Os termos ESG e meio ambiente têm ganhado notoriedade no universo empresarial nos últimos anos.
Trata-se de uma questão de mudança comportamental que impacta na sobrevivência dos negócios: os clientes estão cada vez mais exigentes e os investidores também.
A agenda ESG, portanto, deve fazer parte do DNA da startup e de sua cultura organizacional — não pode resumir-se ao discurso retórico.
O meio ambiente, na verdade, é apenas um dos três pilares do ESG, que inclui também a responsabilidade social e corporativa.
Siga a leitura e saiba mais.
ESG e meio ambiente: uma tendência crescente
Os temas ESG e meio ambiente nunca estiveram tão em alta como nos últimos anos.
ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance — em português, Ambiental, Social e Governança.
Conforme uma pesquisa do Pacto Global da ONU em parceria com a consultoria Stilingue, a menção ao termo “ESG” cresceu 2.600% nos últimos quatro anos.
Em 2019, a sigla foi citada 4 mil vezes no ambiente virtual.
Em 2023, subiu para 109 mil apenas no primeiro semestre.
A pesquisa revela ainda que as grandes empresas, aquelas com faturamento acima de R$ 5 bilhões, dão mais relevância ao tema.
Nessa faixa de receita, 91,9% das organizações inserem ESG e meio ambiente nas estratégias de negócios.
No âmbito das startups, os dados também mostram tendência de crescimento.
Um estudo da plataforma Distrito (ESG Inside Report) mostra que já existem 740 startups focadas em ESG no Brasil, sendo o meio ambiente um dos pilares mais representativos.
Os principais dados do relatório são:
Das 740 startups brasileiras focadas em ESG, 267 atuam no braço social, 257 no ambiental e 216 em governança corporativa
Quanto aos investimentos em ESG, o pilar social recebeu US$ 699,8 milhões (70,60%), a governança, US$ 209,6 milhões (21,15%), e o ambiental, US$ 81,8 milhões (8,25%).
Além disso, 90% dos recursos foram destinados a essas cleantechs entre 2019 e 2021.
Quanto aos recursos destinados aos negócios inovadores, uma pesquisa global da EY mostra que a agenda sustentável direciona a decisão de 99% dos investidores no Brasil.
Há inclusive fundos com teses bastante específicas, como o Greentech Angels, grupo de investidores-anjos criado exclusivamente para startups ESG meio ambiente.
Como tornar a sua startup mais ESG?
O tema ESG e meio ambiente, como vimos, nunca esteve tão em evidência, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Cerca de 60% das empresas que compõem o banco de dados da Refinitiv, por exemplo, têm políticas para reduzir as emissões.
No entanto, apenas um terço desse total tem metas específicas para isso, o que expõe um importante desafio: quantificar as ações de sustentabilidade.
Para tornar sua startup mais ESG, algumas dicas são:
- Otimize suas operações e veja se é possível reduzir o uso de recursos naturais
- Identifique maneiras de minimizar a emissão de carbono por meio de práticas sustentáveis e de eficiência energética
- Adote uma gestão eficiente de resíduos, como reciclagem e reutilização de materiais
- Promova a conscientização de seus colaboradores sobre ESG e meio ambiente através de programas e compartilhamento de boas práticas.
Vale ressaltar que tornar-se mais ESG exige um processo contínuo que precisa ser aprimorado, revisado e ajustado para surtir os efeitos desejados.
Incentivos fiscais para empresas ESG
A legislação tributária ainda é esparsa quando o assunto é incentivos fiscais para empresas ESG e meio ambiente.
Com um bom planejamento tributário, no entanto, é possível aproveitá-los.
Um artigo de autoria dos advogados Douglas Mota e Fernanda Stefanelo mostra que “o Brasil tem espaço para ser um agente de destaque no mercado de carbono global”.
O país ainda carece de um embasamento consolidado, algo que poderia ser endereçado com uma reforma tributária.
Mesmo assim, os autores citam iniciativas que valem ser destacadas, como:
- Incentivos fiscais para energias renováveis aplicáveis ao IRPJ, CSLL, ICMS, PIS e Cofins
- Isenção de ICMS em comercializações de itens como turbinas eólicas, aquecedores solares, geradores fotovoltaicos e afins
- Promoção de agendas a favor de uma regulamentação do ESG no âmbito do mercado financeiro e de capitais.
Nas esferas estadual e municipal, é possível encontrar iniciativas de isenção, redução ou desoneração fiscal para empresas ESG e meio ambiente.
Vale pesquisar.
Contabilidade consultiva para a sua startup
Mesmo que o ESG meio ambiente não faça parte do seu core business, ao longo deste artigo você viu que é fundamental adotar boas práticas de sustentabilidade.
Afinal, os investidores e os clientes valorizam isso.
Para tomar decisões embasadas, no entanto, você precisa da contabilidade consultiva para a construção, por exemplo, de um planejamento tributário eficiente.
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Você vai se surpreender!