Tomada de decisão: entenda por que ela deve ser baseada em dados

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É comum o processo de tomada de decisão receber mais atenção quando se trata dos aspectos estratégicos de uma empresa, como os planos de longo prazo.

Afinal, uma decisão dessa magnitude pode impactar não apenas a organização, mas também seus stakeholders, mesmo que indiretamente.

As decisões, no entanto, não são exclusividade dos executivos que ocupam os cargos C-level.

A todo momento, alguém toma decisões dentro da sua startup, inclusive nos níveis tático e operacional.

Por isso mesmo, a tomada de decisão precisa ter o embasamento correto, orientada pelos dados, e sempre que possível, livre de vieses.

Leia este texto até o fim para entender como tomar decisões assertivas e elevar seu negócio a outro nível com a ajuda da inteligência de dados.

Preparado?

O que é tomada de decisão?

Tomada de decisão é um processo cognitivo que consiste em escolher uma entre várias alternativas possíveis dentro de determinado contexto. 

Trata-se de uma atividade intrínseca ao ser humano, que permeia todos os aspectos da vida – não apenas no âmbito profissional e corporativo.

Decidir é deliberar, resolver, emitir um juízo sobre algo ou alguma coisa.

O processo de tomada de decisão pode levar em conta diferentes elementos (emocional, pessoal, racional) e ser influenciado por diferentes fatores.

Nesse contexto, é importante lembrar que toda decisão é uma escolha e toda escolha é uma renúncia.

Ao decidir apostar em uma ideia disruptiva, por exemplo, um empreendedor certamente renuncia a outras opções, como investir no mercado financeiro ou seguir uma carreira no setor público.

O que leva alguém a tomar uma decisão assim?

A soma de diferentes fatores, como o desejo de empreender, o apreço por desafios ou simplesmente a vontade de criar algo que ajude o mundo a ser um lugar melhor. 

Exemplos de tomada de decisão

Até aqui falamos sobre tomada de decisão de maneira ampla, mas há exemplos mais específicos no contexto da gestão de negócios que valem destaque. 

Os principais são:

  • Decidir entre crescer organicamente (conhecido como bootstrapping) ou recorrer a investidores e capital de terceiros
  • Decidir entre contratar equipes próprias ou terceirizar as atividades secundárias que não fazem parte do core business
  • Escolher investir em novos produtos/serviços ou ampliar o market share das soluções que já existem
  • Escolher operar apenas no Brasil ou internacionalizar sua startup.

Perceba que as decisões em uma empresa, especialmente startups que habitam um universo dinâmico que muda frequentemente, requer responsabilidade e prudência.

Algumas decisões erradas são contornáveis e até servem como aprendizado.

Outras podem resultar em prejuízos incalculáveis.

Quais são as 7 etapas do processo de tomada de decisão?

A tomada de decisão é um processo que envolve várias etapas, da identificação do problema à implementação prática da escolha.

Confira:

1. Identificação do problema

A primeira etapa é reconhecer a existência de um problema ou oportunidade que requer uma decisão. 

Você deve definir claramente a natureza do desafio, identificar seus sintomas e entender as causas subjacentes.

2. Coleta de informações

Após identificar o problema, é essencial reunir informações relevantes para compreender a situação como um todo. 

Para isso, recorra a pesquisas, análises de dados, consulta a especialistas ou feedback de clientes.

Quanto mais informações disponíveis, especialmente produzidas pelas soluções de business intelligence, mais fundamentada será a decisão.

3. Identificação das alternativas

Com base nas informações disponíveis, é hora de identificar as alternativas possíveis para resolver o problema ou aproveitar a oportunidade. 

Esta etapa requer uma avaliação criteriosa das opções, garantindo que nenhuma possibilidade viável seja negligenciada.

4. Avaliação das alternativas

Cada alternativa é avaliada considerando os prós e contras.

Critérios relevantes, como custo-benefício, fatores de risco e alinhamento estratégico devem ser levados em conta.

Uma boa dica é usar técnicas como a análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) para ter uma visão mais clara das alternativas disponíveis.

5. Escolha da melhor alternativa

Com base na avaliação das alternativas, você deve, então, escolher a opção que melhor atenda aos objetivos e metas da startup.

A decisão final pode ser influenciada por fatores, como: prioridade, valores organizacionais e consequências esperadas.

6. Implementação da decisão

Nesta fase, a decisão escolhida deve ser colocada em prática.

Para isso, você precisará alocar recursos, comunicar às partes interessadas e executar a implementação como planejado.

7. Avaliação dos resultados

Por fim, você deve avaliar os resultados da decisão para garantir que os resultados esperados estejam, de fato, sendo alcançados. 

Caso contrário, faça ajustes ou recomece o processo. 

Nas startups, a pivotagem tem a ver exatamente com a mudança de rumo quando o empreendedor percebe que uma decisão estratégica não foi tão boa quanto aparentava.

Tipos de tomada de decisão

Os tipos de tomadas de decisão podem ser categorizados de diversas maneiras, tanto no ambiente corporativo quanto fora dele.

Os mais comuns são:

  • Decisões racionais: envolvem análise lógica de informações, ponderação de opções e escolha da alternativa mais vantajosa
  • Decisões emocionais: baseadas no “feeling” ou em sentimentos, sem necessariamente analisar dados – algo não recomendado quando se trata de negócios
  • Decisões colaborativas: envolvem a participação de outras pessoas para buscar consenso ou reunir diferentes pontos de vista
  • Por nível de relevância: decisões estratégicas (que impactam a organização como um todo), táticas (que visam alcançar objetivos específicos) ou operacionais (rotineiras e de curto prazo).

Como podemos ver, a escolha do tipo de decisão depende do contexto, do nível de relevância e dos impactos que ela pode causar na empresa.

Essa classificação é fundamental para determinar também quem pode decidir sobre o quê, mesmo que a cultura organizacional incentive a autogestão dos colaboradores.

Qual a importância da tomada de decisão em uma startup?

Dentro do ecossistema startup, a tomada de decisões precisa ocorrer em um espaço de tempo muito mais curto do que em uma empresa tradicional.

Startups são como carros de corrida: não foram feitas para andarem devagar. 

Sendo assim, as chances de decisões erradas existem e isso faz parte do processo de aprendizado. 

Afinal, são modelos de negócios inovadores que buscam fazer algo que ainda não foi feito.

Não há problemas em errar nas decisões, desde que o erro seja rápido e o conserto, mais rápido ainda.

Você pode até pivotar se for preciso, desde que com base em dados e informações confiáveis.

6 dicas para uma tomada de decisão responsável

Mesmo que as decisões erradas façam parte do empreendedorismo inovador, todo empreendedor quer acertar, evidentemente.

Para ajudar você na tomada de decisão responsável, confira a seguir algumas dicas:

  1. Decida com base em dados, tanto internos quanto de mercado
  2. Envolva a equipe em decisões colaborativas para obter pontos de vista diferentes
  3. Defina claramente as prioridades e objetivos antes de começar o processo de tomada de decisão
  4. Aprenda com erros – nem todas as decisões serão perfeitas
  5. Considere o longo prazo e os efeitos que sua decisão terá no futuro
  6. Esteja ciente das mudanças no ambiente de negócios e adapte suas estratégias de tomada de decisão conforme necessário.

Por que praticar a tomada de decisão baseada em dados?

A tomada de decisão baseada em dados oferece diversas vantagens, principalmente para startups que precisam crescer exponencialmente.

Os dados minimizam a influência de viés e intuição, ao mesmo tempo que aumentam as chances de escolhas objetivas. 

A análise de dados permite ainda uma compreensão mais profunda das tendências e padrões, contribuindo para decisões inteligentes e estratégias eficazes.

Indicadores que podem ser utilizados na tomada de decisão

Os indicadores são ótimas ferramentas para nortear a tomada de decisão.

Funcionam como o painel de instrumentos de um veículo, sem o qual o motorista desconhece as condições de funcionamento do motor.

No universo das empresas inovadoras, os principais são:

  • Receita Recorrente (MRR): mostra a receita mensal previsível da startup
  • Custo de Aquisição de Cliente (CAC): mede o custo para adquirir um novo cliente
  • Lifetime Value (LTV): mede a receita total que um cliente gera para a startup durante toda a sua relação com a empresa
  • Churn: monitora a porcentagem de clientes que cancelam seus serviços ou produtos em um determinado período
  • Retorno Sobre Investimento (ROI): mensura a relação entre o lucro gerado e o investimento realizado.
  • Net Promoter Score (NPS): mede a probabilidade de um cliente recomendar a startup para outras pessoas.

Existem diversos outros indicadores específicos para startups que podem ser implantados e adaptados.

A escolha dos mais adequados deve levar em conta o estágio e as peculiaridades do modelo de negócio.

Projetos de BI personalizados para qualificar a sua tomada de decisão

A tomada de decisões, como vimos, é muito mais assertiva quando embasada em dados sólidos e confiáveis

Porém, como ter acesso a eles?

O caminho mais eficiente é por meio dos dashboards e relatórios de business intelligence, soluções que a Comece tem para oferecer. 

Além de contabilidade completa, aqui você conta com projetos de business intelligence personalizados para diferentes áreas do seu negócio, como marketing, vendas, RH, etc.

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