Investimentos em startups no Brasil: entenda o panorama atual e saiba como se preparar

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Os investimentos em startups no Brasil seguem “tímidos” em 2023 se comparados com aportes dos últimos anos, especialmente de 2021 a meados de 2022. 

Pesquisas feitas por organizações que lidam diretamente com o setor apontam reduções significativas de rodadas (e volume) no primeiro trimestre de 2023.

Olhando para a frente, no entanto, parece haver uma “luz no fim do túnel”, considerando tanto o aspecto macro quanto microeconômico.

Ao longo deste texto, entenda o panorama atual dos investimentos em startups no brasil e saiba como se preparar para capitalizar seu negócio.

Panorama dos investimentos em startups no Brasil

Dados recentes sobre investimentos em startups no Brasil mostram um mercado ainda reticente com o venture capital.

O baixo apetite dos investidores por essa classe de ativos, que não é exclusividade do Brasil, tem explicação: a escalada da inflação e dos juros mundo afora. 

Soma-se a isso o valuation esticado das startups, sobretudo em 2021, um ano fora da curva para o segmento, o que acabou exigindo uma espécie de “freio de arrumação”.

Os dados no Brasil seguem uma tendência global.

Conforme levantamento da plataforma Distrito, a redução de aportes em empresas de tecnologia foi de 86% no primeiro trimestre de 2023 ante o mesmo período do ano anterior.

Os principais dados da pesquisa são:

  • Total de US$ 247 milhões investidos no primeiro trimestre de 2023 (no mesmo período de 2022 foram US$ 1,7 bilhão)
  • Total de 91 rodadas em 2023 (ante 306 rodadas no mesmo período do ano anterior)
  • Fintechs na liderança (captação de US$ 112 milhões em 28% das rodadas).

Ao comparar os investimentos em startups no Brasil com a América Latina e o resto do mundo, é possível perceber uma tendência global de arrefecimento.

Em todo o mundo, os aportes venture capital atingiram US$ 76 bilhões nos primeiros três meses de 2023  — uma queda de 53% em relação ao mesmo período de 2022.

Algo semelhante aconteceu com os investimentos em startups na América Latina em geral: uma queda de 84%, segundo dados da Crunchbase.

Os levantamentos mostram que as quedas foram mais acentuadas no late stage do que no early stage, mas vale observar o recorte temporal. 

Ao comparar o primeiro trimestre de 2023 com anos anteriores ao boom de 2021, um ano “fora da curva” para o setor, a redução dos aportes se mostra mais amena.

Investir em startups vale a pena?

Olhando para a frente, certamente há muito espaço para investimentos em startups no Brasil.

Afinal, trata-se de uma economia relativamente importante entre os países emergentes e com muitos problemas a serem resolvidos por meio da inovação tecnológica.

Agora, se vale ou não a pena investir em startups, a resposta depende muito do tipo de investidor e do momento de mercado.

Investidores pessoas físicas

Pessoas físicas pouco habituadas com essa classe de ativos devem ter em mente que investimento em startups é de alto risco e pode resultar em perda de todo o capital.

Apesar das facilidades oferecidas pelas plataformas de equity crowdfunding, não é recomendável destinar parte significativa do patrimônio a esse tipo de ativo.

Fundos de investimento venture capital

Para os investidores institucionais, notadamente os fundos de venture capital, a situação é diferente.

Estamos falando de instrumentos constituídos com o objetivo de investir especificamente em negócios de alto risco, com alto potencial de escalabilidade.

Como têm muito caixa para alocar, esses fundos diversificam os aportes, minimizando riscos e maximizando as chances de acerto.

Influências de fatores externos

O momento macroeconômico (inflação e juros elevados) não está contribuindo com aportes mais vultosos nesse mercado — o que também não é uma exceção dos investimentos em startups no Brasil.

O mercado de ações, por exemplo, composto por empresas maduras e sólidas, também tem sofrido devido à conjuntura econômica desfavorável.

Vale ressaltar, no entanto, que a economia é cíclica, e em algum momento a tendência de baixa se reverte, abrindo bons pontos de entrada.

Por aqui, os indicadores econômicos dão indícios de que o ciclo de aperto monetário está perto do fim, o que pode abrir um novo ciclo de oportunidades para empreendedores que precisam destravar seus projetos.

Como aumentar as chances de receber investimento em sua startup?

A despeito dos fatores macros e externos, para aumentar as chances de conseguir investimentos para sua startup, você precisa fazer o dever de casa

Algumas dicas nesse sentido são:

1. Modelo de negócio viável e escalável

Mesmo em cenários de abundância de recursos, os investimentos em startups serão realidade apenas para os negócios que apresentarem modelos potencialmente escaláveis

Desenvolva, portanto, uma proposta de valor clara para um mercado grande o suficiente que demonstre como a sua startup pode gerar receita e entregar lucratividade.

2. Solução que resolva um problema relevante

Para atrair investimentos para sua startup, certifique-se de que seu produto ou serviço tenha diferencial competitivo e agregue valor para os clientes.

Os investidores estão interessados ​​em startups que oferecem soluções inovadoras para problemas relevantes ainda não atendidas por outros players do mercado.

3. Networking com investidores

Além de um pitch deck bem feito, para conseguir investimentos para sua startup você deve estabelecer conexão com investidores, mentores, empreendedores e outros profissionais do setor.

Participe de eventos, conferências e programas de acompanhamento para expandir sua rede e tornar o seu projeto conhecido.

4. Profissionalização contábil-financeira

Atente-se também à profissionalização do seu negócio, sobretudo contábil-financeira, de modo a estar preparado para responder perguntas e prestar informações sobre a sua operação.

Prepare-se para fornecer detalhes da sua estratégia de negócio, plano financeiro, concorrência e riscos envolvidos — os investidores valorizam muito a transparência.

Como organizar o financeiro da sua startup?

Cuidar dos aspectos contábeis e financeiros é uma missão diária que consome tempo e energia, principalmente em startups iniciantes, com equipes reduzidas. 

Há muita burocracia, mas negligenciar a gestão contábil, como vimos, não é uma opção, sobretudo se você estiver em busca de investimentos para sua startup.

A boa notícia é que a Comece Com o Pé Direito está aqui para te ajudar.

Oferecemos pacotes completos de soluções para startups e empresas de tecnologia que incluem assessoria e consultoria contábil, trabalhista e financeira.

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