Gestão de riscos: o que é, importância, ferramentas e como fazer

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A gestão de riscos é um dos elementos mais importantes de um plano estratégico de negócios, sobretudo para startups que tem como foco o crescimento exponencial

Empreender é, por essência, uma atividade arriscada e gerenciar corretamente os fatores de risco faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso

Afinal, o que é gestão de risco?

Qual a sua importância para os negócios inovadores?

Quais ferramentas deve usar?

As respostas para essas e outras perguntas você confere a seguir, então não deixe de ler até o final.

O que é gestão de riscos?

Gestão de riscos é o conjunto de ações e estratégias com o objetivo de analisar, avaliar e mitigar os riscos que uma empresa enfrenta no decorrer de sua jornada.

Em uma live sobre o assunto no Talk da Comece, Marcos Perillo, CFO da Conta Azul, traz uma definição clara e simples do que é risco.

“Risco é a possibilidade de algo dar errado”, diz ele.

ASSISTA À LIVE ABAIXO

Uma empresa, seja startup ou uma grande corporação, corre diferentes tipos de riscos:

  • Risco de mercado
  • Risco regulatório
  • Risco financeiro
  • Risco sistemático 
  • Risco operacional e muitos outros.

Assim, a gestão de riscos mapeia esses fatores de risco de forma a permitir que o gestor tome medidas de prevenção ou de contenção.

Vale ressaltar que, em maior ou menor grau, tudo na vida exige uma análise de risco — até atravessar a rua.

Um investidor que compra ações de uma empresa na bolsa de valores, por exemplo, está sujeito ao risco de ela se desvalorizar.

Um credor que empresta dinheiro corre o risco de o devedor não honrar com o pagamento.

No universo dos negócios, o risco de empreender é quebrar ou não obter o retorno esperado na forma de lucros.

E quando se trata de empresas inovadoras , que habitam um universo de extrema incerteza, esse risco é potencializado, o que exige uma gestão ainda mais eficiente.

Qual a importância da gestão de riscos nas empresas?

A gestão de risco nas empresas tem a função de criar parâmetros que ajudem o gestor a decidir sobre tomar ou não determinados tipos de risco.

Esse gerenciamento é a base para a análise “risco x retorno”, conceito muito comum no mercado financeiro, mas que serve a qualquer iniciativa ou projeto. 

A relação risco x retorno diz o seguinte: quanto maior o risco de um investimento, maior precisa ser seu potencial de rentabilidade.

Para saber se o risco é de alto, médio ou baixo potencial ofensivo, você precisa conhecê-lo e isso se faz com uma gestão de risco apropriada.

Muitas pessoas não pensam nisso.

Marcos Perillo, da Conta Azul, tem longa experiência em reestruturação de negócios e uma coisa que sempre presencia nos casos dos quais participa é:

“Todas as empresas que naufragaram negligenciaram algum tipo de risco”.

Por isso é essencial categorizar os riscos em ordem de importância para escolher quais merecem mais atenção.

De maneira resumida, eles se encaixam em três categorias:

  1. Riscos que você quer eliminar
  2. Riscos que você mitigar
  3. Riscos que você quer correr.

Exemplos de gestão de riscos

Para facilitar a compreensão, confira a seguir alguns exemplos de gestão de risco no contexto das empresas inovadoras.

Startup de tecnologia

  • Risco: falha no lançamento de um produto devido a problemas técnicos
  • Estratégia de gestão de risco: realização de testes rigorosos do produto antes do lançamento, envolvimento de especialistas técnicos e utilização de feedback de usuários.

Startup de e-commerce

  • Risco: ataque cibernético resultando em violação de dados de clientes
  • Estratégia de gestão de risco: implementação de protocolos de segurança e treinamento sobre práticas seguras.

Consultoria de negócios

  • Risco: dependência excessiva de um cliente específico
  • Estratégia de gestão de risco: diversificação da base de clientes e oferta de serviços variados.

Esses, claro, são apenas alguns riscos aos quais os negócios são submetidos, mas há diversos outros.

Uma startup pode enfrentar:

  • Risco de mercado: incerteza sobre aceitação do produto/serviço ou concorrência agressiva
  • Risco financeiro: não conseguir levantar capital suficiente para alcançar o break even
  • Risco operacional: enfrentar problemas internos de gestão, produção, logística, etc
  • Risco de pessoal: não encontrar/reter profissionais capacitados o suficiente para colocar o projeto de pé.

Como vimos, a gestão de risco hierarquiza todos esses fatores, de modo que o gestor possa lidar com eles da maneira que julgar necessária. 

Qual a relação entre gestão de risco e compliance?

A gestão de riscos e o compliance estão intimamente ligados.

A gestão de riscos, como vimos, lida com a identificação e mitigação de ameaças que podem ofuscar o sucesso do negócio.

O compliance, por sua vez, refere-se ao cumprimento das leis, regulamentos e políticas internas de uma organização. 

A integração da gestão de riscos e o compliance, portanto, garante que a empresa se proteja do risco regulatório e esteja de acordo com a conformidade legal e boas práticas.

Quais as principais ferramentas de gestão de riscos?

Existem várias ferramentas disponíveis para auxiliar na gestão de riscos, sendo as principais:

  • Matriz de riscos: tabela que lista os riscos identificados, sua probabilidade de materialização e impacto
  • Análise de SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats): ajuda a identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças
  • Análise de cenários: simula cenários otimista, realista e pessimista, permitindo ao gestor se antecipar e se preparar para o que pode vir a acontecer.

Você pode considerar também os Indicadores-chave de desempenho (KPIs), criados a partir da inteligência de dados.

Por meio deles, é possível analisar a performance histórica de um negócio, identificar padrões e antecipar tendências.

Como criar um processo de gestão de riscos?

Para criar um processo de gestão de riscos eficiente e assertivo, você precisa seguir algumas etapas.

As principais são:

  • Identificação de riscos potenciais internos e externos, levando em consideração seu modelo de negócio, setor e contexto operacional
  • Avaliação do potencial impacto de cada risco identificado
  • Desenvolvimento planos e estratégias de mitigação dos riscos identificados, levando em consideração os recursos disponíveis e os objetivos da empresa
  • Implementação e monitoramento das estratégias de mitigação, bem como os ajustes conforme necessário.

Ainda nesse contexto, vale ressaltar que a adoção de uma política de due diligence pode ajudar muito, principalmente se você pretende captar recursos de investidores. 

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