No universo do marketplace, o take rate integra um conjunto relevante de indicadores usados como referência tanto para as plataformas quanto para os parceiros.
Trata-se de um índice diretamente relacionado à viabilidade econômico-financeira do modelo de negócio, capaz de influenciar o faturamento e o lucro de ambas as partes.
Mas, afinal, o que é exatamente o take rate e como ele afeta os players do e-commerce?
Se é o que você procura saber, continue a leitura!
O que é take rate?
O take rate é uma taxa de intermediação, ou “taxa de tomada”, que uma plataforma digital cobra sobre o valor de cada transação realizada pelos parceiros cadastrados (sellers).
É um método de cobrança muito comum em marketplaces e outros modelos de negócio que conectam vendedores e compradores (ou fornecedores e clientes).
Seu uso mais frequente está em plataformas que não vendem diretamente, mas oferecem o espaço para que outras empresas façam isso, cobrando uma comissão por cada transação.
Essa comissão em percentual é o take rate.
Exemplos de take rate
A taxa média de take rate pode variar bastante de acordo com a plataforma e a categoria dos produtos, como nos exemplos a seguir:
- Mercado Livre: varia de 10% a 19%, além de uma taxa fixa
- Magalu Marketplace: varia de 10% a 20%, dependendo da categoria
- Hotmart: chega a 20%, dependendo da moeda e do valor mínimo transacionado
- Casas Bahia Marketplace: entre 18,5% e 21%
- Shopee: cobra uma comissão de 14%, além de um valor fixo referente ao frete.
As taxas, vale ressaltar, são cobradas sobre o volume total transacionado, ou receita bruta gerada pelo vendedor na plataforma.
Como calcular o take rate?
De maneira geral, o take rate já vem calculado (as plataformas informam o percentual de cobrança em algum lugar no sistema).
Mas se, por alguma razão, você precisar realizar o cálculo para descobrir a taxa de uma transação, o processo é relativamente simples.
Basta dividir o valor nominal da taxa cobrada pelo valor total da transação e multiplicar por 100 para encontrar o take rate em percentual.
Exemplo prático
Supondo que um seller tenha realizado uma venda de R$ 1.000 em um marketplace, do qual foi descontado R$ 100 de taxa — o vendedor ficou com R$ 900.
Para calcular o take rate, você pode usar a seguinte fórmula:
- Take rate (%) = (valor da taxa cobrada / valor total da transação) * 100.
- Take rate (%) = (100 / 1000) * 100
- Take rate (%) = 10%.
Nesse nosso exemplo, a taxa de intermediação foi de 10%.
Qual é um bom take rate?
Um bom take rate depende da perspectiva.
Se sua empresa é a plataforma que cobra a taxa, quanto maior o percentual, melhor — afinal, é sua principal fonte de faturamento.
Mas se você é um seller que usa o marketplace, deve avaliar o take rate em relação aos benefícios que a plataforma oferece, como visibilidade, facilidade logística e segurança.
Nesse caso, não basta comparar os percentuais apenas.
Uma plataforma que oferece uma grande base de clientes e uma estrutura consolidada pode justificar uma taxa maior em troca de conveniência e alcance.
Caso contrário, não faz sentido.
Vale a pena pagar take rate?
Para muitos e-commerces iniciantes, utilizar marketplaces é uma forma eficiente de atingir um público maior e garantir um fluxo relevante de vendas.
A taxa de intermediação, no entanto, “corrói” significativamente a receita e o lucro — por menor que seja.
Em determinados casos, pode ser vantajoso pagar a taxa, mas em outros, vender diretamente pode ser uma alternativa mais eficiente, sobretudo se o produto tiver um público estabelecido.
Cada caso é um caso.
Antes de tomar qualquer decisão, é importante fazer as contas e verificar se, mesmo após o pagamento das taxas e dos demais custos e despesas, a margem líquida do produto ainda é competitiva.
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