Startup do meio ambiente: entenda os atrativos e desafios do nicho

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Abrir uma startup do meio ambiente significa empreender em um mercado que tem ganhado cada vez mais evidência com a consolidação dos princípios ESG.

Engana-se quem pensa que criar negócios focados em soluções ambientais não dá lucro, que produtos sustentáveis não conseguem competir com a indústria tradicional.

As greentechs, como são chamadas as startups do meio ambiente, chegaram para unir modelos de negócios rentáveis à preservação ambiental e quebrar esse preconceito.

Se você também quer aproveitar as oportunidades desse mercado em tendência de alta, comece lendo esse conteúdo para saber como. 

O que faz uma startup do meio ambiente?

Uma startup do meio ambiente, também chamada de greentech, desenvolve soluções ambientais nos mais diferentes segmentos, tanto para outras empresas (B2B) quanto para os consumidores finais (B2C).

Vale destacar que a proposta das startups do meio ambiente é a sustentabilidade, mas isso não significa que os produtos e serviços sejam menos rentáveis.

Para ser sustentável economicamente em longo prazo, o negócio precisa desenvolver serviços e produtos potencialmente escaláveis capazes de cuidar do planeta e ganhar dinheiro ao mesmo tempo.

Exemplos de startups do meio ambiente

As startups do meio ambiente ainda são incipientes, mas alguns exemplos bem-sucedidos no Brasil e no mundo demonstram que o mercado tem muito potencial. 

A seguir, confira cinco greentechs que estão revolucionando o setor:

1. Eco Panplas

A Eco Panplas é uma startup do meio ambiente que criou uma técnica capaz de remover os resíduos de óleos lubrificantes das embalagens plásticas sem usar água. 

Fundada em Hortolândia (São Paulo), a empresa afirma que já economizou 17 bilhões de litros de água na descontaminação ecológica de mais de 10 milhões de embalagens

2. CarbonCure Technologies

A canadense CarbonCure Technologies é uma startup do meio ambiente que desenvolveu uma tecnologia capaz de capturar e injetar dióxido de carbono em concreto. 

Fundada por Rob Niven, a empresa, sediada em Halifax, Nova Escócia (Canadá), detém mais de 120 patentes de sequestro de carbono em artigos de concreto.

3. Green Mining

No segmento de logística reversa, a Green Mining usa a tecnologia de blockchain, adotada no mercado de criptoativos, para reaproveitar resíduos da indústria. 

Com sede em Barueri (São Paulo), atende empresas como Ambev, Unilever, Natura e Braskem na recuperação de embalagens pós-consumo, devolvendo-as ao ciclo de produção.

4. SunCulture 

A SunCulture é uma startup do meio ambiente do Quênia, país da África Oriental, que usa a inovação em favor do desenvolvimento social.

Ao criar uma tecnologia solar fora da rede, oferece a famílias de lugares remotos acesso confiável a água, irrigação, iluminação e mobilidade.

5. Biosolvit

Ao descobrir que, em uma fábrica de palmito, apenas 3% das palmeiras eram aproveitadas, a startup de meio ambiente Biosolvit resolveu estudar maneiras de aproveitar o que era jogado fora.

Fundada em Barra Mansa (Rio de Janeiro), esta greentech conseguiu não apenas transformar os resíduos em fertilizantes orgânicos como também desenvolver equipamentos mais eficientes para o processo de produção do próprio palmito.

Startup do meio ambiente é um bom negócio?

Considerando a demanda crescente por soluções sustentáveis ancoradas pelas práticas ESG, criar uma startup do meio ambiente pode ser, sem dúvida, um ótimo negócio. 

Os motivos se justificam por dois aspectos fundamentais:

  1. Clientes cada vez mais exigentes quanto à responsabilidade socioambiental das empresas
  2. Peso ESG cada vez mais relevante na decisão dos investidores de startups.

Uma pesquisa recente da Ace Cortex revelou que o Brasil possui atualmente 343 startups que oferecem serviços e produtos relacionados às práticas ESG.

Do total de negócios, 180 propõem soluções ambientais.

Um estudo da plataforma Distrito mostra que, desde 2011, as startups focadas em soluções ESG captaram US$ 991 milhões.

Em âmbito global, conforme a PwC, o investimento em negócios sustentáveis e ambientalmente responsáveis deve ser de US$ 4,3 trilhões até 2030.

Quais os desafios de uma startup do meio ambiente?

Além do risco de atuar na fronteira da inovação, uma startup do meio ambiente tem outros desafios a enfrentar, como:

  1. Captação de recursos, principalmente em cenários de juros altos
  2. Desafios tecnológicos: desenvolver soluções ambientais muitas vezes envolve mais do que criar um aplicativo ou uma plataforma de marketplace
  3. Risco regulatório: dependendo do nicho, a startup do meio ambiente pode esbarrar em leis e regulamentos lacônicos, o que pode trazer insegurança jurídica
  4. Profissionalização financeira: uma startup do meio ambiente também precisa atentar-se à organização contábil e financeira, assim como ao planejamento orçamentário de curto, médio e longo prazo.

Sabemos que as rotinas diárias envolvem também questões tributárias, trabalhistas e societárias que ficam cada vez mais complexas à medida que a empresa alcança a escalabilidade.

A boa notícia é que, para ajudar você a lidar com tudo isso, existe a Comece com o Pé Direito, empresa de contabilidade online que entende como ninguém as necessidades de startups e scale-ups.

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