Lawtech: entenda o que é, como funciona e veja exemplos

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Não é exagero dizer que as lawtechs têm sido fundamentais para o processo de transformação pelo qual passa o judiciário.

Não estamos falando apenas da digitalização de processos dentro dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos, mas também na interface Justiça-cidadão.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de lawtech, seu modelo de negócio, além de alguns exemplos para você se inspirar.

Acompanhe até o fim.

O que é lawtech?

Lawtech é uma startup jurídica cujo termo deriva da junção de duas palavras em inglês: “law” (lei) e “technology” (tecnologia).

Trata-se de uma designação usada para qualificar startups que buscam soluções tecnológicas com o propósito de melhorar e otimizar os serviços jurídicos. 

Uma lawtech está para o Direito assim como uma fintech está para o mercado financeiro, por exemplo. 

Seu principal objetivo é fornecer soluções práticas e eficientes para os diferentes desafios enfrentados pelos profissionais, empresas e pessoas frente ao judiciário.

Qual a diferença entre lawtech e legaltech?

Tecnicamente, as startups jurídicas são divididas em lawtechs e legaltechs, com as seguintes especificações conceituais:

  1. Lawtech: startup jurídica que presta serviços para o público em geral
  2. Legaltech: startup jurídica que presta serviços para os profissionais do Direito.

Conforme a Associação Brasileira de Lawtech e Legaltech (AB2L), essa diferenciação é apenas conceitual.

Na prática, ambos os tipos de startups podem prestar serviços tanto para os profissionais quanto para o usuário final.

O que faz uma lawtech?

A função de uma lawtech é desenvolver soluções tecnológicas com o objetivo de simplificar, agilizar e democratizar os serviços jurídicos. 

Conforme a AB2L, essas empresas inovadoras são classificadas em:

  • Analytics e jurimetria: plataformas de análise e compilação de dados
  • Automação e gestão de documentos
  • Compliance: startups que oferecem apoio no cumprimento das normas legais e  éticas
  • Conteúdo jurídico, educação e consultoria: plataformas de informação, legislação e notícias
  • Extração e monitoramento de dados públicos: andamento de processos, legislação e documentos cartorários
  • Gestão de escritórios e departamentos jurídicos
  • Soluções em Inteligência Artificial
  • Redes de profissionais: plataformas que permitem pessoas e empresas encontrarem advogados em todo o Brasil
  • Regtech: soluções para problemas gerados por exigências de regulamentação
  • Resolução de conflitos online: resoluções alternativas ao processo judicial, como mediação, arbitragem e acordos
  • Taxtech: plataformas que oferecem soluções tecnológicas para desafios tributários
  • Civic Tech: aprimoramento do relacionamento entre pessoas e instituições
  • Real Estate Tech: aplicação da tecnologia da informação através de plataformas voltadas ao mercado imobiliário e cartorário.

Conforme relatório de 2022 do CNJ, o Brasil tem cerca de 71 milhões de processos judiciais em tramitação, muitos deles ainda impressos em papel.

Nesse contexto, as lawtechs têm como missão oferecer soluções capazes de desburocratizar rotinas e dar mais fluidez ao trabalho.

Exemplos de lawtech

As lawtechs, como vimos, atuam em diferentes nichos dentro do setor jurídico, seja nos escritórios de advocacia, nas empresas de contabilidade ou nos tribunais. 

A seguir, confira algumas startups que estão fazendo a diferença:

  1. DocuSign: plataforma que permite assinar documentos e contratos digitalmente
  2. LegalZoom: oferece serviços de consultoria jurídica online e auxilia na elaboração de documentos
  3. Jurimetria: plataforma de análise de dados jurídicos que auxilia advogados na tomada de decisões estratégicas em processos diversos
  4. Advogado Online: permite consultar advogados e mover processos judiciais de forma totalmente digital
  5. SigaLei: radar inteligente que monitora proposições parlamentares, normas regulatórias e atualizações legislativas
  6. M4LAW: startup de gestão e digitalização de documentos.

Conforme artigo da associação que representa as startups jurídicas, as lawtechs ainda são minoria no ecossistema de inovação brasileiro.

Dados da StartupBase mostram que apenas 1,03% das startups nacionais atuam no segmento, o que leva a crer que há muitas oportunidades inexploradas.

Como funciona uma lawtech?

O modelo de negócio de uma lawtech segue o roteiro de startups de outros setores e segmentos: é escalável e oferece soluções tanto B2B quanto B2C.

Geralmente operam com base em conceitos como inteligência artificial, aprendizado de máquina e big data — tecnologias que proporcionam soluções precisas, rápidas e acessíveis.

As plataformas podem funcionar tanto para empresas quanto para consumidores finais, oferecendo serviços diretamente ao cliente ou apresentados como uma ferramenta de suporte.

Outra característica das lawtechs é o desenvolvimento de soluções personalizadas, escaláveis ​​e com preços competitivos em relação aos serviços jurídicos tradicionais.

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O futuro do setor jurídico certamente será moldado pela contínua evolução das lawtechs e da tecnologia aplicada ao campo do Direito.

Pesquisas feitas por entidades que monitoram o setor mostram que a transformação está apenas começando. 

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