Tipos de investimentos para startups: conheça os principais

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Interessado em conhecer os principais tipos de investimentos para startups?

Nas próximas linhas, vamos mostrar que existem vários, desde o fundo de participações até o equity crowdfunding.

Você verá também como as recentes regulamentações deram mais dinamismo ao mercado de investimento em empresas de tecnologia, sobretudo por meio das plataformas digitais.

Se é informação sobre investimentos para startups que você procura, veio ao lugar certo!

Quais os principais tipos de investimentos para startups?

Os principais tipos de investimentos para startups são da categoria “equity”, em que o investidor aporta dinheiro no negócio em troca de participação societária.

Essa associação não costuma acontecer logo de início, como no caso de uma sociedade de pessoas (quando dois ou mais sócios abrem uma empresa e integralizam o capital social). 

Os investidores de startups, em geral, recebem uma “nota ou um contrato mútuo conversível” em participação societária que pode, em um momento oportuno no futuro, se transformar em ações/cotas da empresa.

Podemos dizer, então, que os principais tipos de investimentos para startups envolvem a sociedade de capital: o dinheiro do investidor é o que de fato importa, embora seus conselhos sejam úteis, como no caso do investidor-anjo.

Vamos então aos principais tipos de investimentos para startups:

Capital semente (seed)

O capital semente (seed money) é um tipo de investimento para startups que se concentra nas fases iniciais de desenvolvimento do negócio.

São empresas em estágios pré-seed e seed, etapas nas quais ocorrem a validação da ideia, a identificação do público-alvo e do mercado ideal.

Dentre as principais fontes de capital semente, podemos destacar os fundos venture capital, os investidores-anjo e os FFFs (Family, Friends and Fools).

Os recursos captados, que podem chegar a R$ 500 mil, são usados na fase de pesquisa, ajuste do produto/serviço e no MVP.

Vantagens para o empreendedor:

  • Recursos para tirar o projeto do papel
  • Apoio, em alguns casos, do smart money (dinheiro inteligente) para atravessar as fases mais complicadas
  • Possibilidade de crescimento rápido e posicionamento no mercado.

Vantagens para o investidor:

  • Participar de projetos promissores e de alto potencial de retorno sobre o investimento (algumas startups multiplicam o capital dos investidores por 10, 20 vezes ou mais)
  • Diversificação do portfólio com exposição a um mercado em expansão
  • Oportunidade de contribuir com a criação de novos produtos e serviços que resolvem problemas reais da sociedade.

Leia também: “Capital semente: vantagens e riscos desse investimento em startups”.

Investidor-anjo

O investidor-anjo, pessoa física ou jurídica, geralmente é um dos primeiros a acreditar em uma boa ideia de negócio

Tem esse nome porque, além de aportar dinheiro, também investe tempo e conhecimento no projeto, ajudando os gestores na tomada de boas decisões. 

O investidor-anjo pode investir como pessoa física ou jurídica, caso seja cotista (ou gestor) de um fundo de investimento em participações, por exemplo.   

A Lei Complementar 182/21, que institui o Marco Legal das Startups, traz definições importantes sobre o investimento-anjo e mais segurança jurídica para o mercado.

Em seu Art. 2, a lei diz que o investidor-anjo “não é considerado sócio, não tem direito a gerência ou a voto na administração da empresa e não responde por qualquer obrigação, sendo remunerado por seus aportes”.

Leia também: “Investidor-anjo: o que é e como conseguir o aporte para sua startup” 

Fundos venture capital

Os fundos venture capital são Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e tem como foco essencialmente startups a partir do early stage.

Venture capital significa capital de risco, uma referência ao ambiente de extrema incerteza no qual os negócios do ecossistema inovador estão inseridos.

Quanto mais iniciante é uma startup, maior a percepção de risco do investidor, considerando que as maiores taxas de mortalidades se concentram nas fases iniciais. 

As rodadas de investimento são fatiadas em séries com o objetivo de testar a resiliência e a capacidade dos empreendedores de usar eficientemente os recursos.

À medida em que os milestones vão sendo alcançados, os fundos venture capital podem fazer novos aportes visando acelerar o crescimento do negócio. 

Trata-se de um tipo de investimento para startup que pode ocorrer de diferentes maneiras, inclusive por meio de plataforma de crowdfunding, da qual falaremos mais adiante. 

Leia também: “O que é venture capital e como atrair investidores para sua startup” 

Fundos private equity

Os fundos private equity, assim como os venture capital, são Fundos de Investimento em Participações (FIPs). 

A diferença consiste basicamente na política de investimento. 

Enquanto os fundos venture capital concentram-se em startups iniciantes, os private equity (capital privado) preferem negócios que já ganharam tração (late stage em diante).

Em geral, participam de rodadas que precedem um eventual IPO (abertura de capital na bolsa) ou M&A (fusões e aquisições).

Eventos como esses são chamados de “exit”, quando os investidores vendem suas participações societárias, embolsam os lucros e partem em busca de novas oportunidades de negócios exponenciais.

Para o empreendedor, uma das principais vantagens dos fundos venture capital ou private equity é o tamanho do cheque. 

Como investidores institucionais, eles podem suprir a necessidade de capital de uma startup sozinhos, dependendo da série da rodada (A, B, C…), dispensando a necessidade de fontes complementares.

Crowdfunding

Crowdfunding, ou financiamento colaborativo, é uma estratégia de captação de recursos usada para diferentes objetivos, com ou sem fins lucrativos.

Com a transformação digital e o surgimento das plataformas de financiamento coletivo, o crowdfunding ampliou horizontes, inclusive para os projetos empresariais.

Existem diferentes modalidades de crowdfunding, mas como tipos de investimentos para startups, podemos citar dois:

  1. Debt crowdfunding: operação de empréstimo coletivo por meio da qual investidores aportam dinheiro em uma startup na expectativa de receber o capital de volta acrescido de juros no futuro
  2. Equity crowdfunding: financiamento coletivo por meio do qual investidores aportam recursos na startup em troca de participação societária.

Ambas as modalidades são respaldadas pelos órgãos reguladores do mercado financeiro e de capitais.

No caso do debt crowdfunding (operações de empréstimos), as regras constam na Resolução CMN 4.656, de abril de 2018.

No caso do equity crowdfunding, do qual falaremos mais no tópico seguinte, as normas são da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), sendo as resoluções CVM 88 e CVM 158, de 2022, as principais.

Há também outras modalidades de crowdfunding, que, apesar de não ter uma relação direta com os tipos de investimentos para startups, valem mencionar. 

São elas:

  • Campanha sem recompensa: quando os participantes apoiam algum projeto financeiramente na forma de subvenção, ou seja, sem receber nada em troca
  • Campanha com recompensa: quando os participantes oferecem apoio financeiro e recebem algo em troca, como brindes e amostras grátis.

São opções usadas geralmente por organizações sem fins lucrativos em projetos ambientais, educacionais, sociais, etc.

Leia também: “Crowdfunding: como fazer um projeto de sucesso para conseguir investimento

Equity crowdfunding

O equity crowdfunding é bem mais específico. 

Trata-se de um dos tipos de investimentos para startups com maior potencial de crescimento, levando em conta a abrangência das plataformas digitais.

Aqui o objetivo é reunir interessados em investir em um projeto empresarial em troca de participação no negócio (equity).

Com as recentes regulamentações do setor (resoluções CVM 88 e CVM 158/22), as plataformas de equity crowdfunding se tornaram distribuidoras de valores mobiliários

Munidas de tecnologia, elas fazem a ponte entre quem tem dinheiro para investir (investidor-anjo, fundos, investidores pessoas físicas) e quem precisa de dinheiro para empreender e inovar.

Além de derrubar a barreira geográfica, com as resoluções CVM publicadas em 2022, as plataformas de equity crowdfunding trazem outras novidades importantes.

As principais são: 

  • Aumento do limite de faturamento das startups interessadas em participar das rodadas de equity crowdfunding de R$ 10 milhões para R$ 40 milhões por ano 
  • Ampliação do teto de captação de R$ 5 milhões para R$ 15 milhões por rodada
  • Criação das transações subsequentes, permitindo ao investidor vender sua participação societária a terceiros.

Outro detalhe importante que vale destaque é a participação do investidor pessoa física no investimento em startup via equity crowdfunding. 

Por meio dos fundos de investimento em participação, até então os veículos mais utilizados em investimento para startups, apenas investidores qualificados podem participar. 

Para os empreendedores, esse é um tipo de instrumento com capacidade exponencial.

Em alguns cases de sucesso de plataformas como a Captable, startups conseguiram levantar os recursos pretendidos em questão de horas, graças ao alcance da tecnologia.

Saiba mais: “Equity crowdfunding: o que é, como funciona e vantagens”.

Como conseguir investimento para uma startup?

Como vimos até aqui, há diversos tipos de investimentos para startups que podem ser acessados por negócios em diferentes estágios de amadurecimento.

Conseguir convencer os investidores de que seu projeto vale o risco, por outro lado, é uma missão que exige preparo e persistência.

Assim, confira algumas dicas que podem ajudar você a atrair a atenção e conquistar a confiança deles.

Tenha um plano financeiro

Se você procura um investidor para alavancar o seu projeto e alcançar a escalabilidade, vai precisar de um plano financeiro com metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. 

Os milestones precisam estar bem definidos, de modo que o investidor consiga enxergar com clareza como o dinheiro dele será utilizado

Capriche no pitch deck

O pitch deck é uma apresentação curta, direta e objetiva que marca o primeiro contato entre sua empresa e os potenciais investidores.

Trata-se de um importante instrumento usado em diferentes circunstâncias, como em uma apresentação presencial a gestores de fundos de investimento ou virtual em uma plataforma de equity crowdfunding.

A recomendação é ter diferentes pitches para diferentes ocasiões.

Ao elaborar a peça, privilegie infográficos e imagens ao invés de texto, de modo que seja possível explicar a essência do seu negócio de maneira simples e rápida.

Prepare-se para a due diligence

A due diligence, ou diligência prévia, é o processo de verificação ao qual a startup é submetida antes de um eventual contrato de investimento

Trata-se de um pente-fino que analisa os aspectos técnicos, burocráticos, legais e societários, visando garantir que o negócio esteja em conformidade com as boas práticas.

Nas rodadas virtuais, as plataformas eletrônicas são as responsáveis pela due diligence antes do período de captação.

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