MVP de startup: guia para lançar um Minimum Viable Product

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O MVP de startup é a senha para destravar seu produto ou serviço e testar a viabilidade dele no mercado.

Estamos falando do Produto Mínimo Viável, que funciona como uma versão inicial para apresentar sua solução ao público-alvo.

Com ele, você consegue colocar seu produto à prova e fazer todos os ajustes necessários para lançar a versão final.

Quer ver como fazer um MVP em startup e começar do jeito certo?

É só continuar lendo e seguir nossas dicas para criar o seu. 

O que é MVP de startup?

MVP é a sigla para Minimum Viable Product (ou Produto Mínimo Viável em português).

Basicamente, é uma versão inicial de um produto ou serviço feita para testar sua viabilidade no mercado.

O termo foi criado pelo empreendedor do Vale do Silício Eric Ries, criador do movimento “Lean Startup” ou “Startup Enxuta”.

No livro A startup enxuta (Leya, 2012), ele propõe o MVP para esse tipo de negócio como uma forma de experimentação inicial de seus produtos e serviços. 

Considerando que as startups existem para transformar ideias em produtos inovadores e viáveis economicamente, esse seria um atalho para inserir uma solução no mercado e, ao mesmo tempo, receber o feedback dos clientes.

Para você ter uma ideia, big techs como Facebook e Apple começaram com produtos mínimos viáveis, testando suas soluções com um grupo específico de usuários em potencial antes de ganhar o mercado.

Assim, o MVP se tornou uma estratégia básica para lançar produtos e serviços no ecossistema criativo.

Como funciona um Minimum Viable Product (MVP)?

A função do MVP em startups é apresentar as principais funcionalidades, características e benefícios de um produto ou serviço a um público em potencial. 

A ideia é que ele traga apenas os requisitos mínimos para representar a solução, sem revelar sua complexidade ou ir muito longe na entrega de valor.

O formato ideal do MVP depende muito do tipo de solução e dos objetivos da empresa.

Ele pode ser um protótipo de um produto, uma versão beta de um app ou simplesmente um vídeo apresentando os recursos do produto/serviço.

O importante é que cumpra a missão de mostrar o que a empresa quer oferecer aos clientes, para que o próprio consumidor dê sua opinião sobre a ideia. 

Assim, o público testa essa versão inicial e a startup usa o feedback para melhorar cada vez mais o produto/serviço, até chegar à versão final que será comercializada oficialmente.

Geralmente, as startups escolhem um grupo seleto a partir do seu público-alvo para experimentar o MVP, como uma amostragem dos clientes em potencial. 

Importância do MVP em startups

O MVP em startups é fundamental para testar a aceitação de um produto ou serviço antes que a empresa aposte tudo nele.

Já imaginou investir tempo, dinheiro e esforço em uma empresa e descobrir que o produto não tem relevância no mercado depois do lançamento?

Isso acontece com mais frequência do que você imagina nos negócios tradicionais.

O empreendedor passa meses pesquisando, faz um plano de negócio enorme, investe tudo na produção da solução e, de repente, descobre que não entendeu as necessidades do público-alvo.

Para contornar esse risco, as startups utilizam recursos mínimos para criar um MVP e só começam a investir de fato no produto ou serviço depois desse teste inicial.

Assim, você não corre o risco de perder tempo e dinheiro com uma ideia que simplesmente não é viável no mercado.

Com o MVP, a startup consegue lapidar seu produto aos poucos e lançar a melhor versão possível no momento certo, aumentando suas chances de sucesso.

Tipos de MVP

Criar um MVP para startup, como vimos, faz parte do teste de hipóteses e validação de ideias com foco no consumidor final

Mas quais são os tipos de MVPs? Como escolher o mais adequado ao seu modelo de negócios?

A seguir, confira quais os MVPs mais usados pelas startups mundo afora, com uma explicação breve sobre como funciona.

MVP Concierge

Em vez de um produto totalmente automatizado, o MVP Concierge permite à startup oferecer o serviço de forma manual para os primeiros clientes. 

É uma opção bastante útil para entender o comportamento do cliente e suas necessidades sem investir em tecnologia complexa inicialmente.

MVP Landing Page

No caso do Lading Page, trata-se de uma página simples que descreve o produto ou serviço, projetada para medir o interesse dos usuários.

A principal função deste tipo de MVP é validar a demanda do mercado e coletar feedback antes de desenvolver o produto.

Uma página de inscrição para um novo aplicativo, por exemplo, onde os usuários podem receber mais informações ou acesso antecipado, é um tipo de MVP Landing Page.

MVP Protótipo

Para startups que desenvolvem produtos físicos e precisam fazer testes de mercado, o MVP Protótipo costuma ser a alternativa mais adequada. 

Trata-se de uma versão simplificada que demonstra as principais funcionalidades, indicada para produtos que exigem interação física ou visual.

MVP Mágico de Oz

Por meio do MVP Mágico de Oz, o produto parece completo e funcional para o usuário, mas, nos bastidores, os processos são geridos manualmente.

Sua principal função é para testar a viabilidade do serviço e a aceitação do cliente antes de construir as funcionalidades automatizadas.

Exemplo: um site que oferece uma solução automática, mas as respostas são geridas por humanos disfarçados de algoritmos.

MVP Produto de Fumaça (Smoke Test)

O MVP Smoke Test tem como principal função “criar” uma oferta (geralmente em uma landing page) para um produto que ainda não foi desenvolvido, de modo a medir a demanda.

É uma estratégia para testar rapidamente a aceitação do produto sem investir em desenvolvimento.

MVP Modelo de Piloto

Aqui, a intenção é fazer uma implementação controlada de um determinado produto em um ambiente real, mas em escala limitada.

O MVP Modelo de Piloto geralmente é apropriado para produtos que requerem validação em um ambiente operacional real.

Exemplos de MVP

As principais empresas de tecnologia que revolucionaram o mercado por meio da inovação usaram diferentes modelos de MVP antes de investirem pesado no modelo de negócio.

Vamos ver exemplos? 

Transporte por aplicativo

A Uber, por exemplo, começou como um serviço de transporte de luxo em São Francisco, lançando um MVP que permitia aos usuários solicitar carros com motoristas através de um aplicativo em uma área limitada da cidade.

O sucesso inicial demonstrou que havia muita demanda por transporte acessível e conveniente não só nos Estados Unidos, como no resto do mundo.

E-commerce

A Zappos, uma loja online de calçados e roupas, também usou um MVP simples para testar suas hipóteses: um site com uma seleção limitada de calçados.

A resposta positiva dos clientes validou a ideia de vender calçados online, destacando o interesse do mercado.

Streaming

O Spotify, serviço de streaming de música, lançou seu MVP oferecendo um catálogo musical limitado.

A adesão demonstrou que havia uma demanda muito maior, sustentando o modelo de negócio — especialmente por meio da versão premium.

Dicas para lançar MVP em startup

Agora que você entende a importância do MVP em startups, pode começar a planejar seu Produto Mínimo Viável.

Confira dicas para acertar no processo.

1. Escolha o formato certo

A primeira decisão que você deve tomar sobre seu MVP para startup é sobre o formato ideal.

Algumas empresas preferem lançar um produto próximo da versão final imaginada, enquanto outras economizam ao máximo e mostram apenas a ideia do produto. 

Essa escolha depende basicamente da sua estratégia e do seu orçamento. 

Por exemplo, se você tem um software praticamente pronto, pode lançar uma versão trial com somente algumas funções liberadas, mas todas as funções visíveis para despertar a atenção do usuário.

Agora, se tem um app nos estágios iniciais de desenvolvimento, pode valer mais a pena criar um vídeo explicativo do sistema com um apelo publicitário.

2. Selecione bem o público

O público que vai testar seu MVP precisa ser a representação mais fiel possível do seu cliente ideal.

Por isso, trace primeiro o seu Perfil de Cliente Ideal (ICP, do inglês Ideal Customer Profile) e procure um grupo alinhado às características que você identificou.

É melhor que seja um grupo restrito e, se possível, de formadores de opinião. 

3. Foque nos atributos principais

Um erro comum na criação de MVP em startups é o excesso de funcionalidades na versão inicial.

Para não perder tempo e dinheiro, você precisa focar somente nos atributos essenciais do produto ou serviço.

Lembre-se também de que a ideia é criar expectativa e lançar um produto final muito melhor do que a versão que você apresentou.

4. Controle os custos do MVP

Por fim, é muito importante contabilizar os custos que você terá com seu MVP.

O objetivo é usar o mínimo de recursos possível para que valha a pena fazer os testes iniciais e o investimento maior fique para a versão final. 

Assim, você poupa seu caixa e mantém a saúde financeira da sua startup nas primeiras fases de crescimento.

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Como analisar o desempenho do MVP?

Tão importante quanto criar um MVP é analisar seu desempenho para determinar se o produto atende ou não às expectativas do mercado

Uma das maneiras de fazer essa análise é por meio de métricas e indicadores capazes de fornecer insights claros sobre o desempenho do protótipo. 

Vamos ver quais são?

Taxa de retenção

A taxa de retenção mede a porcentagem de clientes que continuam a usar o produto após um certo período.

Uma alta taxa indica que os usuários encontram valor no MVP e estão dispostos a continuar a usá-lo.

Analisar quando e por que eles abandonam o produto pode fornecer insights valiosos sobre onde o MVP precisa ser aprimorado.

Taxa de conversão

A taxa de conversão, por sua vez, mede quantos usuários realizam ações desejadas, como se inscrever, fazer uma compra ou compartilhar o produto.

Uma alta taxa de conversão sugere que o MVP está alinhado com as expectativas dos usuários e oferece valor percebido suficiente para motivar a ação.

Engajamento de usuário

Métricas de engajamento, como tempo gasto no aplicativo, frequência de uso e interação com conteúdo ou funcionalidades, oferecem uma visão sobre o nível de envolvimento do usuário com o MVP.

Um alto engajamento sugere que o produto é relevante e valioso para o público-alvo.

Churn rate

Aqui, falamos sobre as taxas de cancelamento, uma das mais importantes métricas para startups.

Você pode usar o churn rate para medir o abandono do MVP.

Nesse caso, o objetivo é identificar as razões e abordar problemas de usabilidade antes do lançamento final.

Análise de dados

Como vimos, os dados são essenciais para medir o potencial de um projeto, especialmente quanto ao uso de métricas e KPIs.

Para oferecer os insights necessários à tomada de decisões, no entanto, sua empresa precisa de ferramentas adequadas. 

A boa notícia é que você não precisa investir fortunas em uma estrutura própria de business intelligence para usar os dados a seu favor. 

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