Quer saber como abrir uma startup do zero e se tornar o mais novo empreendedor criativo?
Conforme levantamento da plataforma Distrito, existem 19 mil startups ativas no Brasil atualmente (dados de 2024), o que demonstra que o ecossistema está cada vez mais consolidado.
Para ajudar, o ambiente está mais favorável à abertura de novos negócios, graças à digitalização e simplificação dos serviços.
Se você pretende abrir uma startup do zero e colocar sua ideia em prática, siga a leitura deste guia e comece sua jornada de empreendedor agora mesmo.
Como abrir uma startup do zero em 7 passos
Sem perder tempo, vamos direto às etapas da sua empresa de tecnologia.
Não é difícil entender como abrir uma startup do zero, desde que você esteja disposto a se dedicar ao negócio.
Confira alguns passos essenciais para começar sua jornada.
1. Desenvolva sua ideia
Por mais promissora que seja sua ideia de negócio, ela precisa ser desenvolvida, planejada e amadurecida para se tornar uma startup de sucesso.
Antes de tudo, você deve partir de um problema para oferecer a solução, identificando as possíveis brechas no mercado para lançar seu produto ou serviço.
Nessa primeira etapa, é importante pesquisar muito sobre as soluções semelhantes, compartilhar ideias com outros empreendedores, fazer pesquisas com seu público-alvo e refinar sua proposta.
2. Torne-se especialista na solução
Também ajuda muito quando o fundador da startup é um especialista no produto ou serviço comercializado.
Basta pensar que sua equipe deverá ser o mais enxuta possível (muitas vezes, tudo começa apenas com um sócio), e dominar sua própria solução será imprescindível para tocar o negócio.
3. Integre-se ao ecossistema
A melhor forma de saber como abrir uma startup do zero é ter contato com outros empreendedores e participar do ecossistema de inovação.
Para isso, você pode ir a eventos, frequentar meetups da sua área de interesse, trabalhar em um coworking e manter um networking constante com pessoas envolvidas com startups e empreendedorismo criativo.
Esse envolvimento pode render um conhecimento valioso e, quem sabe, um cofundador para ajudar na missão.
4. Planeje seu modelo de negócio
Apesar de não seguir as etapas comuns do planejamento, a startup precisa de um modelo de negócio antes de iniciar as operações.
Para elaborar o seu, você pode usar uma ferramenta simples como o Business Model Canvas, que permite elaborar sua proposta de valor, canais de distribuição, estratégias de relacionamento, fontes de receita, estrutura de custos e atividades-chave, por exemplo.
O objetivo é colocar sua empresa em funcionamento e começar com fôlego suficiente para crescer, por menor que seja a estrutura.
Como criar um modelo de negócio para startup?
A definição do modelo de negócio é uma das etapas mais importantes do nascimento de uma startup — e por isso, merece um detalhamento maior.
Usando o Business Model Canvas, você precisa:
- Compreender a dor do cliente para desenvolver uma solução que realmente faça a diferença
- Definir a proposta de valor que descreva os benefícios que sua startup tem para oferecer
- Identificar os clientes-alvo e segmentá-los conforme suas características e necessidades
- Definir os canais por meio dos quais sua empresa entregará a proposta de valor (vendas diretas, online, parceiros de distribuição, entre outros)
- Escolher o melhor modelo de receita (assinaturas, licenciamento, publicidade, etc.)
- Planejar os recursos necessários à operação, incluindo tecnologia, capital humano, parcerias estratégicas e propriedade intelectual
- Atividades principais
- Parcerias-chave, incluindo fornecedores, distribuidores, parceiros de tecnologia ou qualquer entidade que possa ajudar sua startup a alcançar seus objetivos
- Estrutura de custos, incluindo os gastos fixos e variáveis.
O Business Model Canvas é uma ferramenta que permite visualizar todos os componentes acima em uma única folha.
Ao completar o plano de negócios, você terá um mapa estratégico para guiar suas decisões e ações.
Lembre-se de que um modelo de negócio não é estático e deve evoluir com o tempo, à medida que sua startup cresce e o mercado muda.
Reavaliar e ajustar seu modelo regularmente é essencial para manter a relevância e a competitividade.
5. Decida como financiar a startup
Existem várias formas de obter o capital necessário para financiar as atividades da sua startup e escalar o negócio.
A opção de tirar todo o dinheiro do próprio bolso é chamada de bootstrapping.
Mas você pode abrir a empresa com sócios, que também vão contribuir com aportes, ou mesmo buscar um investidor-anjo ou aceleradora para investir na sua ideia.
Como captar recursos para abrir uma startup?
Captar recursos para abrir uma startup é um dos principais desafios dos founders durante a fase de ideação.
Convencer investidores a apostarem em uma ideia que ainda não foi testada é uma tarefa que exige estratégia, preparação e perseverança.
Afinal, um negócio sem histórico certamente é mais arriscado do que uma ideia testada e validada pelo mercado.
Nesse contexto, o primeiro passo é apresentar um plano de negócios detalhado sobre o produto ou serviço, mercado-alvo, estratégia de marketing e projeções financeiras.
Você também deve validar a ideia antes de buscar investidores por meio de pesquisas de mercado, protótipos ou MVP (veremos mais sobre ele a seguir).
A validação oferece provas concretas de que existe demanda pelo seu produto ou serviço, reduzindo o risco percebido pelos investidores.
Atente-se também ao time, especialmente o papel dos sócios-fundadores.
Investidores não consideram apenas as ideias, mas também as pessoas por trás delas.
Uma equipe com habilidades complementares e experiência relevante pode aumentar a confiança deles.
Por fim, explore diferentes fontes de financiamento, como aceleradoras, incubadoras e crowdfunding dispostas a alocar recursos em startups embrionárias.
6. Crie seu MVP
Ao contrário das empresas tradicionais, as startups não têm tempo a perder com longos planejamentos e etapas burocráticas para lançar um produto ou serviço.
Por isso, o MVP é usado para introduzir a solução no mercado em caráter experimental, coletando feedbacks do público-alvo antes mesmo do lançamento oficial do produto.
Ele pode ser um protótipo, uma versão beta de um software ou simplesmente uma apresentação do produto ou serviço.
O importante é que mostre as principais funcionalidades e diferenciais para testar a aceitação dos consumidores – preferencialmente, de um grupo específico de formadores de opinião.
A partir dos feedbacks, você poderá ajustar o produto às expectativas dos clientes em um processo muito mais dinâmico, aumentando as chances de sucesso.
Além disso, o resultado do MVP mostra se o caminho é manter a solução atual ou pivotar (mudar totalmente o curso do negócio).
Passos para criar um MVP
Como vimos, o MVP é uma versão simplificada do produto final que inclui apenas as funcionalidades essenciais para resolver o problema do cliente e validar a proposta de valor.
Para criar um, você deve seguir o seguinte roteiro:
- Delimite quem são seus clientes potenciais. Quanto mais específico for o público, mais direcionado será o desenvolvimento do MVP
- Faça uma lista das funcionalidades que são absolutamente necessárias para resolver o problema principal
- Desenhe protótipos para visualizar como o produto funcionará
- Com os protótipos prontos, inicie o desenvolvimento do MVP, mantendo o foco nas funcionalidades essenciais
- Antes de lançar para o público, faça testes internos para garantir que o MVP funciona como esperado
- Lance o MVP usando canais de distribuição adequados ao público-alvo
- Após o lançamento, colete feedback dos usuários sobre o produto, com atenção especial às críticas e sugestões
- Itere e melhore, usando o feedback recebido para ajustar e aprimorar o produto.
Caso prefira, você pode usar também métricas para avaliar o sucesso do MVP, como taxa de retenção, engajamento dos usuários, taxa de conversão, entre outras.
7. Parta para os trâmites burocráticos
Com um modelo de negócio pronto e uma ideia inovadora, só falta passar pelos trâmites legais para abrir sua startup do zero.
É muito importante formalizar seu negócio do jeito certo para não correr o risco de pagar impostos a mais e simplificar ao máximo as obrigações fiscais e contábeis da empresa.
Além do registro do CNPJ, é importante também fazer o registro de marca no INPI para evitar problemas jurídicos depois.
Parece complicado, mas com a ajuda de uma contabilidade que tenha experiência em empresas inovadoras, você conseguirá abrir sua startup do zero de maneira simples e prática.
Qual o ponto de partida para abrir sua startup?
Se você quer saber como abrir uma startup do zero, é provável que tenha uma ideia com grande potencial para se tornar um negócio de sucesso.
Afinal, é assim que as startups começam: com um insight inovador, geralmente a partir de uma demanda não atendida dos consumidores.
Essa solução deve atender às necessidades de um público-alvo e se diferenciar de tudo que já existe no mercado – ou reinventar uma solução atual.
Pode ser um novo serviço online, um aplicativo que resolve um problema antigo, um produto revolucionário ou mesmo uma proposta criativa para usar determinado serviço/produto: o que importa é inovar.
Por isso, o ponto de partida da sua startup será sempre uma ideia de negócio inovador, mas saiba que é apenas o primeiro passo no caminho do empreendedorismo.
Diferenças entre abrir uma startup e uma empresa comum
Entender como abrir uma startup do zero é diferente de começar uma empresa comum, como você deve imaginar.
Enquanto os empreendedores tradicionais fazem um plano de negócio totalmente previsível antes de iniciar suas operações, os criativos partem de uma solução inovadora e a desenvolvem conforme recebem o feedback do mercado.
Ou seja: é a resposta dos clientes e investidores que determina o sucesso da startup, que começa apenas com uma hipótese e arrisca tudo para provar seu valor em um ambiente cheio de incertezas.
Por isso, abrir uma startup significa se aventurar na gestão experimental, quase sempre usando a tecnologia como atalho e evoluindo constantemente o produto ou serviço de acordo com os feedbacks do público.
Em resumo, uma startup se diferencia de uma empresa comum pelos seguintes aspectos:
- Inovação como parte de seu DNA
- Modelo de negócio escalável, ou seja, com potencial de crescer rápido sem alterar sua estrutura
- Gestão eficiente e padronizada para entregar soluções repetíveis
- Potencial de atingir grandes mercados e milhões de consumidores rapidamente
- Flexibilidade para lidar com as mudanças a todo momento
- Equipe enxuta e multidisciplinar.
Além disso, quase toda startup começa com um caixa modesto e evolui conforme capta recursos de investidores, em vez de se basear apenas em capital próprio.
Quanto custa abrir uma startup?
Estimar o custo para abrir uma startup depende de uma série de fatores que apenas um bom planejamento financeiro pode contemplar.
O tipo de negócio, a localização, o escopo das operações e tantos outros detalhes podem impactar bastante o volume de investimentos.
De maneira geral, você pode considerar os seguintes pontos:
- Ideação e pesquisa de mercado: entre R$ 1.000 e R$ 10.000
- Desenvolvimento do produto: entre R$ 5.000 e R$ 100.000 ou mais, dependendo da complexidade
- Registro e legalização da startup: de R$ 1.000 a R$ 3.000
- Infraestrutura e tecnologia: de R$ 2.000 a R$ 20.000
- Marketing e aquisição de clientes: entre R$ 1.000 e R$ 10.000 ou mais, dependendo da estratégia
- Formação de equipe: de R$ 5.000 a R$ 50.000, dependendo do tamanho da equipe e do nível dos profissionais
- Operações e despesas administrativas: de R$ 1.000 a R$ 5.000 mensais.
Uma startup de Software como Serviço, por exemplo, pode gastar entre R$ 20.000 e R$ 100.000 para cobrir desenvolvimento de software, marketing inicial e operações básicas.
Por sua vez, um e-commerce pode precisar de algo entre R$ 10.000 a R$ 50.000.
Já uma startup de produtos físicos pode demandar R$ 200.000 ou mais, devido ao desenvolvimento de produto, manufatura e logística.
Por isso, contar com soluções de contabilidade estratégica oferece um caminho mais seguro para o investimento em startups.
Principais erros ao abrir uma startup
Se você quer se tornar um empreendedor criativo, é melhor aprender com a experiência dos outros e evitar as falhas mais comuns nessa jornada.
Veja os principais erros cometidos ao abrir startups.
Acreditar demais na própria ideia
Um dos principais erros que o startuper de primeira viagem pode cometer é acreditar demais na sua própria ideia.
Muitas vezes, imaginamos uma solução que parece genial, mas é preciso amadurecer a ideia antes de colocá-la à prova no mercado.
Lembre-se: empreender é sobre transformar insights em soluções reais e economicamente viáveis para a vida dos consumidores – e não reinventar a roda.
Então, faça uma boa pesquisa de mercado e mantenha o pé no chão na hora de criar seus produtos e serviços.
Subestimar os custos iniciais
As startups são famosas pela equipe enxuta, instalações modestas e capital inicial baixo.
Basicamente, você pode começar uma startup de sucesso em casa, com apenas um computador e até mesmo sozinho.
Mas isso não significa que não existam custos iniciais importantes para começar o negócio.
Provavelmente, você terá que investir na formalização, criação de uma marca, registro de patentes, compra de softwares e equipamentos, contratação de freelancers, entre outros gastos.
Por isso, é importante fazer uma estimativa real dos custos e evitar o erro típico dos empreendedores iniciantes: subestimar o valor do capital inicial necessário e acabar no vermelho logo de cara.
Queimar o caixa muito rápido
Todo startuper precisa ficar de olho em uma métrica chamada burn rate, que é basicamente a taxa de queima do caixa.
Esse indicador revela a velocidade com que a empresa está consumindo seus recursos e quanto tempo o caixa aguenta com os investimentos atuais.
Se a startup recebe um aporte, por exemplo, o gestor deve manter os custos mais baixos e aplicar o dinheiro de forma inteligente, pensando em longo prazo – e não somente em demandas imediatas.
Afinal, a empresa precisa de tempo para dar o retorno esperado, e queimar muito rapidamente os recursos recebidos é um erro que pode ser fatal para as finanças.
Não prestar atenção na concorrência
Abrir uma startup sem estudar a fundo a concorrência é um erro grave, mas infelizmente comum.
Muitos empreendedores acreditam que sua solução é única e altamente criativa — e falham em reconhecer que outros competidores podem suprir a mesma demanda com produtos diferentes.
Por isso, é fundamental observar as estratégias dos seus concorrentes, o público-alvo, os preços, o tipo de comunicação e outros fatores que influenciam o posicionamento de mercado.
Assim, você pode ter certeza de que o produto ou serviço é de fato inovador e terá espaço para competir no segmento.
Glossário das startups
Depois de entender como abrir uma startup do zero, vale ficar por dentro dos principais termos que você vai encontrar nesse mercado.
Confira:
- Aceleradora: instituição de capital privado que oferece recursos financeiros, orientação, consultoria e treinamento para startups em troca de participação no capital social
- Aporte: capital aplicado pelos investidores na startup
- Bootstrapping: é o modelo de financiamento em que todo o capital para início da startup vem do bolso do próprio empreendedor, sem recorrer a investidores e terceiros (o chamado self-funding)
- Break-even: é o ponto de equilíbrio da startup, ou seja, o momento em que as receitas se igualam às despesas e a empresa vai começar a dar lucro
- Coworking: é um local de trabalho compartilhado entre vários profissionais e empresas, onde é possível locar espaços e participar de eventos e experiências
- Due Diligence: é um processo de auditoria e investigação realizado na startup a pedido de investidores para verificar se está tudo certo antes do aporte
- Escalabilidade: é a capacidade da startup de crescer de forma exponencial sem aumentar os custos na mesma proporção
- Elevator pitch: é o “discurso de elevador”, ou seja, uma apresentação rápida da startup boa o suficiente para convencer um investidor a fazer um aporte no tempo de pegar um elevador
- Investidor-anjo: pessoa física que investe seu capital próprio em startups com alto potencial de crescimento em troca de participação no capital social
- Lean startup: é um modelo de “startup enxuta” com processos ágeis, zero desperdício e uso da tecnologia para automatizar processos
- Meetup: encontro informal de networking para profissionais e empreendedores criativos
- MVP: é o Produto Mínimo Viável (do inglês Minimum Viable Product), que representa uma versão mínima da solução desenvolvida usada para testar sua aceitação no mercado
- Seed capital: é o “capital semente”, ou seja, o investimento captado pela startup na fase de nascimento
- Stakeholders: são todas as partes interessadas envolvidas com a startup, como clientes, fornecedores, investidores, colaboradores e a própria comunidade
- Valuation: é um processo técnico de estimativa do valor da startup com base em critérios financeiros, mercadológicos e estruturais
- Venture capital: é o “capital de risco”, ou seja, um investimento com retorno incerto (como no caso dos aportes em startups).
Como abrir sua startup com o pé direito
Depois de entender como abrir uma startup do zero, você pode contar com a Comece para resolver toda a burocracia e colocar sua empresa em operação o mais rápido possível.
Somos especialistas em apoiar empreendedores criativos em seus primeiros passos, cuidando do processo de abertura e formalização da startup.
Além de dar entrada nos documentos, ajudamos você a escolher as melhores alternativas fiscais, considerando impostos e obrigações com o governo.
E mais: todo o processo é conduzido de forma transparente, com notificações por e-mail a cada etapa concluída – como toda contabilidade online deve ser.
Viu como abrir uma startup do zero pode ser mais fácil com os parceiros certos? Então, vamos conversar e tirar sua ideia do papel o quanto antes.🚀
Deixe as burocracias legais para quem entende do assunto e foque no sucesso ao abrir uma startup!