Energytech: o que é, modelos de negócio, exemplos e como abrir uma

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O Brasil é um oceano azul de oportunidades para uma energytech, um tipo de startup que oferece soluções tecnológicas para o setor energético.

Essas são empresas que utilizam tecnologia inovadora para melhorar a geração, distribuição, armazenamento e consumo de energia.

Por sua característica, buscam soluções sustentáveis e eficientes, frequentemente focadas em fontes renováveis, eletrificação e otimização de recursos energéticos, contribuindo para a transição energética e a redução de impactos ambientais.

Se você quer aproveitar as oportunidades desse mercado ainda carente de soluções, siga a leitura e confira alguns exemplos e insights.

O que é energytech?

Energytech é uma startup que se dedica ao desenvolvimento e à aplicação de tecnologias inovadoras para o setor de energia.

São empresas focadas em encontrar soluções eficientes para diversas etapas da cadeia produtiva, como geração, armazenamento, distribuição e consumo de energia.

As energytechs podem atuar em diferentes setores e subsetores, seja em fontes de energia renovável (solar, eólica, biomassa, geotérmica) ou na otimização de uso pelas empresas.

E como destacamos logo no início, as oportunidades são muitas.

Conforme dados da plataforma Distrito, apenas 1,5% das startups atuam no mercado de energia. 

Entre todas elas, 36,3% miram as fontes renováveis, como a energia solar.

Segmentos em forte expansão, como o da mobilidade elétrica, ainda têm pouca participação em termos percentuais, de acordo com o levantamento.

O que faz uma energytech?

Uma energytech desenvolve soluções tecnológicas voltadas para a transformação e otimização do setor de energia

Essas empresas atuam para melhorar a eficiência no uso, geração e distribuição de energia, promovendo inovações que reduzem custos, minimizam impactos ambientais e garantem a sustentabilidade. 

Utilizando tecnologia avançada, uma energytech busca resolver desafios energéticos, conectando consumidores, empresas e governos a novas formas de gerenciar recursos energéticos de maneira inteligente e eficaz. 

Além disso, elas impulsionam a transição para modelos mais limpos e renováveis, facilitando a adoção de práticas mais sustentáveis no mercado energético.

Conforme o estudo Distrito Mining Report, da plataforma Distrito, o Brasil conta com energytechs nas seguintes categorias:

  • Soluções tecnológicas para bateria
  • Mercado de energia (comercialização livre)
  • Gestão energética (soluções para a gestão inteligente do consumo)
  • Energia renovável
  • Soluções de Internet das Coisas (IoT) e big data analytics para a cadeia produtiva da energia
  • Eficiência energética (soluções para otimizar o aproveitamento da energia e diminuir os custos do processo).

O estudo mostra que as fontes renováveis concentram a maior parte das startups energéticas — uma energytech solar, por exemplo. 

Com o aumento dos veículos elétricos, no entanto, não é difícil imaginar boas oportunidades para as energytechs focadas em carregamento rápido, baterias de alta capacidade e gerenciamento de frota.

Vale destacar também as oportunidades pelo modelo B2B, em que os clientes são empresas que precisam de soluções para aprimorar seu processo.

Como as energytechs impactam o mercado de energia?

Embora ainda incipientes, as energytechs estão transformando o mercado de energia ao introduzir tecnologias inovadoras que aumentam a eficiência e promovem a sustentabilidade.

Não há dúvidas de que têm potencial para contribuir com a redução dos custos operacionais de outras empresas, otimização do consumo energético e diminuição de desperdícios.

São negócios fundamentais para impulsionar a transição para fontes de energia renovável, como solar e eólica, ampliando a capacidade do mercado em gerar energia de forma limpa e sustentável.

Outro impacto importante é a descentralização do mercado

Com a ajuda das energytechs, pequenos produtores de energia renovável podem participar ativamente da geração e distribuição, reduzindo a dependência de grandes concessionárias. 

As energytechs promovem ainda o uso de IoT e big data analytics para monitorar e gerenciar o consumo de energia, oferecendo dados precisos para decisões estratégicas. 

São inovações que favorecem a sustentabilidade, alinhando-se às práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) — cada vez mais presentes no setor empresarial.

Exemplos de energytech no Brasil e no mundo

Tanto no Brasil quanto no exterior, o mercado de energytechs tem sido impulsionado basicamente pela demanda por soluções energéticas mais eficientes e sustentáveis. 

Para atender a essa demanda, diversas startups oferecem tecnologias inovadoras que transformam a forma como energia é gerada, armazenada e consumida.

A seguir, apresentamos alguns exemplos de startups do segmento que têm feito a diferença no cenário nacional e internacional.

Órigo Energia

A Órigo Energia é uma das principais energytechs brasileiras voltada para o setor de energia solar, permitindo que empresas e indivíduos gerem sua própria energia a partir de fontes renováveis.

Com um aporte de R$ 106 milhões da Blue like an Orange Sustainable Capital, a empresa está expandindo seu alcance e contribuindo para a democratização da energia sustentável no país.

Solfácil

A Solfácil atua no segmento de financiamento de projetos solares, facilitando o acesso a sistemas fotovoltaicos para consumidores residenciais e comerciais.

Com um aporte de US$ 30 milhões da QED Investors, se tornou uma facilitadora no crescimento da energia solar no Brasil.

Blue Sol

A Blue Sol é uma empresa pioneira no mercado de energia solar no Brasil, oferecendo soluções para projetos residenciais e comerciais.

A startup participou de um processo de M&A com a venda de 40% de suas ações para a EDP Ventures, exemplo do interesse de investidores institucionais no setor.

Sonnen (Alemanha)

No âmbito internacional, a Sonnen é uma energytech alemã que se destaca no armazenamento de energia solar residencial, com sistemas que permitem aos usuários independência da rede elétrica.

Trata-se de uma abordagem que tem ganhado força especialmente em mercados europeus, onde a busca por soluções energéticas sustentáveis é alta.

Bloom Energy (Califórnia, EUA)

Nos Estados Unidos, a Bloom Energy desenvolve células de combustível de óxido sólido que transformam gás natural em eletricidade de forma eficiente.

A empresa está liderando inovações no fornecimento de energia limpa e descentralizada, atendendo principalmente empresas e governos.

Enphase Energy (Califórnia, EUA)

Também nos EUA, a Enphase Energy é outra energytech norte-americana especializada em microinversores para sistemas solares fotovoltaicos.

Sua tecnologia permite mais eficiência na geração de energia solar, sendo amplamente utilizada tanto em projetos residenciais quanto comerciais.

Como abrir uma energytech de sucesso?

Abrir uma energytech de sucesso requer planejamento estratégico, conhecimento sobre o mercado e uma visão inovadora sobre o segmento.

Confira a seguir algumas dicas e um passo a passo de como formalizar seu negócio

1. Identifique uma oportunidade realmente relevante

Avalie o mercado e descubra quais são as principais demandas não atendidas.

As energytechs mais relevantes geralmente oferecem soluções inovadoras para problemas complexos, como redução de custos energéticos ou geração de energia sustentável.

2. Faça uma pesquisa de mercado

Estude o mercado em detalhes, conhecendo os concorrentes e entendendo o perfil dos potenciais clientes.

Utilize relatórios de mercado para identificar tendências e lacunas no setor.

3. Desenvolva um plano de negócios sólido

Um plano de negócios bem estruturado é essencial para guiar a empresa nos primeiros anos.

Inclua uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), projeções financeiras e uma estratégia clara de marketing.

4. Desenvolva um produto/serviço diferenciado

Inove ao criar um produto que se destaque no mercado.

Teste protótipos e valide as hipóteses com um público-alvo específico antes de lançar a versão final. 

Se possível, busque certificações e selos de qualidade para aumentar a credibilidade.

5. Formalize seu negócio

Escolha a estrutura jurídica mais adequada para sua energytech e providencie todas as documentações necessárias.

Considere registrar patentes para proteger inovações tecnológicas e atrair investidores.

6. Construa parcerias de impacto

Colabore com outras startups, universidades e entidades governamentais para desenvolver soluções em conjunto.

Parcerias estratégicas podem acelerar o crescimento da empresa e facilitar a entrada em novos mercados.

Perspectivas do mercado para as energytechs

Diante da necessidade de se promover a transição energética em escala global, não é exagero dizer que o mercado de energytech tem ótimas perspectivas de crescimento.

Segundo o EnergyTech Report 2024, a América Latina concentra 347 startups no setor, com o Brasil abrigando mais de 83% dessas empresas.

O interesse por soluções sustentáveis, especialmente em energia renovável, está em alta, refletindo a preocupação global com a redução de emissões e uso consciente dos recursos naturais.

Uma das principais tendências para o futuro das energytechs, sem dúvida, é a eletrificação de setores tradicionalmente dependentes de combustíveis fósseis.

Os veículos elétricos lideram esse ranking como uma alternativa eficiente e ecológica.

Outro movimento promissor envolve os microgrids e sistemas de armazenamento de energia. 

São tecnologias essenciais para garantir um fornecimento de energia estável e sustentável, especialmente em regiões remotas que dependem de redes centralizadas e fontes fósseis. 

O modelo pay-per-use também é um mercado relevante, ao permitir que consumidores paguem apenas pelo que consomem.

Muitas startups combinam esse modelo com uma estratégia híbrida, atendendo tanto ao público B2B quanto ao B2C, o que amplia seu alcance e aumenta a viabilidade do negócio.

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