A missão de uma startup de impacto social vai além do crescimento exponencial e do “exit” de sucesso para investidores.
Ao propor soluções para problemas que afligem a sociedade, cumpre também um papel de agente de transformação.
Embora incipientes no Brasil, as startups de impacto social têm terreno fértil para crescer, sobretudo considerando a lacuna não atendida pelo estado.
Ao longo deste artigo, conheça cases de sucesso e descubra quais são os principais desafios de empreender nessa área.
O que é uma startup de impacto social?
Uma startup de impacto social é um negócio focado em transformar um problema social em oportunidade ao melhorar a vida das pessoas e ganhar dinheiro com isso ao mesmo tempo.
Não se trata, portanto, de uma organização não-governamental (ONG) ou qualquer outro tipo de entidade sem fins lucrativos.
Alguns especialistas classificam as startups de impacto social como “empresas 2,5”, um meio termo entre o segundo setor, das empresas puramente mercantis, e o terceiro setor, representado pelas entidades filantrópicas.
Nesse contexto, seu principal objetivo é unir o útil ao agradável: criar soluções possíveis para uma demanda social relevante e obter lucro com isso.
Exemplos de startups de impacto social
Na esteira dos princípios ESG, diversas startups de impacto social têm ganhado evidência no Brasil, atendendo tanto o consumidor final (B2C) quanto empresas (B2B).
Alguns exemplos são:
- Belezinha: uma das finalistas do Prêmio Empreendedor Social da Folha de São Paulo em 2022, essa startup de impacto social oferece cursos de beleza gratuitos e rápidos para mulheres que vivem em favelas de São Paulo
- Edumi: startup de impacto social focada na capacitação de jovens para o mercado de tecnologia
- Mete a Colher: com foco em combater a violência doméstica, oferece uma plataforma que pode ser adquirida por empresas que desejam proteger suas colaboradoras
- Glic: esta startup de impacto social tem como foco a saúde. Selecionada para o BNDES Garagem – Negócios de Impacto, visa conectar diabéticos a médicos e nutricionistas
- NoFront: devidada a jovens negros da perfiferia, promove a educação financeira e a emancipacao econômica de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade.
Startup de impacto social é um bom negócio?
Ao enxergar um problema social como oportunidade, uma startup de impacto social pode, sem dúvida, ser um ótimo negócio.
Mas vale ressaltar que o impacto social positivo não deve ser pontual ou secundário: precisa fazer parte do core business da startup.
Um estudo da Ace Córtex mostra que o Brasil conta com 343 startups focadas em soluções relacionadas às práticas ESG, das quais 130 são negócios com impacto social.
A Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto aborda a questão da seguinte maneira:
- Intencionalidade do impacto
- Impacto social como atividade principal (core business)
- Uso da tecnologia nas soluções apresentadas
- Escalabilidade do negócio
- Gestão da cadeia de valor.
Considerando o protagonismo dos valores ESG no ambiente corporativo, uma startup de impacto social pode explorar oportunidades em diversos nichos.
É possível oferecer soluções diretamente para o consumidor final, como vimos nos exemplos acima, ou para grandes companhias que precisam integrar práticas ESG ao dia a dia.
Recursos para startups de impacto ambiental
Em relação aos recursos para estruturar o negócio, as startups de impacto social têm algumas vantagens.
A primeira delas é o montante de capital disponível para negócios integrados às práticas ESG.
Conforme a PwC, as cifras devem chegar a US$ 4,3 trilhões até 2030.
Há também recursos subsidiados, como o programa BNDES Garagem — Negócios de Impacto, que oferece, além de prêmios, acesso a uma rede de serviços e parceiros.
Quais os desafios de uma startup de impacto social?
O principal desafio de uma startup de impacto social é criar um modelo de negócio capaz de transformar um problema social em uma solução rentável e escalável.
Vencida essa etapa, outros desafios são:
- Convencer os investidores de que empreendedorismo social pode ser lucrativo e captar recursos para manter o negócio de pé até o break-even
- Formar uma equipe técnica com profissionais qualificados, principalmente em um cenário de escassez de mão de obra e concorrência com empresas internacionais
- Profissionalizar a gestão financeira e contábil desde os primeiros estágios do ciclo de crescimento.
Quanto ao último tópico, são comuns casos de negligência com os números, seja por falta de tempo, de equipe ou de interesse.
Nesse contexto, a Comece com o Pé Direito, principal player contábil do Brasil focado em empresas inovadoras, tem a solução.
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