Rodadas de investimento em startup: como funciona para atrair investidores?

rodadas de investimento startup8
Blog > Financeiro > Rodadas de investimento em startup: como funciona para atrair investidores?

As rodadas de investimento em startup constituem uma das principais fontes de financiamento para o empreendedorismo inovador.

  • De um lado, estão empreendedores que precisam de recursos para alavancar seus projetos e ganhar escala
  • Do outro, investidores e gestores de capital de risco em busca de oportunidades em negócios que podem se transformar nos próximos unicórnios.

Quando os dois se encontram em uma rodada de investimento em startup, o resultado pode ser uma parceria de sucesso de longo prazo.

Para ver como funciona, avance na leitura até o fim!

O que são rodadas de investimento em startup?

Rodadas de investimento em startup são eventos que consolidam o aporte de capital de investidores-anjo ou fundos de investimento em empresas embrionárias, mas com alto potencial de crescimento.

Com os recursos captados, a startup investe no desenvolvimento do seu produto ou serviço e mantém sua estrutura de funcionamento.

Por se tratar de modelos de negócio que queimam muito caixa antes do break-even, as startups costumam participar de mais de uma rodada de investimento, à medida que os milestones vão sendo alcançados.

Mesmo após o ponto de equilíbrio, é comum elas participarem de captações para acelerar o processo de crescimento e escalabilidade.

Imagine um negócio com grande potencial de causar uma disrupção em determinado mercado. 

Inicialmente, a ideia pode se transformar em um negócio altamente lucrativo, mas é apenas uma ideia. 

Para provar seu valor, o empreendedor precisa testá-la, comercializá-la em pequena escala e, dando tudo certo, buscar mais recursos para ganhar mercado.

É com base nessa dinâmica que os investidores aportam em negócios inovadores: o dinheiro não vem de uma vez, mas em “parcelas”, como parte do processo de mitigação de riscos. 

A startup só se habilita a buscar mais recursos se obter sucesso em cada uma dessas etapas, chamadas de milestones.

Se conseguir mudar de fase, pode, inclusive, receber aportes subsequentes dos mesmos investidores que acreditaram na ideia nas rodadas anteriores. 

Por que participar de uma rodada de investimento?

As rodadas de investimento em startups estão entre as principais estratégias de captação de recursos para negócios inovadores de base tecnológica.

Há outros formatos, como o financiamento bancário, mas em geral o endividamento não costuma ser uma boa estratégia para negócios de alto risco.

Afinal, a startup pode não gerar receita o suficiente para honrar com os compromissos financeiros e a situação se complicar.

Ao recorrer às rodadas de investimento, o empreendedor não está em busca de empréstimo, mas de alguém disposto a “comprar a ideia” e se tornar sócio.

Ao assinar o cheque, o investidor está dizendo que topa o risco, interessado em ver o negócio decolar dentro do menor intervalo de tempo possível.

Se, de fato, a empresa crescer e alcançar o chamado evento de liquidez, que pode ser um IPO ou um M&A (processo de fusão ou aquisição), ele vende sua participação com lucro (exit) e parte em busca de novas oportunidades.

Como funciona uma rodada de investimento

Em termos práticos, uma rodada de investimento em startup segue um roteiro que se inicia com a necessidade de levantar recursos para operacionalizar o negócio. 

As principais etapas desse processo são:

  1. Os founders avaliam a situação da startup, identificam as necessidades de capitalização e define metas para o uso dos recursos
  2. Por meio de networking, eventos do setor, plataformas de investimento e conexões pessoais, buscam investidores interessados em aportar no negócio
  3. Após identificar investidores potenciais, a startup prepara um pitch sobre seu modelo de negócio, mercado-alvo, diferenciais competitivos, equipe e plano de crescimento
  4. Se houver interesse mútuo, o investidor apresenta um term sheet (documento não vinculativo) detalhando os termos do investimento proposto
  5. Se ambas as partes chegarem a um acordo sobre os termos preliminares, o investidor faz uma due diligence completa na empresa para avaliar os riscos e confirmar as informações prestadas pelo empreendedor
  6. Com base nos resultados da due diligence e na negociação dos termos, são preparados contratos legais detalhando os direitos e obrigações tanto da startup quanto do investidor
  7. Após a assinatura dos contratos e cumprimento de todas as condições precedentes, o investidor realiza o aporte financeiro acordado.

Dependendo da jurisdição e do tipo de investidor (individual, venture capital, corporate venture, etc.), determinados requisitos regulatórios podem ser exigidos, como aprovações de autoridades reguladoras.

É fundamental que cada etapa seja cuidadosamente preparada, especialmente do ponto de vista da governança, a fim de evitar problemas societários depois. 

Vale ressaltar que o investidor, em algum momento, se torna sócio da startup.

Sendo assim, o empreendedor precisa atentar-se à diluição societária e seus impactos na gestão e no crescimento do negócio.

🚀 Descubra o gerenciamento eficiente e estratégico de rotinas financeiras na startup!

Tipos de rodadas de investimento

As rodadas de investimento em startups são divididas em séries que acompanham o estágio de evolução de cada empresa. 

Veja quais são:

1. Investimento-anjo/pré-seed

As rodadas de investimento em startups pré-seed e seed geralmente são ancoradas pelos FFF (Family, Friends and Fools). 

São parentes, amigos, colegas de faculdade e os próprios fundadores os primeiros a acreditarem na ideia.

Como a startup ainda se encontra na fase de ideação, pode contar também com recursos de investidores-anjo, aceleradoras e incubadoras

O valor do investimento pode variar bastante, mas normalmente fica entre US$ 25.000 e US$ 250.000, dependendo do setor, da localização e do potencial da startup.

Nessa fase, os cheques geralmente são mais modestos em relação às rodadas subsequentes em função do maior risco envolvido.

Os recursos captados geralmente são usados para a formalização do negócio, criação do MVP e validação das hipóteses.

2. Investimento seed

O investimento seed, ou “semente”, marca o início do desenvolvimento do produto após a validação do modelo de negócios no mercado. 

Além de investidores-anjo, podem participar desta rodada também os fundos de venture capital focados em estágios iniciais.

O capital levantado no estágio seed é utilizado para ajustar o modelo de negócios e realizar as primeiras vendas. 

Os valores investidos geralmente ficam entre US$ 100.000 e US$ 1 milhão, dependendo do setor, da localização e das necessidades da startup.

A rodada de investimento seed é fundamental para estabelecer as bases da startup e preparar o caminho para rodadas posteriores, como veremos a seguir.

3. Série A

A rodada de investimento Série A é dedicada a negócios em fase de operação, na qual o product-market fit (encaixe entre o produto/serviço e mercado) está sendo aprimorado. 

Em geral, os investidores institucionais entram a partir dessa fase, quando a startup já virou um negócio com razoáveis níveis de receita e alguma estrutura interna definida. 

Não há uma regra, mas na média, os aportes variam de US$ 2 milhões a US$ 5 milhões.

O capital levantado na Série A é utilizado para expandir a equipe, aumentar a capacidade de produção, melhorar o produto ou serviço e implementar estratégias de marketing e vendas.

O sucesso nesta etapa ajuda a preparar a empresa para desafios mais complexos à medida que se expande no mercado.

4. Série B

Na rodada de investimento série B, a startup já se encontra em fase de tração e escala.

Os recursos captados, que podem variar de US$ 7 milhões a US$ 15 milhões, são usados em estratégias de captação de mais clientes e na escalabilidade do negócio.

Um dos principais desafios dessa fase é aprimorar os canais de aquisição, o chamado channel-product fit.

Nesta etapa, a startup também precisa se preocupar com a construção de uma infraestrutura interna para suportar o rápido crescimento e garantir que a cultura organizacional evolua de forma positiva.

A partir da série B, é comum ver os fundos venture capital repetirem aportes na mesma startup.

5. Série C em diante

A partir da série C, a startup já se consolidou no mercado, alcançou o crescimento exponencial e pode estar próxima do almejado evento de liquidez.

Na medida em que alcança a maturidade, as taxas de crescimento naturalmente diminuem, assim como os riscos.

Nesta fase, é comum a entrada de fundos private equity ou outros tipos de investidores corporativos. 

Para os fundos venture capital, é sinal de que está chegando o momento de sair e procurar novos projetos embrionários com potencial de crescimento mais atrativos.

O capital levantado a partir da Série C pode ser usado para expansão internacional, diversificação das linhas de produtos ou aquisições estratégicas.

O objetivo é maximizar o valor da empresa e prepará-la para um IPO ou M&A.

Como preparar sua startup para uma rodada de investimento

Se você está interessado em participar de rodadas de investimento em startups para alavancar o seu projeto, confira a seguir algumas dicas sobre como se preparar.

Capriche no pitch

O pitch deck geralmente marca o primeiro contato entre o investidor e a startup, momento que pode inaugurar uma relação de parceria de longo prazo.

A dica é fazer uma apresentação curta, objetiva e visualmente agradável, por meio da qual seja possível explicar o modelo de negócio de forma simples e rápida.

Seja franco quanto aos riscos, mas não deixe de ressaltar o potencial retorno do investimento, considerando o produto e o tamanho do mercado.

Adote a política da due diligence

Mesmo que sua startup esteja nas fases embrionárias, é importante você adotar a política de due diligence, com atenção especial à conformidade dos processos.

Ao criar uma cultura de organização e boas práticas, sua startup atenderá com mais facilidade às expectativas do investidor em um eventual contrato de investimento.

Seja transparente

Você precisará também se acostumar com a ideia de compartilhar informações estratégicas de seu negócio com os investidores de maneira clara, transparente e honesta. 

Ao decidir investir no seu projeto, o investidor está pensando em uma parceria que pode durar anos, logo, a transparência ajudará a solidificar uma relação de confiança.

Atente-se à organização contábil e financeira

Você também precisará manter em ordem a contabilidade e as finanças do seu negócio, sobretudo ao admitir sócios investidores.

Afinal, por melhor que seja o modelo de receita e de negócio, nenhuma empresa cresce de maneira sustentável sem organização contábil e financeira.

A Comece ajuda sua startup a captar investimentos

Captar recursos em uma rodada de investimentos, como vimos, é uma jornada que exige persistência e muito preparo.

Mas você não precisa encarar esse desafio sozinho.

A Comece, principal hub de soluções do Brasil para empresas de inovação, pode ajudar.

Além de contabilidade consultiva com inteligência de dados, oferecemos consultoria em due diligence para você superar com tranquilidade o “pente fino” dos investidores. 

Você ainda tem acesso a projetos de BI sob medida, com análise de dados e indicadores para você montar e caprichar no pitch de apresentação. 

Quer saber mais?

Então, agende um bate-papo com um de nossos especialistas e saiba como podemos ajudar o seu negócio a decolar.🚀

Experimente a contabilidade consultiva digital especializada em startups que buscam impulsionar o crescimento do negócio!

Deixe uma resposta