A bolha das startups estourou? Veja como proteger sua empresa

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A bolha das startups e suas consequências para empreendedores e investidores são um assunto recorrente entre os principais players do mercado. 

As recentes demissões combinadas com a redução expressiva no volume de investimentos a partir de 2022 evidenciou ainda mais a discussão.

Será que a bolha das startups estourou? Será que a fonte de recursos secou? O que esperar do mercado a partir de 2023?

As respostas para tantas perguntas ainda são vagas, mas ao observar os fatos até aqui, dá para ter uma ideia do que estar por vir.

Entenda melhor o assunto ao longo deste post e veja algumas dicas de como proteger sua empresa.

O que é a bolha das startups?

Bolha das startups é um termo usado para explicar uma supervalorização dos ativos, nesse caso específico, das startups, caracterizada por um valuation descolado do seu valor real.

O movimento de bolha ocorre em diversos mercados, especialmente no mercado de ações, quando os ativos entram em forte movimento de alta, distanciando-se dos fundamentos.

Tudo se resume à lei da oferta e da procura.

Se há muito interesse por um determinado ativo, que pode ser a ação de uma companhia aberta ou a participação societária de uma startup, a tendência é de valorização. 

Se há pouco interesse, a tendência é de desvalorização.

No caso das startups, um movimento de bolha pode ser caracterizado, por exemplo, pela oferta excessiva de capital diante de uma quantidade relativamente pequena de ativos-alvo.

Se há muita oferta de recursos, os empreendedores tendem a pedir mais em troca da participação societária, o que acaba inflando o valuation a níveis estratosféricos.

Com dinheiro de sobra à disposição, os empreendedores também tendem a queimar mais caixa, seja aumentando salários ou custos extras, acreditando que terão sucesso em uma nova rodada de captação quando precisarem.

A bolha vai inflando e chega uma hora que estoura — episódio marcado por um enxugamento repentino de liquidez e uma “reprecificação” forçada.

A bolha das startups estourou?

Alguns especialistas acreditam que, sim, existia uma bolha das startups, argumentando que, se não estourou pelos acontecimentos recentes, pelo menos desinflou.

Outros afirmam que essa fase, na verdade, é uma correção, um “freio de arrumação” para os ajustes de trajetória, algo natural em ciclos de mercado.

De acordo com Fernando Ângelo, CEO da Sity Inc., o primeiro semestre de 2022 mostrou que as startups precisam se adaptar às novas expectativas dos investidores.

“Os investidores estão mais atentos com os negócios que ‘param em pé’ mesmo sem a necessidade de investimentos”, afirmou ao portal Exame.

Cientes disso, muitas startups, sobretudo do late stage em diante, estão trocando o crescimento a qualquer custo pela redução drástica de custos.

Em março de 2022, Rodrigo Tognini, CEO e cofundador do Conta Simples, escreveu um artigo sobre o assunto afirmando o seguinte:

“Na minha visão, não estamos (em uma bolha). Mas também vejo que existem muitas distorções e rodadas infladas por conta dessa alta oferta de liquidez por parte dos fundos de investimento”. 

Como evitar que a crise das startups chegue na sua empresa?

Se existe ou existia uma bolha das startups, se ela estourou ou apenas desinflou, o fato é que o cenário mudou e os números provam isso. 

Mundo afora já se fala em ex-unicórnios.

No Brasil, os cheques estão mais magros e não há evidências de que a situação volte aos patamares de 2021 pelo menos no curto prazo.

Diante disso, como proteger sua empresa?

A seguir, confira algumas dicas que podem ajudar.

Reduza custos e despesas

Em um cenário mais austero, a primeira dica é focar na redução de custos e despesas em todos os setores da startup.

A terceirização e a automação são alternativas eficientes que você pode considerar, além de cortes de despesas não essenciais.

Ao reduzir o burn rate, a startup garante recursos por mais tempo sem a necessidade de recorrer a um round em condições desfavoráveis.

Considere antecipar o break-even

Você pode considerar também antecipar o break-even mesmo que isso signifique retardar o crescimento no curto prazo. 

Alcançar o status de unicórnio pode não ser prioridade diante da escassez de recursos, quando o mais importante é manter-se vivo.

Em entrevista à Veja, Edson Machado, sócio-diretor da EMF Consulting e professor do IBMEC, diz que os investidores agora procuram um novo bicho: o camelo.

“O camelo anda grandes distâncias com pouca água e sobrevive 100 anos”, diz, referindo-se a características como resiliência e longevidade.

Se preciso, ajuste sua trajetória

Se a bolha das startups ameaça o seu negócio, não hesite em pivotar e mudar de rumo, principalmente se o seu negócio está nas fases pré-seed e seed.

Vale destacar que a crise pela qual passa o mercado parece atingir mais as startups pré-IPO.

Para as iniciantes, o primeiro semestre de 2022 foi o melhor da história.

De toda forma, a capacidade de mudança é um grande diferencial para o empreendedor em momentos de crise, ainda mais em um ambiente de alto risco.

Profissionalize sua gestão contábil e financeira

Em ciclos de aperto financeiro, a profissionalização da gestão contábil e financeira se torna ainda mais importante para a sobrevivência das startups. 

Nesse contexto, adote ferramentas eficientes de gestão, implemente métricas e indicadores de desempenho e conte com o apoio de parceiros de impacto.

Além de favorecer o processo de due diligence em um eventual contrato de investimento, a contabilidade organizada dá ao empreendedor embasamento para tomar decisão com muito mais assertividade.

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