Pode-se dizer que o investidor-anjo é um dos principais protagonistas do desenvolvimento de startups, empresas que nascem para transformar o jeito de fazer negócios.
Com experiência profissional, visão de mercado e dinheiro para aportar, ele é um dos primeiros a acreditar no potencial de uma boa ideia.
O aporte de capital é fundamental, mas o investidor-anjo vai além: direciona ao negócio também tempo e conhecimento — por isso, é tão disputado pelos empreendedores.
Acompanhe os tópicos a seguir e entenda melhor quem ele é, como ajuda sua startup a decolar e como se aproximar desse investidor.
O que é investidor-anjo?
Um investidor-anjo é uma pessoa física que investe capital próprio em startups ou empresas emergentes em troca de participação nos resultados, ajudando no crescimento inicial do negócio.
Normalmente, é um empreendedor ou empresário (ou ex), que possui vasto conhecimento no mercado, mas também pode atuar ainda como pessoa jurídica.
Além do aporte financeiro, ele frequentemente oferece expertise, conhecimento do setor e uma rede de contatos que podem ser valiosos para o momento da empresa.
“O vínculo entre o investidor e a empresa ocorre quando a startup deixa de ser uma ideia e consolida sua definição se transformando em um protótipo. É nesse momento que o investidor entra em cena tentando viabilizar o negócio”, destaca o CEO da Comece, Ângelo Mori Machado.
Na prática, o investidor pode até alocar uma parte pequena do seu patrimônio no negócio, mas mira sempre retorno no longo prazo.
A ideia é deixar a startup performar.
Esse tipo de investimento é considerado de alto risco, mas pode oferecer retornos significativos se a empresa tiver sucesso.
Como funciona o investimento do anjo?
O aporte do investidor-anjo funciona através de um contrato de participações, cujo objetivo é um investimento produtivo.
É importante ressaltar que o dinheiro aportado pelo investidor não é considerado capital social da empresa.
Outro ponto que deve ganhar destaque é quanto ao tempo de resgate do dinheiro: mínimo de dois anos, tendo esse período como carência para a empresa.
O máximo de permanência do investidor é de até sete anos.
O investidor-anjo poderá receber da distribuição de dividendos o limite de, no máximo, 50% do lucro.
O que diz a lei complementar do investidor-anjo?
A Lei Complementar 182/21, que institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador, traz definições claras sobre o investidor-anjo e mais segurança jurídica para o mercado.
Em seu Artigo 2º, a lei diz que o investidor-anjo “não é considerado sócio, não tem direito a gerência ou a voto na administração da empresa e não responde por qualquer obrigação, sendo remunerado por seus aportes”.
Quanto às obrigações, a lei é ainda mais clara no Artigo 8º: “O investidor que realizar aporte de capital (…) não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial”.
O marco legal das startups define também os instrumentos jurídicos por meio dos quais os aportes de capital podem ser feitos nas startups.
Os principais são:
- Contrato de opção de subscrição de ações ou de quotas celebrado entre o investidor e a startup
- Contrato de opção de compra de ações ou de quotas celebrado entre o investidor e os acionistas ou sócios da startup
- Contrato de mútuo conversível em participação societária
- Estruturação de sociedade em conta de participação
- Contrato de investimento-anjo na forma da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Entre os instrumentos possíveis, o contrato mútuo conversível é o mais utilizado, inclusive quando o recurso é captado por meio de plataformas de crowdfunding.
Como vimos, em um primeiro momento o investidor-anjo não se torna sócio do negócio, mas isso pode ocorrer caso o aporte de capital seja convertido em participação societária.
Como fazer um contrato de investidor-anjo?
O contrato de investimento-anjo é o documento formaliza os termos do aporte, protege ambas as partes e evita conflitos futuros.
Para elaborar um contrato que contemple todas as cláusulas relevantes, você deve observar os seguintes passos:
- Definição clara dos termos do investimento: o contrato deve especificar o valor do aporte, a porcentagem de participação do investidor e se há possibilidade de conversão em participação societária
- Cláusulas de governança: estabeleça como o investidor, após eventualmente se transformar em sócio, participará nas decisões estratégicas da empresa, incluindo o direito de veto ou participação em conselhos
- Prazos e condições de saída: defina claramente os prazos de retorno do investimento e as condições de saída do investidor, seja por meio de venda de participação, recompra ou outros mecanismos
- Acordos de confidencialidade e não concorrência: é importante garantir também que o investidor respeite a confidencialidade das informações estratégicas e não invista em empresas concorrentes durante o período de contrato
- Direitos e deveres das partes: detalhe também os direitos do investidor, como relatórios periódicos, acesso às finanças e às atividades operacionais da startup.
Como trata-se de um documento de grande relevância para o processo de investimento, é recomendável que você conte sempre com o apoio de profissionais especializados, como contadores e advogados.
Exemplo de contrato de investimento-anjo
Para facilitar ainda mais a compreensão sobre o contrato de investimento-anjo, confira a seguir um exemplo hipotético com dados fictícios.
CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO DE INVESTIDOR-ANJO
DO OBJETO
Cláusula primeira — O objeto deste contrato é o investimento voltado ao apoio de atividades inovadoras, com o intuito de fomentar o crescimento da empresa “Startup ABC Ltda.” O Investidor realizará um aporte financeiro de acordo com o artigo 61-A da Lei Complementar nº 123/2006, sem que o capital investido seja incorporado ao capital social da sociedade.
Cláusula segunda — As partes resolvem firmar este “Contrato de Participação de Investidor-Anjo”, que se regerá pelas disposições e condições a seguir descritas.
Cláusula terceira — As partes são identificadas da seguinte maneira:
INVESTIDOR: Carlos Silva, brasileiro, portador do CPF nº 987.654.321-00, residente na Rua Exemplo, nº 123, Bairro Exemplo, Cidade Exemplo/XX.
SOCIEDADE: Startup ABC Ltda., CNPJ nº 45.678.901/0001-23, com sede na Avenida Inovação, nº 456, Cidade Exemplo/XX, representada pelo sócio-administrador, Joana Santos.
DEFINIÇÕES
Cláusula quarta — Para os fins deste contrato, os termos abaixo terão os seguintes significados:
(A) Aporte: R$ 300.000,00 (trezentos mil reais)
(B) Percentual de Referência: 10% ao ano
(C) Início do aporte: 01/11/2024
(D) Prazo de investimento: 5 anos
(E) Valor estimado de retorno anual: R$ 30.000,00 (trinta mil reais)
DO PRAZO
Cláusula quinta — O prazo de vigência deste contrato será de 5 anos, podendo ser prorrogado por mais 5 anos, de comum acordo entre as partes.
DO INVESTIMENTO
Cláusula sexta — O investidor não será considerado sócio da sociedade e não terá direitos de gerência ou voto na administração da empresa. O investidor tampouco responderá por eventuais dívidas da sociedade, inclusive em situações de recuperação judicial.
Cláusula sétima — O valor investido pelo investidor-anjo não será considerado receita operacional da empresa, mantendo o enquadramento da sociedade como microempresa.
DO RESGATE DO INVESTIMENTO
Cláusula oitava — O resgate do investimento poderá ser solicitado após o segundo aniversário deste contrato, com notificação por escrito à sociedade com 60 dias de antecedência. O prazo máximo para o resgate será de até 5 anos, podendo ser acordado um período maior entre as partes.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Cláusula nona — As partes se comprometem a manter em sigilo todas as informações tratadas neste contrato e concordam que quaisquer alterações somente serão válidas mediante acordo escrito, assinado por ambas as partes.
Cláusula décima — O foro eleito para dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias relativas ao presente contrato é o da comarca de Cidade Exemplo/XX.
ASSINATURAS:
Cidade Exemplo, ___ de ____________ de 2024.
Carlos Silva
Investidor-Anjo
Joana Santos
Representante da Startup ABC Ltda.
Testemunhas:
________________________
Importância do investidor-anjo para startups
Abrir uma empresa inovadora, alcançar o sucesso e crescer exponencialmente é o sonho de muitos empreendedores.
A realidade dos negócios, no entanto, exige mais do que apenas ambição e ideias inovadoras.
Para startups e scale-ups, o caminho para o crescimento muitas vezes passa pela busca por investimentos — o que, por si só, já é um desafio.
Nesse cenário, o investidor-anjo surge como uma peça fundamental.
Como vimos, ele não apenas aporta capital no negócio, como também oferece sua experiência e conhecimento para ajudar a startup a deslanchar.
O termo “investidor-anjo” remonta à década de 1920, nos teatros da Broadway, quando empresários que financiavam produções eram chamados de “anjos”.
Hoje, esse papel vai além do suporte financeiro.
O investidor-anjo atua como um mentor, orientando a empresa nas decisões estratégicas.
Basicamente, ele oferece:
- Experiência (atualizando sobre mudanças como as reformas)
- Conhecimento (como na implementação do eSocial ou para escolher o melhor regime tributário)
- Rede de contatos (para favorecer os negócios).
Quais as desvantagens do investidor-anjo?
Embora o aporte de um investidor-anjo traga inúmeros benefícios, é importante que os empreendedores considerem também os pontos de atenção.
Os principais são:
- Diluição de participação: ao aceitar um aporte de um investidor-anjo, o empreendedor pode acabar cedendo uma parcela significativa da empresa, o que pode impactar futuras decisões estratégicas
- Conflitos de interesses: o investidor-anjo, por ser uma figura ativa no negócio, pode divergir em alguns pontos de gestão ou visão estratégica, o que pode gerar atritos com os fundadores.
- Pressão por resultados rápidos: como o investidor-anjo espera retorno sobre seu investimento, pode haver uma pressão para que a startup cresça de forma acelerada, o que nem sempre é sustentável.
Avaliar essas “desvantagens” é essencial para garantir que o aporte se alinhe aos objetivos e valores da empresa a longo prazo.
Preciso de um investidor-anjo? Quando é o momento de procurar?
A busca por aportes de investidor-anjo geralmente é feita nas fases iniciais da startup, logo após a ideação, como forma de complementar o capital investido pelos sócios.
Nesse aspecto, é importante que o empreendedor tenha pelo menos um MVP para complementar seu pitch deck.
Isso demonstra que ele fez o dever de casa e acredita na solução que pretende desenvolver.
Por se tratar de projetos inovadores que ainda estão em desenvolvimento, o investimento em startups é de alto risco e o investidor-anjo sabe disso.
Como vimos, a vantagem é que ele não investe apenas dinheiro: contribui também com sua experiência e visão de mercado, oferecendo aconselhamentos na tomada de decisão.
O que um investidor-anjo procura em uma startup?
De maneira resumida, o investidor-anjo procura em uma startup oportunidades de rentabilizar o seu capital por meio de investimento em modelos de negócio escaláveis.
Para que o investimento faça sentido, a possibilidade de retorno deve ser compatível com os riscos, algo que o mercado financeiro chama de relação risco-retorno ou retorno ajustado ao risco.
Como as startups atuam em ambientes de extrema incerteza, o retorno deve ser potencialmente superior ao de outros tipos de ativos disponíveis no mercado.
Do contrário, o investimento-anjo não faria sentido.
Em função disso, é comum os investidores-anjo delimitarem alguns setores ou segmentos nos quais se sentem mais confiantes em investir.
Um investidor que tenha construído carreira na construção civil, por exemplo, pode direcionar seu capital às construtechs ou proptechs devido à familiaridade com o mercado.
De toda forma, algumas características são comuns quando o assunto é investimento em startups:
- Viabilidade da solução proposta
- Modelo de receita que faça sentido
- Possibilidades de crescimento em escala
- Tamanho do mercado
- Experiência e formação da equipe
- Brilho nos olhos do empreendedor.
Como conseguir um investidor-anjo?
Embora as particularidades do seu ramo de atuação e do próprio investidor devam ser consideradas, os passos a seguir representam o básico a fazer para conquistar esse aporte.
Confira as nossas dicas.
1. Conheça o seu propósito
Não pense apenas em ganhar dinheiro.
Volte lá no começo dos seus sonhos, descubra qual é a sua paixão e se você está disposto a dedicar – e arriscar – grande parte da sua vida nesse negócio.
Tendo confiança no que faz, será muito mais fácil conquistar um investidor-anjo e convencê-lo a entrar nesse sonho com você.
2. Observe o mercado
Após identificar um problema relevante que merece ser solucionado, você deve ouvir seu cliente-alvo para ratificar ou retificar suas hipóteses.
A essa pesquisa aprofundada de mercado, Steve Blank dá o nome de customer development.
Consiste basicamente em colocar o foco no cliente e entender suas dores para oferecer a melhor solução.
Caso o feedback seja positivo, você tem um argumento a mais para apresentar ao investidor-anjo em uma rodada de investimento.
3. Apresente mais do que apenas uma ideia
O investidor-anjo já é experiente e vai avaliar o risco do investimento e o retorno que ele dará.
Mais do que apresentar inovação, deixe três coisas muito claras: problema, solução e modelo de negócio.
Para isso, responda às seguintes questões:
- Qual problema o seu negócio soluciona?
- Como seu produto o resolve?
- Como você vai monetizar seu modelo de negócios?
Quanto mais você amadurecer o seu projeto, mais facilmente ele será aceito.
4. Tenha uma boa equipe
Para chegar ao sucesso, é necessário ter uma equipe disposta e engajada junto com você.
Invista no seu departamento pessoal e faça a terceirização de alguns setores que você não tem tanto domínio.
Esse não é um fator decisivo apenas para conquistar um investidor-anjo, mas também para fazer o seu negócio deslanchar.
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5. Pesquise sobre o anjo
Assim como esta pessoa vai conhecer o seu negócio, você deve buscar conhecê-la.
Saiba quais são os interesses do seu investidor-anjo, como costuma investir e como pode contribuir com o seu negócio.
É natural procurar alguém que apoia empresas próximas do seu ramo de atuação e que já tem alguma expertise nisso.
6. Domine as principais métricas
As métricas são medidas ou conjunto de medidas que você pode utilizar para avaliar a performance de um negócio, considerando determinados períodos.
Para atrair a atenção de investidores-anjo, você precisa dominar as principais, principalmente relacionadas aos resultados:
- ROI (Retorno Sobre Investimento): medido em percentual – quanto maior, melhor
- CPA (Custo por Aquisição): ao contrário do ROI – quanto menor, melhor
- Métricas do “5 Ts” (time, TAM, tech, tração, trenches), sendo:
- Time: a equipe da startup e suas qualificações
- TAM (Total Addressable Market): o tamanho do mercado que a startup pretende explorar
- Tech: a tecnologia usada para criar o produto ou serviço
- Tração: a consistência e as possibilidades de crescimento exponencial
- Trenches (defesas): o quanto o negócio é inovador a ponto de criar uma “barreira natural” à entrada de novos players.
Além das métricas citadas acima, existem outras que podem ser usadas ou adaptadas à realidade do seu negócio.
Outro detalhe importante tem a ver com a temporalidade dos indicadores.
Além de medir o desempenho passado, você pode estimar também a performance futura com base em padrões e tendências.
🚀 Foque no seu próximo passo com decisões inteligentes baseadas em dados!
7. Capriche no pitch
Sabe aquela apresentação breve para despertar o interesse dos investidores e vender o seu negócio?
Capriche nela!
Mantenha-se seguro durante o pitch e seja preciso.
Se durante esses poucos minutos, você prender a atenção do investidor, o próximo encontro é garantido.
Exemplos de investidores-anjo
Um dos maiores investidores-anjo do Brasil é João Kepler, CEO da Bossanova Investimentos.
Ele é considerado o maior investidor do setor de startups e foca seus aportes em empresas no estágio seed (semente).
Algumas das empresas famosas que receberam capital de Kepler foram Rabbot, Kinvo, Pipefuy, mLabs e Méliuz.
Atualmente, a Bossanova tem investimento em mais de 1,7 mil empresas, das quais 600 estão nos EUA.
Outro grande nome do mercado é Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, uma rede que reúne mais de 500 investidores-anjo.
Entre as empresas com investimentos intermediados pela plataforma estão DNA Financeiro, Search & Reachr HR firms, Squid e Lexos.
Investidores-anjo no Brasil
Uma pesquisa realizada pela Anjos do Brasil e publicada na Anprotec em 2023 mostra que existem 7.963 investidores-anjo no Brasil.
Juntos, eles aportaram cerca de R$ 984 milhões em startups durante o ano de 2022 — os dados mais recentes até então.
Apesar de ser um valor importante, representa apenas 0,7% comparado ao total que é aplicado em startups nos EUA, onde as empresas recebem cerca de 29 bilhões de dólares anualmente.
Ainda de acordo com a pesquisa, os segmentos de startups que mais recebem capital de investidores-anjo no Brasil são:
- Agrotechs, com 58%
- SaaS (Software as a Service), com 49%
- Tecnologias para Saúde, com 48%
- Educação, com 45%
- Fintechs, com 42%.
Onde encontrar um investidor-anjo?
Você pode encontrar um investidor-anjo em diferentes lugares e de diferentes maneiras, a começar pelo seu círculo de relacionamentos.
Pode ser que você conheça um investidor-anjo ou conheça alguém que conheça.
Esse networking é fundamental, não apenas para captar recursos para o seu negócio, como também para o desenvolvimento de outras estratégias empresariais.
Além do ciclo de amizades e relacionamento profissional, há outras maneiras menos informais de encontrar um investidor-anjo.
As principais são:
- Grupos de investidores-anjos: instituições especializadas em fazer a ponte entre quem tem e quem precisa de dinheiro para investir, como o Anjos do Brasil e Curitiba Angels
- Incubadoras e aceleradoras: instituições de fomento ao empreendedorismo inovador que estão sempre no radar dos investidores-anjo
- Eventos especializados: grandes parcerias começam a partir do contato com investidores-anjo em feiras, workshops e outros eventos do tipo.
Como ser um investidor-anjo?
Você pode também pode se tornar um investidor-anjo e participar desse mercado dinâmico e de alto potencial de retorno.
Para isso, o primeiro passo é ter capital disponível para investir, já que o aporte financeiro em startups envolve riscos consideráveis e o retorno sobre o investimento pode demorar ou nem acontecer.
O passo seguinte é estudar o mercado de startups e entender os diferentes estágios de desenvolvimento dessas empresas.
É importante se familiarizar com o setor em que pretende investir, analisando as tendências e os potenciais de crescimento.
Outro aspecto fundamental é a busca por networking com empreendedores e outros investidores.
Participar de eventos, associações de investidores-anjo, ou plataformas de investimento coletivo pode ser uma boa maneira de encontrar oportunidades e trocar experiências com outros investidores.
Além disso, conhecer bem a legislação que regula esse tipo de investimento é necessário para garantir que todas as partes estejam protegidas juridicamente.
Uma vez que uma startup de interesse tenha sido identificada, você deve avaliar cuidadosamente o plano de negócios da empresa e outros fatores, como modelo de receita, escalabilidade e equipe.
Um bom investidor-anjo também procura agregar valor à startup além do capital, oferecendo sua expertise, rede de contatos e orientação estratégica para ajudar o negócio a crescer.
Por fim, é recomendável formalizar a relação de investimento com contratos bem elaborados que deixem claros os direitos e deveres de ambas as partes, o retorno esperado e o prazo do investimento.
Com planejamento, conhecimento e uma boa rede de contatos, é possível se tornar um investidor-anjo bem-sucedido e contribuir para o desenvolvimento de novos negócios.
Como contabilizar o aporte de capital do investidor-anjo?
O aporte de capital do investidor-anjo deve ser contabilizado aumentando tanto o ativo quanto o patrimônio líquido da empresa.
Especificamente, registra-se um débito na conta Caixa ou Bancos (ativo), refletindo a entrada de dinheiro.
E também um crédito na conta Capital Social (patrimônio líquido), indicando o aumento do capital próprio da empresa.
Dessa forma, o balanço patrimonial permanece equilibrado, com o ativo aumentando pelo valor do investimento e o patrimônio líquido refletindo a nova participação acionária.
É fundamental seguir as normas contábeis vigentes, consultando um profissional de contabilidade para garantir que os registros sejam feitos corretamente e em conformidade com a legislação.
Como aumentar as chances de atrair um investidor-anjo?
Um dos pontos-chave para atrair um investidor-anjo é ter uma contabilidade eficiente e demonstrar com clareza os resultados do seu negócio.
Afinal, os investidores querem ver números promissores e projeções que apontem para um futuro rentável, sempre baseadas em dados confiáveis.
Se você tiver um serviço de contabilidade consultiva como o da Comece, sua empresa terá todos os relatórios e demonstrativos em dia, além de painéis visuais (dashboards) e gráficos de Business Intelligence (BI) para ilustrar as perspectivas financeiras.
Além disso, a Comece também oferece um BPO Financeiro adaptado à realidade das startups e scale-ups, para que você consiga gerenciar as finanças da empresa, fazer um planejamento sólido e acompanhar todas as métricas de desempenho.
Para fechar o pacote, também oferecemos o serviço de due diligence, garantindo o cumprimento das questões burocráticas para receber os aportes.
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Contabilidade como fator de decisão do investidor
Agora que você sabe quais são os elementos imprescindíveis para que uma startup consiga se aproximar de seu investidor-anjo, é hora de colocar os planos em prática.
É muito importante ter em mente que o seu negócio precisa ter uma consultoria contábil ou mesmo uma parceria que assuma a contabilidade online, de forma muito bem preparada.
Uma empresa estruturada e organizada tem muito mais chances de atrair um investidor-anjo qualificado.
Nesse aspecto, a Comece pode ajudar.
Além de pacotes completos de serviços contábeis, oferecemos due diligence para startups e investidores, terceirização de rotinas, inteligência de dados e muito mais.
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