagine, por exemplo, que você precise de dinheiro para criar um MVP e testar suas hipóteses antes de lançar seu produto efetivamente.

Poderá fazer isso considerando pegar um empréstimo (capital de terceiros) ou por meio da venda de equity (participação societária) a investidores em troca de recursos.

Trata-se de uma decisão tomada com base na gestão financeira, considerando o custo do capital, expectativa de retorno, etc.

Para te auxiliar nós criamos um e-book em parceria com a Conta Azul que vai ajudar você a entender tudo sobre o BPO, conhecendo os seus benefícios ainda mais a fundo – baixe agora gratuitamente.

O que torna a gestão financeira em startups única

Fazer gestão financeira em startups é muito diferente de cuidar das finanças de uma empresa tradicional.

Para começar, basta pensar no ritmo da maioria dos negócios: a empresa vai se desenvolvendo etapa por etapa, obedecendo a um plano de negócio e aumentando seus custos na mesma proporção dos ganhos.

Já na startup, o crescimento é acelerado, o modelo de negócio é escalável e a situação financeira da empresa pode mudar de uma hora para outra — imagine o impacto de receber um aporte milionário e continuar com a mesma estrutura, por exemplo. 

Além disso, o ambiente dos negócios disruptivos é marcado pela incerteza, tornando as projeções financeiras muito mais desafiadoras.

Some a isso o fato de que a maioria dos gestores de startups não têm tempo para se dedicar às burocracias contábeis e financeiras, ou estão mais preocupados em desenvolver sua solução do que cuidar de planilhas, boletos e impostos.

É preciso ficar atento, porém, pois os números e contas do negócio são a base do crescimento —  e isso também vale para as startups.

Por que a gestão financeira em startups é fundamental

A gestão financeira em startups é o que garante que a empresa terá caixa para se manter e indicadores atrativos para os investidores, além de manter um crescimento sustentável, mesmo em alta velocidade.

Sem um controle adequado das finanças, o cenário pode ser o inverso: resultados negativos, endividamento e falta de perspectiva.

Segundo um estudo da consultoria PwC Brasil, publicado na Folha de S. Paulo, nove em cada dez startups acabam em falência no Brasil. 

O relatório aponta que a falta de dinheiro é a segunda principal razão para o fracasso dos negócios, atrás apenas da falta de compatibilidade entre a solução ofertada e o verdadeiro problema do público-alvo.

No caso, os problemas financeiros abrangem a dificuldade em atrair investimentos e também a falta de planejamento para utilizar os recursos do jeito certo. 

O número é compatível com a taxa de falência do relatório The Ultimate Startup Failure Report, publicado pela Failory: 90% das startups globais falham, e os principais motivos listados são a inadimplência, precificação incorreta e planejamento equivocado.

Ou seja: a gestão financeira em startups é uma das áreas mais críticas — e qualquer erro pode custar a sobrevivência da empresa.

5 desafios da gestão financeira em startups

Mesmo sem a menor familiaridade com a gestão financeira em startups, você precisa garantir que seu negócio tenha uma base sólida para crescer de forma sustentável. 

Confira os principais desafios das finanças em empresas inovadoras.

1. Acompanhar o fluxo de caixa

O desafio da gestão financeira em startups já começa no caixa inicial modesto em comparação com as ambições do negócio.

No início, os recursos são sempre limitados, e o fluxo de caixa deve ser acompanhado de perto, para garantir que as receitas cubram os custos e despesas.

Ou seja: cada entrada e saída deve estar sob controle, não apenas no registro diário, mas também nas projeções para os meses seguintes.

2. Dispor de capital de giro suficiente

Para evitar o saldo negativo, também é indispensável contar com um capital de giro suficiente para sustentar o ciclo financeiro do negócio — ou seja, uma reserva de recursos em caixa que garanta a operação da sua startup.

Quanto mais longos forem os prazos de recebimento, maior terá que ser o seu capital disponível para manter a empresa.

3. Ter um bom plano de contas

O controle das contas a pagar e a receber é outro ponto essencial da gestão financeira em startups.

Ao alinhar os prazos de pagamento e recebimento, você garante que todas as obrigações serão cumpridas e evita o endividamento ou a necessidade de tomar crédito.

Como sabemos, é fácil se perder com os vencimentos, e a falta de controle pode até gerar prejuízos com inadimplência de clientes.

4. Contabilizar custos e formar preços

A contabilidade de custos também costuma ser um gargalo na gestão financeira das startups, pois o ambiente de rápidas mudanças dificulta o levantamento preciso dos gastos fixos e variáveis.

Além disso, é preciso ter os custos da empresa muito claros para precificar corretamente o produto ou serviço oferecido, mesmo que o intuito não seja o lucro imediato.

Lembre-se: ignorar os custos do negócio e formar preços com base somente no mercado e expectativas do consumidor é um erro fatal, pois a empresa precisa se sustentar para avançar no crescimento exponencial.

5. Monitorar indicadores e relatórios financeiros

Por fim, a análise da evolução do negócio por meio de relatórios e indicadores de desempenho é um dos pontos mais importantes na gestão financeira em startups — e também o que interessa aos investidores. 

Por isso, é preciso dar atenção especial aos demonstrativos como DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) e balanço patrimonial, além de acompanhar KPIs financeiros estratégicos como a lucratividade, rentabilidade e margem EBITDA do negócio.

Na linguagem do mercado financeiro, esses são os indicadores que vão determinar a atratividade da sua startup ou scale-up para o investidor, funcionando como um diagnóstico do seu potencial de crescimento.

Como melhorar a gestão financeira de uma startup?

Para melhorar a gestão financeira de uma startup, você precisará de pessoas, tecnologia e processos.

Algumas dicas nesse sentido são:

Automatize as rotinas

No âmbito operacional, há muitas ferramentas de gestão que automatizam diversos processos dentro do departamento financeiro. 

Além de evitar perda de tempo com rotinas repetitivas, a automatização reduz os índices de erros e aumenta exponencialmente a produtividade.

Um ERP (Enterprise Resource Planning) é um exemplo de ferramenta que pode integrar as funções de rotina de sua empresa tanto interna quanto externamente.

Adote o Business Intelligence

As ferramentas de Business Intelligence também são ótimas aliadas da melhoria da gestão financeira de uma startup.

Se estruturadas do jeito certo, transformam um amontoado de dados desconexos e sem sentido em relatórios intuitivos, ilustrados e de fácil compreensão.

Dependendo da forma como é estruturado, o Business Intelligence pode ser atualizado em tempo real, dando ao gestor embasamento sólido para tomar decisões.

Considere o BPO financeiro

Tendência no mundo corporativo, o Business Process Outsourcing (BPO) também pode ser aplicado à gestão financeira, principalmente se sua startup estiver nas fases iniciais.

Ao terceirizar as rotinas a uma empresa especializada, como a Comece com o Pé Direito, você ganha um aliado importante na profissionalização do departamento financeiro, além de mais tempo para focar no que realmente importa.

Ao colocar em prática dicas como essas, você certamente conseguirá construir bases sólidas da gestão financeira a partir de premissas, como:

1. Planejamento das metas a serem alcançadas, considerando cenários otimista, realista e pessimista

2. Controle, por meio de sistemas de gestão, de toda a movimentação financeira que ocorre na empresa

3. Análise, com base nos registros de controle, da alocação dos recursos e seus efeitos

4. Investimento dos recursos do jeito certo, de modo a alcançar o melhor ROI para os sócios-investidores.

Quais as vantagens de um bom sistema de gestão financeira para startups?

Um bom sistema de gestão financeira moderno, como um ERP, ajuda muito no dia a dia de negócios em crescimento exponencial, como as startups.

Com a transformação digital, é possível encontrar softwares cloud computing que dispensam instalação e funcionam a partir de qualquer dispositivo conectado à internet.

Suas principais vantagens são:

  • Segurança: dados criptografados conforme determinações da LGPD
  • Integração: dependendo da ferramenta, é possível conectá-la ao sistema da contabilidade e otimizar ainda mais o fluxo de processos
  • Personalização: muitos sistemas de gestão financeira funcionam em módulos, o que permite a configuração conforme as necessidades de cada usuário
  • Insights valiosos à tomada de decisões, baseada em análise de dados e processamento automatizado.

Quais os limites do sistema de gestão financeira para startups?

Mais do que registrar e organizar o fluxo de recursos dentro de uma organização, vimos que a gestão financeira envolve decisões que devem ser tomadas a partir de uma visão macro sobre o futuro.

Assim, por mais eficiente e sofisticado que seja um sistema de gestão financeira, seu trabalho se restringirá às funções para as quais foi parametrizado.

Portanto, o planejamento, com controle e análise de investimento, é algo que você precisará fazer.

Nesse aspecto, é importante contar com parceiros estratégicos especializados, como a Comece com o Pé Direito, empresa de contabilidade expert em negócios inovadores. 

Além de ajudar você na gestão financeira, um parceiro de impacto também pode oferecer outros serviços fundamentais, como assessoria e consultoria fiscal, tributária e trabalhista.

Deixe sua gestão financeira com quem entende de startups

Se você não tem tempo e disposição para cuidar de todos esses trâmites, a solução é deixar sua gestão financeira na mão de profissionais que realmente entendem de startups. 

Afinal, não adianta contratar uma assessoria que só faz o básico e não consegue acompanhar o ritmo da sua empresa, falar a mesma língua ou usar as mesmas tecnologias. 

Foi pensando nisso que a Comece Com o Pé Direito criou uma solução sob medida de BPO Financeiro para startups e scale-ups. 

Funciona assim: todo o seu gerenciamento financeiro é terceirizado, incluindo plano de contas, projeção de fluxo de caixa, geração de relatórios, emissão de notas fiscais e boletos, conciliação bancária e muito mais.

Assim, você recebe todas as informações que precisa para tomar decisões, fica tranquilo em relação às rotinas e ganha tempo para se dedicar ao crescimento da sua startup.

Tudo isso com os diferenciais da tecnologia, relação humanizada e atendimento online, para você cuidar das finanças sem sair do universo da inovação.

Agora é com você: decida qual a melhor solução para a gestão financeira da sua startup e construa sua base para escalar.

Related Posts

Deixe uma resposta