Em busca de dicas sobre como fazer o controle financeiro de uma empresa?
Esse, de fato, é um aspecto fundamental da gestão de qualquer negócio, independentemente do porte ou segmento.
Afinal, sem um gerenciamento eficiente das receitas e despesas, a empresa pode enfrentar sérios problemas, como inadimplência, falta de capital de giro e até falência.
Uma pesquisa do IBGE mostra que quase 50% das empresas brasileiras fecham em até cinco anos por problemas de gestão.
Você não quer fazer parte dessa estatística, certo?
Então siga a leitura e descubra como fazer um controle financeiro eficiente e manter as contas em dia, especialmente no contexto dinâmico das startups.
Como fazer o controle financeiro de uma empresa?
Para fazer o controle financeiro de uma empresa, o primeiro passo é entender que todo negócio, para crescer e dar resultados, precisa de pessoas, tecnologias e processos.
O controle financeiro é um processo que, para funcionar, precisa de ferramentas (tecnologia) e de pessoas (o CFO e sua equipe de finanças).
O modus operandi do controle financeiro varia de acordo com o porte, o segmento ou a fase em que a empresa se encontra.
De toda forma, algumas dicas essenciais, como as enumeradas a seguir, são úteis a todas as organizações, inclusive startups que ainda nem começaram a operar.
1. Registre todas as entradas e saídas de dinheiro
A primeira etapa do processo de controle financeiro de uma empresa é o registro de todas as entradas e saídas de dinheiro do caixa.
A gestão do fluxo de caixa inclui vendas, pagamentos de fornecedores, despesas com funcionários, aluguel, impostos, etc.
2. Classifique as despesas
Ao registrar as movimentações financeiras, é importante classificar as despesas por categorias, como:
- Custos fixos: aqueles que não variam com o volume de produção ou vendas, como aluguel, salário dos funcionários, etc
- Custos variáveis: aqueles que variam de acordo com o volume de produção ou vendas, como matéria-prima, energia, etc.
Em startups com características escaláveis, vale ressaltar, os custos variáveis não podem crescer na mesma proporção do volume de vendas como nas empresas convencionais.
3. Escolha ferramentas adequadas
Há diversas ferramentas de controle financeiro de empresas disponíveis do mercado, desde planilhas simples a sistemas integrados e sofisticados.
Você pode começar, por exemplo, com um aplicativo, evoluir para uma planilha com fórmulas mais elaboradas e subir de nível conforme a demanda aumentar.
Os ERPs, por exemplo, registram dados de departamentos de uma empresa e podem ser integrados diretamente com o sistema contábil da contabilidade.
4. Estabeleça orçamentos
Com base nos dados financeiros registrados pela ferramenta de gerenciamento, você pode estabelecer orçamentos de curto, médio e longo prazos.
O orçamento deve definir quanto a empresa pode gastar em cada área, como marketing, vendas, produção, etc, com base na receita estimada.
As projeções orçamentárias podem compor também os planos estratégicos de longo prazo, como aqueles que demandam captação de recursos via investidores ou mercado de crédito.
5. Monitore a rentabilidade
A análise de rentabilidade é importante para descobrir se a empresa está gerando lucro ou prejuízo em diferentes janelas de tempo.
Pode ser feita por meio de diversos indicadores, como o lucro líquido, margem bruta ou margem líquida, etc.
No caso das startups, há indicadores mais específicos, principalmente para os negócios que ainda não alcançaram o break-even.
6. Automatize o controle financeiro
O controle financeiro de uma empresa, como vimos, é um processo que se repete em ciclos.
Uma vez estabelecido, é só seguir o roteiro.
Como toda atividade repetitiva, o controle financeiro também pode ser automatizado por meio de ferramentas tecnológicas programáveis.
Ao fazer isso, você reduz o tempo gasto com tarefas manuais e foca em estratégias mais relevantes para o seu negócio.
Indicadores usados no controle financeiro de empresas
Vimos até aqui dicas de como fazer o controle financeiro de uma empresa, mas ainda não comentamos sobre a importância dos indicadores nesse processo.
Analogicamente, os indicadores funcionam como o painel de instrumentos de um carro: sem eles, o condutor simplesmente não tem informações sobre as condições do veículo.
No ambiente organizacional, seria como tomar decisões às cegas ou com base em “achismos”, algo perigoso e imprudente.
Há uma quantidade enorme de indicadores que podem ser usados para fazer o controle financeiro de uma empresa.
A escolha dos mais eficientes, no entanto, deve levar em conta fatores como modelo de negócio, estágio de crescimento e setor de atuação.
No universo das startups, as métricas mais comuns são:
- MRR (Monthly Recurring Revenue): indicador muito usado para medir o faturamento dos serviços de assinatura, como as startups que vendem software como serviço (SaaS)
- ROI (Return on Investment): usado para diferentes tipos de investimentos, inclusive em startups, é calculado considerando o valor atual da empresa (valuation) e o valor do investimento inicial
- NRR (Retenção de Receita Líquida): indicador financeiro que mede a capacidade do negócio de fidelizar seus clientes
- Burn rate: mede a taxa de queima de caixa da startup, ou seja, a velocidade com que a empresa consome o capital investido
- Ponto de equilíbrio: marca o momento em que a startup iguala suas receitas e despesas
- CAC (Customer Acquisition Cost): mostra quanto é preciso investir para conquistar cada novo cliente
- Breakdown de receita: permite o acompanhamento discriminado do faturamento por contrato, perfil de clientes, localização geográfica ou tipo de serviço.
Já explicamos em detalhes aqui no blog sobre os principais KPIs financeiros para empresas de tecnologia.
Qual a importância do controle financeiro em startups?
As startups são negócios que, devido à natureza dinâmica e volátil, precisam de muito capital para ganhar mercado e escalar.
Para isso, recorrem a rodadas de captação em busca de aportes para crescer o mais rápido possível e alcançar a maturidade.
Para conquistar a confiança dos investidores, no entanto, os fundadores precisam demonstrar profissionalismo quando o assunto é controle financeiro.
Além do mais, com a contabilidade em dia a startup:
- Evita o desperdício de recursos, ao ter clareza sobre o fluxo de caixa
- Toma decisões embasadas sobre onde alocar o capital, levando em conta o custo de oportunidade e a relação risco-retorno.
Hub de soluções para organizar o financeiro da sua empresa
Agora que você sabe como fazer o controle financeiro de sua empresa, é hora de colocar a mão na massa.
O controle das finanças, é importante ressaltar, deve fazer parte das diretrizes que norteiam os planos de longo prazo em sua startup.
A missão é cheia de desafios, mas você não está sozinho nessa.
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