Um bom plano de negócios para fintech é requisito obrigatório para empreender no mercado de tecnologia financeira.
Funciona como um guia pelos caminhos nem sempre pavimentados do empreendedorismo.
Ainda mais no universo das fintechs, cuja proposta é revolucionar a relação das pessoas com o dinheiro.
Para transformar um insight em um negócio escalável e lucrativo, o primeiro passo é organizar as ideias no papel na forma de um plano de negócios.
Se você decidiu embarcar nesse mercado e surfar boas oportunidades, acompanhe nossas dicas a seguir e tenha uma noção de como elaborar seu planejamento.
O que é um plano de negócios para fintech?
Um plano de negócios para fintech é a consolidação da ideia de negócio em um documento.
O objetivo é delinear as diversas fases de crescimento e amadurecimento da fintech, desde a inauguração aos estágios mais avançados.
Algumas perguntas básicas devem ser respondidas no plano, como:
- Que tipo de serviço será oferecido?
- Qual o público-alvo?
- Como o serviço será prestado?
- Quanto será necessário investir?
- De onde virão as receitas?
Perceba que, embora pareçam perguntas simples, a resposta para cada uma delas exige boa dose de pesquisa por parte do empreendedor.
A começar pelo tipo de serviço a ser oferecido, que resume a ideia central do negócio.
O mercado de fintechs é amplo e reúne diversas empresas interessadas em facilitar as transações financeiras por meio de soluções tecnológicas.
Há fintechs de investimentos, controle financeiro, criptoativos, pagamentos, crowdfunding, dentre outras.
Você precisa ter em mente que, embora seja um mercado em franco crescimento, não há limites para a concorrência.
As fintechs, assim como outras integrantes do ecossistema startup, surgem para resolver uma lacuna do mercado, uma dor do cliente.
É preciso encontrar, portanto, um problema que de fato exista e para o qual ainda não tenha solução.
Do contrário, seu plano de negócio fintech pode morrer antes mesmo de nascer.
É importante ter em mente que planejar é olhar para frente, antecipar o futuro.
Se tudo que você tem é uma ideia, para construir o plano é preciso pesquisar, buscar dados no mercado que sirvam de parâmetros para estruturar todas as fases do planejamento.
Importância do business plan em fintechs
O business plan para fintech funciona como uma bússola que vai orientar o empreendedor.
Dada a natureza inovadora do modelo de negócio, há alguns ingredientes a mais de incerteza quando comparamos as fintechs com empreendimentos convencionais.
Empresas de tecnologia financeira são recentes no Brasil, e o setor ainda está em fase de amadurecimento.
Exatamente por isso, o business plan de uma fintech precisa ser elaborado com cuidado e atenção.
Para colocar seu negócio de pé, você precisará de dinheiro, certo?
Logo, um bom plano de negócios será fundamental na busca por investidores.
Ao descobrir um nicho, uma lacuna a ser preenchida, estude também a parte regulatória.
O setor financeiro no Brasil é altamente regulamentado e, dependendo do segmento no qual você pretende atuar, as exigências do Banco Central podem dificultar seu plano.
Uma fintech que queira oferecer contas digitais, por exemplo, mesmo que não seja um banco, precisa ter um capital mínimo de R$ 2 milhões.
Plano de negócios de fintech: passo a passo
Como você viu no primeiro tópico deste artigo, algumas perguntas-chave devem ser respondidas na elaboração do plano de negócios de uma fintech.
Há diferentes maneiras de estruturar o passo a passo para se chegar ao documento final.
Um dos métodos é o Business Model Canvas, uma espécie de mapa que permite a você esboçar em uma única página todo o planejamento de sua fintech.
Dividido em nove quadros, o modelo Canvas ajuda a encontrar respostas para quatro perguntas principais: o que será vendido, para quem, como e quanto vai custar.
1. O que será vendido
O primeiro passo do modelo Canvas é descobrir quais serviços serão oferecidos pela sua fintech.
O objetivo das startups financeiras é descomplicar a relação dos clientes com o dinheiro, mas não vale “chover no molhado”.
É preciso encontrar uma lacuna, uma necessidade negligenciada.
Sem esse primeiro passo bem definido, não há como passar às etapas seguintes.
2. Para quem o serviço é destinado
Aqui, o plano de negócios fintech deve definir o segmento de clientes a ser atendido.
Qual o perfil? Como eles estão agrupados?
Em seguida, determine o tipo de relacionamento a ser estabelecido para conquistar e manter os clientes.
Feito isso, é preciso definir os canais de comunicação por meio dos quais a proposta de serviço será entregue.
3. Como a fintech vai funcionar
Você já definiu que tipo de serviço oferecer e para quem, agora é a vez de descobrir como fazer a fintech funcionar.
Essa fase inclui parcerias com fornecedores e parceiros, profissionais necessários ao funcionamento do modelo de negócio e os principais recursos (equipamentos, infraestrutura, etc.).
4. Quanto (gastos e receitas)
Por fim, você precisa esboçar quanto será necessário investir na fintech e quanto receberá pela prestação de serviços.
Na parte de custos e despesas, relacione gastos com pessoal, desenvolvimento de app e softwares, locação de espaço, etc.
Na parte de receitas, estime o fluxo de caixa futuro com base nas vendas esperadas, previsões de crescimento…
O modelo de Canvas funciona como um mapa simplificado do que deve ser o plano de negócios de uma fintech.
Com o esboço pronto, você tem condições de desenvolver cada uma das etapas do plano com mais profundidade e eficiência.
Antes de investir pesado no produto final, contudo, é aconselhável que você desenvolva um MVP (ou, em português, Produto Mínimo Viável).
Provavelmente sua fintech pretende criar uma solução nova para algum problema ou necessidade que ninguém ainda tenha detectado.
Você pode achar sua ideia extraordinária, mas o que importa mesmo é a percepção do cliente.
O MVP é uma espécie de protótipo, uma versão de teste do serviço que sua fintech quer oferecer.
Liberado a um grupo específico que retrata seu segmento de público, permite ratificar a ideia e aprimorar o produto a partir dos feedbacks dos usuários.
Se o MVP indicar que a solução é válida, aí sim você tem sinal verde para seguir em frente.
Deu para ter uma ideia de como é fazer um plano de negócios para fintech?
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