O mercado plant-based é a oportunidade do momento no ramo de alimentação – e várias startups já pegaram carona nessa tendência.
De repente, já não é novidade encontrar no supermercado “hambúrgueres”, “linguiças”, “nuggets” e até “frangos” desfiados feitos de plantas.
Os substitutos da carne estão por toda parte, e quem entrar nessa onda agora tem tudo para crescer e escalar seu negócio.
Quer conhecer melhor o mercado plant-based e as startups que ele está impulsionando?
É só seguir a leitura e acompanhar nossas dicas.
O que é o mercado plant-based?
O mercado plant-based se baseia na venda de produtos que utilizam ingredientes vegetais para substituir a proteína animal.
O termo significa “à base de plantas” em português, logo, os itens comercializados nesse setor são vegetarianos (sem qualquer tipo de carne) e muitas vezes veganos (sem carne ou derivados de animais como leite, ovos e mel).
Mas a grande diferença do plant-based em relação ao mercado vegetariano em geral é o foco nos substitutos da carne e dos derivados, que miram nos mais diversos públicos – e não somente em pessoas que não consomem proteína animal.
Originalmente, a dieta à base de plantas tem um apelo mais saudável, incluindo mais alimentos integrais e excluindo os ultraprocessados.
Só que no contexto do mercado ela ganhou outro significado, trazendo produtos típicos da indústria da carne como salsichas, nuggets, hambúrgueres, almôndegas, frango desfiado e outros itens feitos exclusivamente de proteínas vegetais.
Dessa forma, os produtos plant-based se tornaram uma alternativa interessante não só para vegetarianos e veganos, mas também para onívoros interessados em reduzir seu consumo de carne (flexitarianos), pessoas preocupadas com o meio ambiente, entre outros públicos.
Crescimento do setor plant-based
Não é difícil notar o crescimento do mercado plant-based nas compras do dia a dia.
Há poucos anos, era praticamente impossível encontrar um hambúrguer feito de ervilha, uma linguiça à base de glúten ou leites vegetais em supermercados populares.
Hoje, há uma grande variedade desses produtos plant-based na maioria dos estabelecimentos do varejo.
Segundo a pesquisa “O consumidor brasileiro e o mercado plant-based”, realizada pelo Ibope e publicada na Época Negócios, metade dos brasileiros reduziu o consumo de carne animal e 39% já consomem alternativas vegetais pelo menos três vezes por semana.
Já o interesse em produtos feitos de plantas em geral é de impressionantes 90%.
No mundo todo, a expectativa é que o mercado plant-based movimente US$ 370 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) até 2035, segundo projeções do Good Food Institute publicadas no Canal Rural.
No Brasil, dados da agência Euromonitor mostram que o setor saltou de R$ 246,7 milhões em 2015 para R$ 418,7 milhões em 2020 — e deve atingir R$ 666,5 milhões até 2025.
Logo, os números deixam claro que o plant-based veio para ficar e ainda tem muito o que crescer.
5 startups de destaque no plant-based
São muitas as startups que estão aproveitando a onda plant-based para crescer.
Veja alguns cases de sucesso.
1. NotCo
A NotCo é um dos primeiros unicórnios do mercado plant-based e uma das foodtechs famosas da categoria.
A startup chilena produz alimentos como maionese, leite, hambúrguer e sorvete à base de plantas.
Um de seus produtos mais bem-sucedidos é o Not Milk, uma bebida vegetal que substitui o leite animal e não possui lactose, colesterol, transgênicos e glúten.
2. 100 Foods
A 100 Foods é uma startup de alimentos com a proposta de levar produtos 100% plant-based, veganos e naturais para os consumidores.
A empresa utiliza ingredientes diferenciados como a ervilha amarela, que substitui a soja transgênica utilizada por outras marcas.
O objetivo é focar também na saudabilidade e oferecer hambúrgueres, empanados, maioneses e molhos livres de sódio, gordura e conservantes.
A empresa faturou mais de R$ 500 mil já no primeiro ano de atuação e vem recebendo aportes de investidores com frequência.
3. Fazenda Futuro
A Fazenda Futuro é outra foodtech popular do mercado plant-based que aposta em substitutos da carne.
A empresa começou com o famoso “Hambúrguer do Futuro”, que é feito à base de plantas e imita com fidelidade o sabor e textura da carne animal.
Hoje, a startup expandiu seu catálogo com produtos similares a almôndegas, linguiças e frangos, e já vale R$ 715 milhões.
4. Beleaf
A Beleaf é uma startup plant-based que vende marmitas à base de plantas e oferece opções de assinatura.
Os pratos são elaborados por chefs e nutricionistas e chama a atenção pelos preços acessíveis e ingredientes diferenciados.
Além disso, a empresa utiliza uma técnica de ultracongelamento que faz a comida parecer feita na hora quando aquecida.
5. A Tal da Castanha
No segmento de bebidas plant-based, a startup A Tal da Castanha se destaca pela variedade de produtos e ingredientes criativos.
A proposta da empresa é oferecer produtos com o mínimo de ingredientes, 100% naturais, orgânicos e oriundos da agricultura familiar.
Em seu catálogo, há bebidas à base de castanhas e coco, pastas, snacks e bebidas profissionais.
Desafios para crescer no mercado plant-based
O mercado plant-based tem muitas oportunidades, mas os desafios vêm na mesma proporção.
Para começar, é preciso investir em tecnologia e pesquisa para desenvolver produtos com sabor e textura semelhantes aos derivados de proteína animal, de modo que a empresa consiga atingir também as pessoas que comem carne.
Para se destacar da concorrência, você deve ter um diferencial como um ingrediente único ou produtos orgânicos e certificados.
Além disso, é fundamental ter atenção com o conceito, embalagem e distribuição dos produtos.
Em relação à gestão da empresa, as finanças precisam ser controladas de perto e a contabilidade precisa estar em dia para que o negócio receba investimentos.
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