Internacionalização de startups: vantagens, desafios e como funciona

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A internacionalização de startups pode ser o que você precisa para expandir seus horizontes e explorar outros mercados além-fronteiras.

A missão exige muito preparo e uma mudança de mindset do próprio empreendedor. 

É preciso ter um pensamento global para só então dar início a um processo de internacionalização de startups, considerando os desafios mercadológicos e culturais.

Afinal, fazer negócios na Alemanha pode ser bem diferente de trabalhar com a China, por exemplo.

Se você quer saber quais são as vantagens e as possibilidades da internacionalização de startups, siga a leitura até o final e confira algumas dicas de como se planejar.

O que é internacionalização de startups?

Internacionalização de startups é a expansão das operações comerciais para outros países, seja por meio da abertura de filial estrangeira, joint venture ou exportação/importação. 

Muitas startups brasileiras morrem prematuramente por falta de espaço no mercado interno, sem ao menos cogitar expandir suas operações para outros mercados. 

O Brasil, embora seja um país relevante na América Latina em termos de inovação, ainda tem muito o que avançar quando comparado a nações desenvolvidas.

Pode ocorrer de um mercado pouco relevante por aqui ter o potencial de um “oceano azul” em outros países para o empreendedor mais atento.

Vale ressaltar que a internacionalização de startups não é uma via de mão única: muitas empresas estrangeiras também desembarcam no Brasil de olho nas oportunidades locais, o que pode acirrar a concorrência. 

Ademais, pensar globalmente não é um privilégio das grandes empresas multinacionais. 

Com o desenvolvimento tecnológico e a hiperconectividade, é perfeitamente possível uma startup nascer e se internacionalizar antes mesmo de completar os primeiros ciclos de desenvolvimento.

Como funciona a internacionalização de startups?

O conceito de internacionalização de startups é bastante amplo e pode funcionar de diferentes maneiras, dependendo do país destino e dos objetivos do empreendedor.

Você pode:

  1. Internacionalizar com recursos próprios (bootstrapping), processo geralmente mais lento e desafiador
  2. Criar uma joint venture com uma empresa internacional, arranjo societário que culmina na abertura de uma nova empresa
  3. Viabilizar a internacionalização de sua startup a partir de uma rodada de captação, inclusive por meio de fundos internacionais
  4. Participar de um processo de M&A (fusões e aquisições) com uma empresa internacional
  5. Abrir uma filial no exterior
  6. Participar de programas de incentivo à internacionalização de startups, como o Startup OutReach Brasil.

Seja qual for o caminho, o empreendedor precisa pesquisar, participar de missões internacionais e entender bem a cultura do país onde pretende atuar. 

Deve compreender também o arcabouço regulatório e legal, como legislação tributária, trabalhista, lei de proteção aos dados, etc.

Trata-se de um processo que ocorre em fases. 

No caso do programa Startup OutReach Brasil, por exemplo, primeiro há uma “missão virtual”, que consiste em uma etapa de capacitação e orientação online. 

Depois ocorre a “missão de imersão”, com atividades presenciais que buscam aprofundar o conhecimento sobre o mercado em questão.

Quais as vantagens de internacionalizar uma startup?

A internacionalização de startups pode ser tornar um verdadeiro ponto de inflexão na escalada de uma empresa de tecnologia.

Confira a seguir algumas das mais importantes.

  • Novos mercados: ao romper fronteiras, a startup amplia sua área geográfica em busca de novos clientes para o seu produto ou novos produtos para os mesmos clientes
  • Redução do risco Brasil: com parte da receita proveniente de outros países, uma startup internacionalizada também reduz a exposição aos riscos locais, como depreciação do real, aumento de impostos, mudanças regulatórias, etc. 
  • Receita em moeda forte: uma startup com receitas em dólares ou em euro, por exemplo, já tem no câmbio uma vantagem importante sobre a moeda nacional, o que pode impactar positivamente os resultados e o balanço patrimonial
  • Vantagem competitiva frente aos concorrentes: a internacionalização de startups também reduz o impacto da concorrência local, além de possibilitar o acesso a outros ecossistemas, fontes de recursos e networking
  • Experiência global: ao vivenciar novas culturas e novos mercados, o empreendedor também aprimora sua visão de negócio, tornando-se um empresário melhor e mais capacitado.

Ao começar a internacionalização de sua startup, pode ser que você descubra, ao longo do processo, que a sua ideia inicial de negócio nem era tão boa assim.

Porém, com as experiências adquiridas, você poderá pivotar com muito mais assertividade ou simplesmente recomeçar do zero em algum outro segmento totalmente diferente.

Quais os principais desafios para a internacionalização de startups?

Não há dúvidas de que a internacionalização de startups tem diversas vantagens, mas há também diversos desafios que vão além da necessidade de investimento.

Confira os principais:

Escolha do mercado alvo

O primeiro grande desafio da internacionalização é a escolha do país de destino.

Esse é um processo que exige muita pesquisa, conversas com especialistas e visitas in loco para agregar experiências.

O empreendedor deve conhecer bem as regionalidades do mercado.

Afinal, cada nação tem suas particularidades sociais e mercadológicas que precisam ser levadas em consideração.

Recursos para internacionalizar

Você certamente precisará de recursos para tirar o seu projeto de internacionalização do papel. 

Caso não tenha uma reserva de caixa, poderá recorrer a rodadas de investimento ou a linhas de financiamento, embora essa seja uma opção pouco adotada devido ao custo do capital de terceiros.

A boa notícia é que, além dos fundos venture capital e private equity, existem outras modalidades de captação em franco crescimento, como as plataformas de equity crowdfunding.

Pitch deck e marketing internacional

Para internacionalizar sua startup, você precisará também falar com o novo mercado, o que exigirá uma comunicação adaptada à realidade externa.

Será necessário, portanto, um pitch deck internacional, apresentação destinada a investidores, além de campanhas de marketing ajustadas ao contexto.

Lembre-se de que o seu potencial “cliente gringo” não se esforçará em compreender o que sua empresa está tentando oferecer.

O ônus de se fazer entendido é seu.

Aspectos burocráticos e legais

Cada país tem regras e normas para o ambiente de negócios – alguns mais livres, outros mais fechados e burocráticos. 

Para não correr o risco de cometer equívocos, contrate consultores especializados em legislação internacional para ajudar você a enquadrar o seu negócio da melhor maneira.

É importante considerar todos os prós e contra antes de tomar qualquer decisão sobre qual mercado escolher para a internacionalização de sua startup.

Como planejar a internacionalização de uma startup?

A internacionalização de uma startup deve ser construída a partir de uma atuação local com pensamento global.

Além de entender o momento certo de internacionalizar, você muito provavelmente vai precisar de um domínio “.com”, informações institucionais em inglês e talvez um 0800 ou telefone internacional grátis.

Ao elaborar o plano de internacionalização, contemple também:

  1. Uma análise do tamanho do mercado que você pretende explorar, conforme o tipo de solução que sua empresa tem a oferecer
  2. Uma análise macro e microeconômica do mercado, bem como o cenário competitivo interno
  3. Uma rede de parceiros internos e externos, como consultores e prestadores de serviço
  4. Capital suficiente para dar os primeiros passos e garantir a operação até os primeiros resultados.

Hub de soluções para ajudar a sua startup a se internacionalizar

Como parte das estratégias de internacionalização, você precisa também de um plano financeiro e orçamentário e de rotinas contábeis bem organizadas.

Afinal, antes de cruzar fronteiras, é preciso garantir que a casa esteja em ordem.

Nesse aspecto, a Comece com o Pé Direito oferece um hub de soluções contábeis, financeiras e trabalhistas para o seu negócio decolar.

Assumimos todas as suas demandas operacionais, tanto financeiras quanto de RH, por meio do Business Process Outsourcing (BPO).

Oferecemos também Business Process Management (BPM), solução que tem como objetivo diagnosticar e remodelar a estrutura financeira de sua startup.

Com a Comece com o Pé Direito, você tem a parceria certa para ir muito mais longe. 

Vamos conversar?

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