O contrato de vesting é algo cada vez mais comum no universo empresarial, especialmente entre startups que precisam atrair e reter talentos.
Trata-se de uma estratégia utilizada para alinhar interesses de fundadores, sócios-investidores e colaboradores, de olho em metas e objetivos estratégicos.
Nos tópicos a seguir, descubra o que é, como funciona e quais as vantagens e desvantagens do vesting, além de um passo a passo de como fazer.
O que é vesting?
Vesting é um tipo de contrato usado especialmente por startups com o propósito de conceder a alguém (colaborador, parceiro ou sócio-investidor) o direito de adquirir participação societária no negócio.
É como uma aquisição gradual, ou seja, as cotas ou ações são transferidas gradativamente mediante o cumprimento de determinadas condições.
O vesting é muito comum em estratégias de partnership, em que os fundadores abrem a possibilidade de os melhores colaboradores serem elevados à condição de sócio.

Como funciona o vesting?
O funcionamento de um contrato de vesting envolve basicamente três elementos: período de carência (cliff period), período de aquisição e quantidade de ações/cotas.
Vamos às explicações detalhadas:
1. Cliff period
O cliff period é uma espécie de “prazo de experiência” durante o qual o beneficiário não adquire nenhum direito às ações ou cotas.
Geralmente varia de seis meses a um ano e tem como propósito evitar que colaboradores ou parceiros adquiram participação na empresa e depois abandonem o negócio.
2. Período de aquisição gradual
Após o cliff period, o beneficiário começa a adquirir seus direitos sobre a participação societária gradualmente, conforme determinado no contrato de vesting.
Se a aquisição for estabelecida em quatro anos com um período de carência de um ano, ele poderá adquirir, a cada mês após a carência, 1/36 das ações/cotas (ou 2,78%).
Ao final do quarto ano, terá a totalidade da participação combinada no equity da startup.
3. Quantidade de ações ou cotas
O contrato de vesting precisa determinar também a quantidade de ações/cotas serão objeto da aquisição gradual.
Pode ser 1%, 2%, 10% ou mais do capital social, dependendo dos termos da negociação entre os fundadores e o colaborador/parceiro/sócio-investidor.
Vantagens e desvantagens do vesting
O contrato de vesting tem diversas vantagens para a startup e o beneficiário, mas também tem pontos de atenção.
Primeiro, as vantagens.
- Retenção de talentos, ao dar aos colaboradores a oportunidade de se tornarem sócios de uma empresa rentável e lucrativa no futuro
- Proteção contra saídas prematuras, ao usar como estratégia o período de carência
- Sentimento de dono: beneficiários do vesting são motivados a dar o máximo de si pelo crescimento exponencial.
Quanto às desvantagens, as principais são:
- Complexidade jurídica: a elaboração de um contrato de vesting demanda atenção aos detalhes, especialmente se houver vários beneficiários
- Riscos de litígios
- Diluição societária, mesmo que a aquisição seja onerosa (no caso de investidores, por exemplo).
Como fazer um contrato de vesting?
Elaborar um contrato de vesting requer consultoria jurídico-contábil especializada, de forma a garantir que todos os aspectos sejam tratados da melhor maneira.
As etapas, em geral, se dividem em:
- Definição dos beneficiários
- Determinação das condições — carência, período de aquisição e quantidade de ações/cotas
- Elaboração do contrato de vesting
- Assinatura e atualização do contrato/estatuto social da startup.
Quanto às questões contábeis e financeiras, não se preocupe.
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