Venture capital e due diligence são conceitos indissociáveis quando o assunto é investimento em startups early/growth stage.
Se você tem interesse em captar recursos para fazer o seu negócio decolar, saiba que precisará se submeter a um “pente fino” em diferentes níveis do seu negócio.
Quer entender como ajustar o venture capital à due diligence e se preparar para as rodadas de investimento?
Então, avance na leitura dos tópicos a seguir.
Qual é a relação entre venture capital e due diligence?
Venture capital e due diligence estão diretamente ligados ao processo de investimento em startups, sobretudo em estágios iniciais.
O venture capital, ou capital de risco, é um conceito associado ao investimento em ativos arriscados, mas com retorno proporcionalmente alto.
Os investidores desse mercado fazem uma análise criteriosa (due diligence) antes de tomar qualquer decisão, de forma a mitigar os riscos da operação.
No caso dos fundos venture capital, avalia-se muito a “lei da potência do retorno”, ou seja, os gestores sabem que muitos investimentos em startups simplesmente vão falhar.
Assim, os raros acertos devem garantir um “exit” capaz de cobrir com sobra os prejuízos dos aportes fracassados.
A função da due diligence no venture capital, portanto, é mitigar ao máximo os riscos do investimento em busca do melhor potencial retorno.
Quais as etapas da due diligence para venture capital?
As etapas da due diligence no venture capital podem se apresentar de diferentes maneiras.
Um fundo de investimento em participações pode ter critérios e métodos bastantes específicos para avaliar o projeto de uma startup.
Do mesmo modo que uma plataforma de equity crowdfunding faz a ponte entre startups e investidores pessoas físicas.
Não há uma regra, mas, de maneira geral, a análise é do tipo top down (de cima para baixo) e consiste em etapas, como veremos a seguir:
1. Due diligence (fase de triagem)
A primeira etapa de uma due diligence para investimento venture capital tem critérios bastante objetivos.
Investidores institucionais e investidores-anjo recebem diversas propostas de investimento e precisam escolher, de forma prática e sem perda de tempo, as que merecem atenção.
Como empreendedor, é importante que você pesquise e entenda o mandato do fundo ou o perfil do investidor antes de enviar a proposta.
É algo parecido como cadastrar um currículo para uma vaga de emprego.
2. Due diligence (análise do modelo de negócio)
Na fase seguinte, a due diligence para venture capital se aprofunda no modelo de negócio.
Para tanto, considera a relevância da proposta de valor da startup e a escalabilidade.
Aqui são analisados tanto os aspectos externos, relacionados ao tamanho do mercado e ao nível da inovação, quanto internos: projeções financeiras, expectativas de retorno, etc.
O investidor pode avaliar também o envolvimento da equipe com a proposta da startup, a experiência e visão de longo prazo dos fundadores, entre outras questões mais subjetivas.
3. Due diligence (aspectos legais)
Startups que passam pela fase 2 da due diligence estão a um passo de conseguir venture capital para alavancar seu negócio.
A última etapa do processo de diligência prévia consiste basicamente em formalidades legais e técnicas.
Geralmente conduzida por advogados, contadores e outros profissionais com conhecimento técnico específico, tem como propósito analisar aspectos como:
- Natureza jurídica da startup
- Acordo de sócios
- Riscos regulatórios e tributários, entre outros.
As questões financeiras também são analisadas nessa fase da due diligence, incluindo as demonstrações contábeis e seus relatórios auxiliares.
Para não perder uma oportunidade de investimento por falta de organização, portanto, a dica é profissionalizar o setor financeiro da startup o quanto antes.
No episódio 9 do nosso podcast convidamos Gabriel Osipow, sócio do Sla.law, para debater como uma política de due diligence bem definida pode impulsionar sua startup. E revelaremos como funciona e como obter suporte para implementar uma política eficiente de due diligence, preparando sua startup para atrair investidores.
Ouça agora mesmo.
Como preparar uma startup para a due diligence?
Se você pensa em buscar aporte venture capital, a due diligence inevitavelmente fará parte do processo de investimento, como vimos ao longo deste artigo.
Assim, algumas dicas para se preparar para esse “pente fino” são:
- Crie uma política de due diligence integrada à cultura organizacional de sua startup
- Estabeleça boas práticas de governança corporativa
- Estruture juridicamente o seu negócio de forma a admitir sócios-investidores sem dificuldade
- Crie canais de comunicação eficientes e esteja preparado para responder às perguntas do investidor.
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