Tipos de contratação: quais as opções e como fazer do jeito certo em startups?

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São tantos tipos de contratação para empresas de tecnologia atualmente que pode ser difícil escolher o mais adequado.

Você tem a famosa dúvida entre CLT e PJ, e ainda opções de estágio, contrato temporário, home office e outras modalidades previstas em lei.

Na hora de recrutar talentos, é importante considerar não apenas os custos desses contratos, mas também as necessidades e o momento da sua organização

Vamos ajudar você a decidir qual a melhor contratação para sua empresa de tecnologia a partir de agora.

Continue lendo e faça a escolha ideal para o seu negócio. 

Tipos de contratação: por que isso importa?

Escolher a opção mais adequada entre os tipos de contratação tem impacto direto na formação de uma boa equipe de trabalho e no desempenho da empresa de forma geral.

Cada modalidade tem vantagens e desvantagens e compreender suas principais diferenças é essencial para evitar problemas futuros.

No caso das startups, que trabalham com equipes remotas e demandas por talentos especializados, a escolha do modelo de contratação requer ainda mais atenção.

Afinal, a contratação certa ajuda a formar times alinhados à cultura organizacional, além de reduzir índices de turnover e aumentar a produtividade.

Características do processo de contratação em startups

O processo de contratação em startups costuma ser dinâmico e focado na busca por talentos que se alinhem à cultura e aos desafios do negócio. 

As características abaixo priorizam a rapidez, a adaptação e a identificação de colaboradores que possam contribuir para o crescimento acelerado da empresa:

  • Agilidade e flexibilidade: startups geralmente precisam de processos rápidos para se adaptar às demandas do mercado. A flexibilidade é essencial para atender às necessidades emergentes
  • Foco cultural: além das habilidades técnicas, é necessário que os candidatos compartilhem dos valores e da visão da empresa, pois a integração à cultura organizacional pode impactar diretamente o sucesso do time
  • Multifuncionalidade: devido à estrutura enxuta, as startups buscam profissionais capazes de desempenhar diversas funções, mostrando flexibilidade e adaptabilidade em suas responsabilidades
  • Entrevistas focadas em competências: as entrevistas tendem a ser mais comportamentais e baseadas em situações reais, permitindo avaliar como o candidato reage a desafios e mudanças rápidas
  • Uso de tecnologia: muitas startups adotam plataformas de recrutamento online e testes de habilidades para otimizar a triagem de candidatos e garantir que o processo seja o mais eficiente possível.

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8 tipos de contratação para empresas de tecnologia

Será que você conhece todos os tipos de contratação para empresas de tecnologia disponíveis?

Veja as principais opções dentro da legislação trabalhista. 

1. Estágio

A contratação de estagiários para empresas de tecnologia é uma opção para desenvolver novos talentos do zero e trazer conhecimento da universidade para o negócio. 

Uma alternativa é contratar os serviços de uma empresa intermediadora, como o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) ou Nube, por exemplo.

Por lei, a empresa tem liberdade para definir o valor da bolsa-auxílio e do auxílio-transporte e pode estender o contrato até o limite de dois anos. 

Lembrando que o estagiário não pode fazer horas extras e a jornada diária é de 4 a 6 horas de trabalho.

Para empresas de tecnologia, é uma opção interessante pelo custo-benefício e aquisição de talentos em longo prazo, mas não serve para situações em que é preciso preencher uma vaga efetiva em curto prazo.

2. CLT

O CLT é o regime mais comum de contratação, que determina a jornada de 8 horas diárias (mais até 2 horas extras) e 44 horas semanais.

Nesse caso, é preciso estar preparado para cumprir os direitos previstos em lei (13º salário, FGTS, INSS, vale-transporte, etc.) e arcar com os encargos sobre a folha de pagamento, que podem chegar a mais de um terço do próprio salário. 

Ao contratar um funcionário celetista, também é importante conferir os dissídios coletivos da categoria e os pisos salariais, para ter certeza de que a remuneração e benefícios propostos pela empresa estão dentro dos padrões acordados no sindicato.

O documento também trata de regras para horas extras, pagamento de plano de saúde, auxílio-creche, aviso prévio, teletrabalho, garantia de emprego para gestante, entre outros assuntos.

3. Autônomo/PJ

A contratação de autônomo/PJ para empresas de tecnologia é outra opção trazida pela Reforma Trabalhista.

Nesse caso, o profissional é contratado como um prestador de serviços, seja como pessoa jurídica ou pessoa física, e não tem os direitos previstos na legislação trabalhista. 

Outra opção é terceirizar funções por meio de uma empresa especializada.

Em todos esses casos, o principal cuidado que a empresa deve tomar é o de não constituir vínculo empregatício.

A lei determina que esse vínculo é formado quando o profissional prestar serviço com habitualidade (não eventualidade), mediante salário (onerosidade), sem poder se fazer substituir por outro trabalhador (pessoalidade) e estiver sujeito às ordens do empregador (subordinação).

Logo, é preciso estar atento para não desrespeitar a lei e tratar um autônomo/PJ como CLT, pois ele não é funcionário da empresa. 

4. Contrato temporário

Se a empresa de tecnologia precisa de um reforço na equipe por um determinado período, é possível aderir à contratação temporária.

Esse tipo de contrato também foi estabelecido pela Reforma Trabalhista e funciona de forma semelhante ao regime CLT, mas com prazo determinado. 

A vantagem é que a empresa recebe isenção dos custos adicionais como férias, 13º, INSS e FGTS.

5. Home office

Desde a Reforma Trabalhista, o home office, ou teletrabalho, foi finalmente oficializado pela CLT.

Nessa modalidade, todas as regras são firmadas em acordo individual entre colaborador e empresa, incluindo questões sobre equipamentos e gastos com energia e internet — ou em dissídios coletivos, caso existam.

De resto, as regras são as mesmas da CLT, incluindo direitos como férias, 13º salário, aviso prévio e licenças.

6. Trabalho intermitente

No regime de trabalho intermitente, o colaborador presta serviços de forma não contínua, alternando períodos de trabalho e inatividade.

Esse formato é vantajoso para startups que precisam de flexibilidade, já que a remuneração é calculada com base no período efetivamente trabalhado.

Ou seja, a empresa só paga pelas horas em que o colaborador foi realmente necessário, o que pode ser ideal para empresas com demandas sazonais ou picos de trabalho imprevisíveis.

O trabalho intermitente permite também acesso a uma base maior de talentos, que podem atuar em diversas startups ou projetos simultaneamente. 

Essa possibilidade é especialmente relevante para empresas que precisam de profissionais com habilidades específicas, mas não demandam uma carga horária fixa.

7. Contrato de experiência

O contrato de experiência é uma forma de avaliar o desempenho do profissional antes de efetivá-lo na equipe.

Esse tipo de contratação tem duração máxima de 90 dias e pode ser uma excelente alternativa para startups que estão recrutando talentos estratégicos.

Durante esse período, ambas as partes têm a oportunidade de avaliar a compatibilidade profissional e cultural.

8. Partnership

O partnership, por outro lado, é um modelo que oferece participação societária aos colaboradores-chave como forma de engajamento.

Esse tipo de contratação é comum em startups que desejam reter talentos, oferecendo um senso de propriedade e motivação para atingir metas de longo prazo.

Em vez de apenas um salário fixo, os profissionais recebem uma participação nos lucros ou até mesmo ações da empresa, dependendo do acordo.

Além de ser um incentivo para aumentar o desempenho, o partnership atrai profissionais altamente qualificados que buscam mais do que remuneração.

Trata-se de uma estratégia interessante para startups que atuam em mercados competitivos e precisam de uma equipe comprometida para crescer de forma sustentável.

No entanto, é fundamental estabelecer regras claras, como os critérios de participação, direitos e deveres, e definir um contrato de vesting, caso a opção inclua ações da empresa.

Cuidados desse tipo evitam conflitos futuros e alinham as expectativas entre empresa e colaboradores.

Além do tipo: o que avaliar ao fazer uma contratação?

Escolher o tipo de contratação é um passo essencial, mas outros fatores são igualmente importantes para garantir que a decisão seja estratégica.

Veja os principais aspectos que você deve avaliar: 

Necessidades específicas da função

Antes de contratar, é fundamental identificar as demandas do cargo.

Pergunte-se: a vaga exige dedicação integral ou trabalho pontual? É necessário conhecimento técnico especializado?

Responder a essas questões ajudará a determinar se você precisa de um funcionário CLT, um consultor PJ ou um estagiário, por exemplo. 

Flexibilidade e escalabilidade

Startups, em especial, operam em ambientes dinâmicos e frequentemente precisam escalar rapidamente.

Considere como a modalidade de contratação escolhida se alinha ao momento atual e aos planos futuros da empresa.

Contratos temporários ou trabalho intermitente podem ser mais adequados para períodos de alta demanda, enquanto o regime CLT pode ser mais indicado para funções críticas e de longo prazo.

Custos e orçamento disponível

Os custos não se limitam ao salário do colaborador. 

Considere encargos trabalhistas, benefícios, equipamentos e outros gastos.

Ao contratar um PJ, por exemplo, você pode economizar em encargos, mas talvez precise negociar remuneração mais alta para compensar a ausência de benefícios. 

Cultura organizacional

Para startups, é fundamental que o novo colaborador esteja alinhado à cultura da empresa. 

Independentemente do tipo de contratação, um bom fit cultural pode fazer toda a diferença no engajamento e produtividade do time.

Priorize profissionais que compartilhem os mesmos valores e estejam dispostos a contribuir para o crescimento da empresa. 

Perspectiva de longo prazo

Mesmo em contratações temporárias, pense no impacto a longo prazo.

Um estagiário bem treinado pode se tornar um excelente profissional CLT.

Da mesma forma, um bom consultor PJ pode ajudar a construir processos que serão usados pela empresa no futuro. 

Ao avaliar esses fatores, você garante não apenas uma contratação alinhada às necessidades da startup, mas também contribui para a construção de uma equipe mais coesa e eficiente.

Qual o melhor tipo de contratação para empresas de tecnologia?

Escolher o tipo ideal de contratação para empresas de tecnologia pode ser um grande desafio, especialmente em startups e scale-ups.

Com tantas opções, a escolha deve levar em conta fatores como custo, flexibilidade e o alinhamento com os objetivos da empresa. 

PJ é mais comum, mas nem sempre o melhor

Nas startups, a contratação de pessoas jurídicas é bastante comum.

Muitos profissionais optam por atuar como microempreendedores individuais (MEIs), oferecendo maior flexibilidade para ambas as partes. 

No entanto, essa modalidade exige cuidados, como:

  • Evitar configurações que possam caracterizar vínculo empregatício
  • Definir funções claras e específicas no contrato
  • Avaliar os custos totais para garantir que seja vantajoso em relação a outras modalidades.

Enquanto o PJ é ótimo para profissionais experientes e projetos de curta duração, pode não ser ideal para formar equipes estratégicas e de longo prazo.

Quando CLT ou estágio fazem mais sentido?

Se o objetivo é atrair talentos estratégicos e promover retenção, o regime CLT pode ser mais adequado.

Apesar dos encargos trabalhistas mais altos, essa opção oferece estabilidade e incentivos que ajudam a manter profissionais comprometidos.

Para startups que desejam formar novos talentos, o estágio também é uma ótima alternativa.

Ao combinar baixo custo com possibilidade de desenvolver habilidades específicas, pode se alinhar bem à cultura da empresa. 

Contratos temporários e freelancers para demandas pontuais

Caso você precise de flexibilidade e prazos curtos, contratos temporários e freelancers são boas opções.

Essas modalidades ajudam a reduzir custos fixos e a adaptar a equipe a demandas sazonais ou projetos específicos. 

Avaliação estratégica é fundamental

Independentemente da modalidade, o segredo é analisar cuidadosamente as demandas da empresa, a legislação aplicável e os impactos financeiros de cada tipo de contrato.

Além disso, considerar o fit cultural do profissional é indispensável para startups que valorizam inovação e trabalho colaborativo. 

Com essas informações, fica mais fácil tomar uma decisão alinhada ao crescimento sustentável do negócio. 

Escolha o melhor tipo de contratação com a Comece

E agora, qual será o melhor tipo de contratação para a sua empresa de tecnologia?

Na dúvida, a Comece pode ajudar com uma assessoria completa e suporte estratégico para o seu departamento pessoal.

Nossa equipe especializada em startups oferece todo o apoio para questões trabalhistas e um atendimento 100% digital, pensado para a sua realidade. 

Assim, você resolve todas as rotinas do DP, conta com relatórios completos e ainda ganha dicas valiosas para otimizar as contratações. 

E então, já decidiu qual contratação é a melhor para o seu negócio?

Conte com a gente para encontrar a solução ideal e ficar em dia com a legislação.🚀 Terceirize rotinas de RH e Departamento Pessoal para a sua startup decolar!

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