Qual a taxa de crescimento ideal para startups e como medir?

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Afinal, como definir a taxa de crescimento ideal para startups dentro de uma lógica de mercado que faça sentido?

Essa é uma preocupação legítima de CEOs e CFOs, levando em conta que a missão tem seu nível de complexidade. 

Mas alguns benchmarks, inclusive internacionais, podem ajudar.

A taxa de crescimento é um importante indicador porque estima o potencial de escalabilidade de um negócio com reflexos relevantes no valuation

Nos tópicos a seguir, vamos explorar as características desse processo, inclusive com exemplos práticos.

Qual a taxa de crescimento ideal para startups?

Definir a taxa de crescimento ideal para startups exige estudos, pesquisas e parâmetros relacionados a fatores como setor, região, estágio e mercado endereçável.

Em outras palavras, as taxas podem variar muito de um negócio para outro.

Uma pesquisa internacional da Equidam analisou dados de mais de 25 mil startups mundo afora e chegou à seguinte conclusão quanto à média de crescimento das empresas inovadoras:

  • 268% no primeiro ano
  • 144% no segundo ano 
  • 71% no terceiro ano.

Como podemos observar, os números indicam que o crescimento tende a ser mais acelerado nos primeiros anos de operação — arrefecendo na medida em que o negócio amadurece.

Expectativas de crescimento por fase da startup

O estudo mencionado analisou também o crescimento por fase da startup, considerando diferentes regiões do mundo: economias desenvolvidas emergentes.

Vamos entender melhor?

Fase inicial (ideação/validação)

Nos estágios embrionários, a expectativa é que as startups cresçam rapidamente, muitas vezes apresentando taxas anuais superiores a 300%

Isso ocorre porque a base de receita ainda é pequena, tornando o crescimento percentual mais elevado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, startups pequenas (com receita inicial entre US$ 50.000 e US$ 250.000) projetam um crescimento médio de 481% no primeiro ano.

Fase de tração/escala

A partir do segundo ano, o crescimento tende a desacelerar na medida em que a startup começa a enfrentar mais concorrência e a necessidade de consolidar seu produto no mercado. 

Aqui, as taxas de crescimento ainda podem ser altas, mas são mais moderadas, como os 144% projetados para o segundo ano, conforme citado pela Equidam.

Fase de maturidade

Na fase mais avançada, a startup já está estabelecida e o crescimento tende a se estabilizar, ficando em torno de 70% ao ano ou menos.

A taxa de crescimento nesse estágio é mais baixa, pois a empresa está focada em maximizar a eficiência operacional e manter sua posição no mercado.

Vale ressaltar que os dados apresentados pela pesquisa são uma média internacional.

É importante ter em mente, portanto, que algumas startups crescerão muito mais do que os dados sugerem e outras não chegarão nem perto.

Além dos dados da pesquisa, uma boa dica para outros referenciais é analisar as projeções financeiras e as taxas de crescimento de startups que captam recursos via plataformas de equity crowdfunding

Como parte da documentação de interesse dos investidores, elas divulgam projeções de crescimento que valem a pena analisar.

Como medir a taxa de crescimento em startups?

A taxa de crescimento de uma startup pode ser medida por meio de diferentes indicadores, sendo o Compound Annual Growth Rate (CAGR) um deles. 

Você pode usar a ferramenta tanto em periodicidade mensal quanto anual, dependendo da necessidade. 

Taxa de crescimento mensal

Para medir a taxa de crescimento mensal usando o CAGR, você deve aplicar os dados à seguinte fórmula:

  • Taxa de Crescimento Mensal = (Receita do mês atua/Receita do mês anterior – 1) * 100.

O cálculo mês a mês pode ser especialmente útil para startups embrionárias, em que o crescimento geralmente é mais volátil.

Taxa de crescimento anual

Para calcular o crescimento ano a ano, a fórmula do CAGR é a seguinte:

  • CAGR = (Valor Final/Valor Inicial)^1n – 1

(Sendo o “n” o número de anos).

Diferentemente do mensal, o cálculo anual é mais estável e reflete melhor a tendência de crescimento ao longo do tempo.

Exemplo simples

Imagine que uma startup tenha uma receita de R$ 100 mil em 2021 e, em 2024, alcance R$ 300 mil.

Aplicando a fórmula, temos:

  • CAGR = (300.000/100.000)^⅓ – 1
  • CAGR= (3) ^⅓ -1
  • CAGR ≈ 0,4427 ou 44,27%.

Nesse caso hipotético, a receita dessa empresa cresceu, em média, 44,27% ao ano durante um período de três anos.

Outros indicadores importantes para startups

Além do CAGR, há outros indicadores que ajudam a medir a taxa de crescimento ideal para startups, como:

  • Usuários Ativos Diários (DAU) ou Mensais (MAU): indicador que mostra o engajamento dos usuários com o produto
  • Lifetime Value (LTV) e Custo de Aquisição de Clientes (CAC): dois indicadores que, se conjugados, ajudam a entender a sustentabilidade do modelo de negócios e a eficiência na aquisição de novos clientes
  • Churn Rate: mede a taxa de cancelamento de clientes e é um dos indicadores essenciais para startups que dependem de receitas recorrentes.

Para um acompanhamento personalizado de KPIs como esses, não há outra saída: sua startup precisa de uma estrutura robusta de análise de dados.

Você pode pode obter esse arsenal de ferramentas basicamente de duas maneiras:

  1. Criando a própria estrutura de business intelligence, o que demanda tempo e investimento
  2. Terceirizando seus projetos de BI a uma empresa especialista, como a Comece, principal player do Brasil em soluções para startups, scale-ups e outras empresas digitais.

A segunda opção, na grande maioria dos casos, é a mais eficiente por uma série de fatores: custo-benefício, acesso a tecnologias de ponta e a profissionais qualificados, flexibilidade e muito mais. 

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