Vesting: entenda o que é e como funciona esse tipo de contrato

vesting0
Blog > Gestão > Vesting: entenda o que é e como funciona esse tipo de contrato

O contrato de vesting é algo cada vez mais comum no universo empresarial, especialmente entre startups que precisam atrair e reter talentos.

Trata-se de uma estratégia utilizada para alinhar interesses de fundadores, sócios-investidores e colaboradores, de olho em metas e objetivos estratégicos.

Nos tópicos a seguir, descubra o que é, como funciona e quais as vantagens e desvantagens do vesting, além de um passo a passo de como fazer.

O que é vesting?

Vesting é um tipo de contrato usado especialmente por startups com o propósito de conceder a alguém (colaborador, parceiro ou sócio-investidor) o direito de adquirir participação societária no negócio.

É como uma aquisição gradual, ou seja, as cotas ou ações são transferidas gradativamente mediante o cumprimento de determinadas condições.

O vesting é muito comum em estratégias de partnership, em que os fundadores abrem a possibilidade de os melhores colaboradores serem elevados à condição de sócio. 

Como funciona o vesting?

O funcionamento de um contrato de vesting envolve basicamente três elementos: período de carência (cliff period), período de aquisição e quantidade de ações/cotas.

Vamos às explicações detalhadas:

1. Cliff period

O cliff period é uma espécie de “prazo de experiência” durante o qual o beneficiário não adquire nenhum direito às ações ou cotas.

Geralmente varia de seis meses a um ano e tem como propósito evitar que colaboradores ou parceiros adquiram participação na empresa e depois abandonem o negócio.

2. Período de aquisição gradual

Após o cliff period, o beneficiário começa a adquirir seus direitos sobre a participação societária gradualmente, conforme determinado no contrato de vesting. 

Se a aquisição for estabelecida em quatro anos com um período de carência de um ano, ele poderá adquirir, a cada mês após a carência, 1/36 das ações/cotas (ou 2,78%).

Ao final do quarto ano, terá a totalidade da participação combinada no equity da startup.

3. Quantidade de ações ou cotas

O contrato de vesting precisa determinar também a quantidade de ações/cotas serão objeto da aquisição gradual. 

Pode ser 1%, 2%, 10% ou mais do capital social, dependendo dos termos da negociação entre os fundadores e o colaborador/parceiro/sócio-investidor

Vantagens e desvantagens do vesting

O contrato de vesting tem diversas vantagens para a startup e o beneficiário, mas também tem pontos de atenção

Primeiro, as vantagens.

  • Retenção de talentos, ao dar aos colaboradores a oportunidade de se tornarem sócios de uma empresa rentável e lucrativa no futuro
  • Proteção contra saídas prematuras, ao usar como estratégia o período de carência
  • Sentimento de dono: beneficiários do vesting são motivados a dar o máximo de si pelo crescimento exponencial.

Quanto às desvantagens, as principais são:

  • Complexidade jurídica: a elaboração de um contrato de vesting demanda atenção aos detalhes, especialmente se houver vários beneficiários
  • Riscos de litígios
  • Diluição societária, mesmo que a aquisição seja onerosa (no caso de investidores, por exemplo).

Como fazer um contrato de vesting?

Elaborar um contrato de vesting requer consultoria jurídico-contábil especializada, de forma a garantir que todos os aspectos sejam tratados da melhor maneira.

As etapas, em geral, se dividem em:

  1. Definição dos beneficiários
  2. Determinação das condições — carência, período de aquisição e quantidade de ações/cotas
  3. Elaboração do contrato de vesting
  4. Assinatura e atualização do contrato/estatuto social da startup.

Quanto às questões contábeis e financeiras, não se preocupe.

A Comece com o Pé Direito tem pacotes completos de soluções para sua startup decolar, da abertura do CNPJ à due diligence para investidores. 

Com a nossa parceria, seu negócio tem o suporte necessário para crescer e escalar!

Deixe uma resposta