O que é open banking e o que ele vai mudar na sua vida

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open banking já tem data para começar a funcionar no Brasil e revolucionar todo o sistema bancário.

A partir de fevereiro de 2021, terá início o processo de implementação desse modelo aberto, descentralizado e 100% digital. 

Isso significa que, muito em breve, você terá a opção de compartilhar seus dados com várias instituições em um único ambiente, para ter acesso a serviços financeiros personalizados.

Ainda está com dúvidas sobre o open banking?

Então, siga a leitura e entenda de uma vez por todas essa novidade.

O que é open banking

O open banking é um novo modelo de sistema bancário que vai permitir o compartilhamento de dados e serviços entre bancos, fintechs e outras instituições.

O termo pode ser traduzido para “sistema bancário aberto”, em referência à abertura do mercado e portabilidade de informações. 

Nesse modelo, as pessoas físicas e jurídicas têm mais controle sobre seus dados e podem escolher livremente seus serviços financeiros, pois as soluções e sistemas são integrados em um único ambiente digital.

Na prática, é uma rede de dados compartilhada entre todas as instituições financeiras, em que cada usuário pode autorizar ou não o uso de seus dados para ter acesso a serviços. 

O objetivo é acelerar a digitalização do sistema financeiro e ampliar a oferta de serviços à população, além de aumentar a competitividade no setor e estimular a inovação. 

No Brasil, o open banking começará a ser implementado em fevereiro de 2021, segundo a previsão do Banco Central.

Como funciona o open banking

Se você ainda não entendeu muito bem o que é open banking, não se preocupe: apenas 2% dos brasileiros estão por dentro do conceito, segundo uma pesquisa do C6 Bank divulgada em 2020 na IP News. 

Para explicar melhor, vamos usar o exemplo dado pelo chefe de regulação do BC João André Pereira, em entrevista à Exame de 2020:

“Nós costumamos fazer um paralelo com a internet. Quando ela foi criada, na década de 90, ninguém sabia bem o que era. As mudanças vieram depois, com os aplicativos, ferramentas e tudo que foi construído em cima da rede de conexão. 

O mesmo vale para o open banking: com base na estrutura que está sendo regulamentada, o mercado vai começar a montar diversos ‘bloquinhos’. 

Isso só será possível porque teremos grandes bancos, fintechs, instituições de pagamentos e várias outras empresas do sistema financeiro dentro de um mesmo ambiente padronizado.”

Em outras palavras: com o open banking, o brasileiro poderá montar o banco que quiser, escolhendo entre os serviços oferecidos em uma rede de dados.

Hoje, é comum ter um cartão de crédito em uma instituição, um financiamento em outra e uma conta corrente em uma terceira, por exemplo.

No futuro, todos esses serviços de instituições diferentes estarão em um grande aplicativo composto por vários “bloquinhos” (produtos e serviços) que poderão ser montados de forma personalizada.

Quando o open banking começa a valer

O Banco Central anunciou que o open banking começará a ser implementado em fevereiro de 2021, conforme divulgado em dezembro de 2020 no Olhar Digital.

O processo será dividido em quatro fases:

  • Fase 1: o público terá acesso a dados de instituições participantes do open banking sobre canais de atendimento, produtos e serviços (uma espécie de buscador de serviços financeiros)
  • Fase 2: as instituições participantes deverão compartilhar as informações de cadastro de clientes e representantes, bem como dados de transações de clientes (com consentimento do usuário)
  • Fase 3: terá início o compartilhamento do serviço de transações de pagamento entre instituições participantes, assim como propostas de operação de crédito 
  • Fase 4: o escopo de dados será ampliado para abranger operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência privada. 

A previsão é de que o sistema esteja 100% implementado até 15 de dezembro de 2021.

5 mudanças importantes que o open banking vai trazer

Agora que você entende melhor o que é open banking, precisa ficar por dentro das mudanças que esse modelo vai trazer.

Confira os principais impactos. 

1. Os dados serão do usuário

Hoje, as instituições financeiras controlam e gerenciam os dados dos clientes internamente. 

Com o open banking, o usuário retomará o controle de seus dados e poderá decidir com quais instituições quer compartilhar suas informações para ter acesso a serviços e benefícios.

Por exemplo, será possível compartilhar seu histórico de crédito com um banco para conseguir juros menores ou condições personalizadas.

Lembrando que o sistema estará em conformidade com as diretrizes da LGPD em relação à segurança da informação. 

2. As soluções serão personalizadas

Com todos os produtos e serviços financeiros em um único ambiente, o consumidor terá liberdade para construir soluções personalizadas, em vez de ficar preso a determinadas instituições.

Além disso, a tendência é que os bancos e fintechs criem ofertas cada vez mais customizáveis.

3. A burocracia será reduzida

Hoje, o sistema bancário é conhecido pela burocracia, que vem sendo reduzida com a ação de fintechs e soluções como o Pix.

Com a chegada do open banking, os processos de cadastro, contratação e relacionamento com instituições financeiras ficarão muito mais fáceis e rápidos.

Isso será vantajoso tanto para o consumidor quanto para os bancos, que poderão prestar serviços com mais agilidade e reter mais clientes.

4. Haverá maior inclusão financeira

Um dos pontos centrais do open banking é a inclusão financeira, considerando que ainda há uma grande parcela de desbancarizados na população.

Com a descentralização, mais pessoas terão acesso a serviços financeiros sem precisar, necessariamente, de uma conta bancária. 

5. O setor financeiro ficará mais competitivo

Por fim, o compartilhamento geral dos dados e sistemas deixará o sistema financeiro muito mais competitivo, já que não haverá espaço para monopólio de informações.

Esse aumento da concorrência incentiva a inovação e a diversificação de produtos e serviços para os consumidores, além de reduzir os preços.

E então, ficou ansioso para experimentar o open banking?

Continue de olho nos conteúdos da Comece Com o Pé Direito para saber das novidades.

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