Regime tributário para startup: conheça as opções e escolha a melhor

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regime tributário para startup é uma das escolhas que você precisa fazer para começar seu negócio.

Basicamente, ele determina como os impostos serão calculados e cobrados, tendo grande impacto nas finanças.

Logo, você precisa tomar a decisão certa para pagar o mínimo possível de tributos e manter seu negócio em dia com o Fisco.

Quer ajuda para escolher o melhor regime tributário para sua startup?

É só seguir a leitura e acompanhar nossas dicas. 

Como funciona o regime tributário para startup

O regime tributário para startup define como os impostos e contribuições serão cobrados da empresa.

Na legislação brasileira, existem três principais regimes tributários: Simples NacionalLucro Real e Lucro Presumido.

Cada um deles possui suas próprias regras de recolhimento de tributos, alíquotas e base de cálculo, além de enquadramentos diferentes conforme o ramo de atividade do negócio. 

Toda empresa precisa selecionar uma dessas opções na hora de formalizar o negócio — inclusive as startups. 

A escolha deve ser feita com base em critérios como porte, faturamento, segmento e atividade da empresa.

O objetivo, claro, é adotar o regime tributário ideal para pagar o mínimo de impostos e manter a empresa regular com o Fisco, atendendo às exigências da lei. 

Mas nem sempre é fácil fazer essa escolha, porque o sistema tributário brasileiro é bastante complexo.

Por isso, é fundamental ter o apoio de um contador profissional para decidir pelo regime mais vantajoso. 

Opções de regime tributário para startup

Para escolher o melhor regime tributário para startup, é importante conhecer as características de cada um deles. 

Confira um resumo.

Simples Nacional 

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado feito especialmente para as micro e pequenas empresas.

Ele é o único regime que permite o recolhimento dos impostos federais, municipais e estaduais em uma única guia mensal e com alíquotas menores, favorecendo o pequeno empreendedor. 

Para optar pelo Simples Nacional, é preciso ter receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões — ou seja, microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

Há ainda outros impedimentos que podem ser consultados na Lei Complementar nº 123 de 2006. 

Lucro Real

O Lucro Real é o regime tributário mais complexo de todos, pois calcula alguns impostos (IRPJ e CSLL) com base no resultado efetivo do negócio — ou seja, a empresa só paga esses dois tributos caso tenha lucro no período.

Sendo assim, a vantagem é que a empresa paga somente pelo que ganhou de fato, e fica isenta dos tributos caso tenha prejuízo.

Por outro lado, é preciso ter um controle rigoroso da contabilidade para apurar corretamente o lucro do período e comprovar os resultados.

O Lucro Real é obrigatório para empresas que faturam acima de R$ 78 milhões, sociedades por ações e instituições financeiras, mas qualquer empresa pode aderir ao regime se achar vantajoso.

Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma versão simplificada do Lucro Real com tributação mais simples, pois se baseia em uma estimativa da margem de lucro da empresa.

Nesse regime, os impostos (IRPJ e CSLL) são apurados sobre uma base de cálculo que varia de 8% a 32% do faturamento, de acordo com a presunção de lucro da categoria da empresa. 

Por exemplo, as empresas de transportes de cargas e atividades imobiliárias têm presunção de lucro de 8% do faturamento, enquanto as empresas do comércio têm lucro previsto de 16% e as de serviços de 32%.

Obviamente, o Lucro Presumido só é vantajoso se a empresa tiver um lucro maior do que o estimado. 

SIMEI

O SIMEI (Simples Nacional — Microempreendedor Individual) é um regime tributário exclusivo do microempreendedor individual (MEI).

Ao contrários dos outros regimes, o MEI só precisa pagar uma guia mensal com porcentagem fixa de impostos (ICMS, ISS ou IPI, conforme o segmento) e contribuição para o INSS, com valor máximo de R$ 61,00 em 2021. 

Mas, para enquadrar a empresa nessa categoria, é preciso faturar até R$ 81 mil ao ano, ter no máximo um empregado e exercer uma das atividades permitidas.  

No terceiro episódio da trilha Por Dentro do Foguete debatemos com os nossos especialistas como funcionam os regimes tributários e como realizar a escolha ideal para não impactar as finanças do negócio. Ouça agora mesmo.

Inova Simples: um regime tributário exclusivo para startups?

O Inova Simples é um novo regime tributário criado pela Lei Complementar nº 167/2019, que cria a figura da Empresa Simples de Inovação.

Essa categoria é voltada especialmente às startups, definidas na lei como:

 “Empresas que se caracterizam por desenvolver suas inovações em condições de incerteza que requerem experimentos e validações constantes, inclusive mediante comercialização experimental provisória, antes de procederem à comercialização plena e à obtenção de receita”.

Na prática, a lei prevê a abertura e fechamento imediato de startups e a inclusão da análise de registro de marcas e patentes no processo de abertura. 

Com o novo regime, a startup pode se registrar automaticamente, definir espaços compartilhados e polos tecnológicos como sede, ter prioridade no registro de marca, entre outros diferenciais.

Além disso, é permitido comercializar um MVP (Produto Mínimo Viável) em caráter experimental e com isenção de impostos, obedecendo às regras do MEI (faturar até R$ 81 mil ao ano).

No entanto, ainda não está claro como vai funcionar o regime tributário do Inova Simples, já que o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) ainda não regulamentou o tema. 

Como escolher o melhor regime tributário para sua startup

Como você pode ver, são várias opções de regime tributário para startup, e sua tarefa é escolher a mais vantajosa para começar seu negócio.

À primeira vista, o Simples Nacional parece a melhor opção, já que simplifica o recolhimento dos impostos e tem alíquotas competitivas.

No entanto, podem existir casos em que o Lucro Real vale mais a pena, por exemplo, pois o imposto calculado sobre os lucros do negócio pode ser menor do que aquele determinado nos Anexos da Tabela do Simples Nacional. 

Já o MEI é bastante vantajoso, mas dificilmente a atividade da startup estará entre as ocupações permitidas, já que são ramos mais operacionais. 

Então, só um contador experiente pode dizer qual a melhor opção para a sua startup e fazer um bom planejamento tributário.

Na Comece Com o Pé Direito, por exemplo, temos um serviço exclusivo de abertura de empresa voltado a startups, que inclui a orientação sobre o melhor regime de tributação para o seu negócio.

E agora, ficou mais fácil escolher o regime tributário da startup?  

Então, vamos conversar e definir juntos os enquadramentos da sua empresa para um futuro promissor. 

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