A liderança na crise nunca foi tão desafiadora, pois ninguém estava preparado para o cenário que enfrentamos hoje com o coronavírus.
Muito além de uma crise financeira, estamos diante de uma pandemia global que ameaça a saúde das pessoas e a sustentabilidade dos negócios — e cabe aos líderes guiar suas equipes para superar esse período crítico.
Mas como lidar com tamanha responsabilidade? Como tomar decisões sob intensa pressão? E quais caminhos escolher em uma crise sem precedentes?
São as questões que vamos tentar responder nos próximos tópicos, para ajudar você nesse momento em que a liderança na crise é decisiva.
Leia até o fim e trace sua estratégia.
O papel da liderança na crise do coronavírus
Exercer a liderança na crise do coronavírus é um dos maiores desafios que um gestor pode enfrentar, considerando a gravidade do cenário.
Além da pandemia global em si, atravessamos um período de paralisação econômica e profundas incertezas, com a ameaça da recessão rondando o país.
Em um momento como esse, todos olham para os líderes e esperam uma resposta, um direcionamento, um exemplo de como seguir em frente.
Afinal, o papel da liderança na crise é guiar os colaboradores, unir as equipes e trazer todos de volta à racionalidade em um momento de caos, estresse e ansiedade.
Muito além de ter um bom plano, é preciso colocar em prática a gestão de crise e responder rapidamente aos imprevistos que vão surgir ao longo do caminho — sem esquecer do lado humano que uma crise de saúde exige.
Obviamente, não existe uma fórmula pronta que funcione para todos os gestores e empresas nesse momento, mas podemos aprender com alguns princípios de liderança na crise e experiências passadas.
Os 7 “Cs” da liderança na crise
Antes de traçar seu plano de liderança na crise, é importante conhecer os princípios que devem nortear suas ações daqui em diante.
De acordo com o professor John A. Quelch da Harvard Business School, estes são os sete Cs que um líder precisa para vencer o coronavírus:
– Calma: o desafio da liderança na crise começa com o controle emocional, e a calma será sua virtude mais importante
– Confiança: além de tranquilizar as pessoas, você precisa demonstrar confiança nas estratégias traçadas e transmitir esse sentimento a colaboradores, parceiros e clientes
– Comunicação: a capacidade de comunicação é central na gestão de crise, e você terá que adaptar a mensagem a cada momento e público
– Colaboração: conseguir que todos colaborem entre si será crucial, pois você não vai conseguir atravessar a crise sozinho
– Comunidade: mais do que nunca, o coronavírus exige um espírito comunitário e a criação de redes de apoio, e as empresas estão incluídas nisso
– Compaixão: uma crise de saúde é uma tragédia humana, e o líder precisa de compaixão para lidar com as fragilidades das pessoas nesse momento
– Contabilidade: por último, mas não menos importante, a gestão financeira e contábil vai garantir a sobrevivência do negócio e merece atenção redobrada.
5 passos para superar o desafio da liderança na crise
Com os princípios da liderança na crise em mente, você pode entrar em ação para enfrentar esse período crítico.
Siga estes passos para tomar as decisões certas.
1. Mapeie o cenário antes de agir
Apesar da sensação de que estamos todos no mesmo barco, a crise do coronavírus atinge negócios de diferentes maneiras, dependendo do porte, segmento e situação financeira.
Por isso, é importante começar com um diagnóstico completo do cenário atual e expectativas para os próximos meses, partindo das projeções financeiras para traçar um plano de contingência inicial.
Pode ser que o melhor caminho seja migrar a equipe para o trabalho remoto, ou talvez reduzir jornadas e salários pela metade, ou até mesmo determinar férias coletivas.
2. Esqueça a centralização
Seu primeiro impulso de liderança na crise pode ser centralizar todas as decisões, mas a ideia é seguir o caminho oposto: dividir as responsabilidades e criar uma rede de equipes de trabalho.
Isso porque a colaboração será a palavra-chave durante a crise do coronavírus, e as decisões “de cima para baixo” devem ser substituídas por uma gestão mais horizontal, em que as equipes possam reagir rapidamente aos problemas enfrentados.
Afinal, o núcleo gerencial da empresa não será capaz de reunir todas as informações necessárias para tomar decisões rápidas — daí a importância de dar mais autonomia aos times que estão na linha de frente.
3. Foque na comunicação e transparência
De acordo com dados da Bain & Company, a habilidade de processar informações durante uma crise aguda é reduzida em 80%. Ou seja: as pessoas estão com dificuldade de ouvir, entender e memorizar o que você diz.
Por isso, você deve focar na comunicação constante com 100% de transparência, reforçando sua mensagem com todos os meios possíveis — infográficos, imagens, podcasts, vídeos e qualquer ferramenta que facilite a compreensão.
4. Priorize a empatia
Nesse momento, muitas pessoas estão preocupadas com sua saúde e com medo de contaminar seus entes queridos (principalmente as pessoas do grupo de risco), e as mortes não param de avançar no mundo.
Logo, a prioridade da liderança na crise atual deve ser a empatia, que se expressa na atenção à saúde física e emocional dos seus colaboradores, apoio à comunidade e sensibilidade às questões humanitárias.
5. Pare, reflita, antecipe e reaja
Durante a crise do coronavírus, você deverá seguir um ciclo ininterrupto de “pare, reflita, antecipe e reaja”, como sugerido pelos especialistas da consultoria McKinsey.
Isso porque estamos diante de um cenário desconhecido, e não há espaço para aplicar estratégias conhecidas ou seguir rigorosamente um planejamento.
Então, esqueça as lições passadas e pare para reavaliar a situação constantemente, buscando informações da equipe, parceiros e mídia especializada para decidir qual será o próximo passo.
Também é importante dar atenção à questão contábil e financeira da empresa, pois um dos maiores obstáculos será a queda no faturamento.
Para se organizar, garantir recursos e evitar demissões, conte com o time de especialistas da Comece Com o Pé Direito. É só clicar aqui e solicitar apoio profissional na missão da liderança na crise.