Investimento série A para startups: o que é e como conseguir?

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Sua startup alcançou o nível de receber investimento série A?

Parabéns, você conseguiu atravessar um gap importante, classificado por especialistas como o “vale da morte” das empresas de tecnologia, compreendido entre os estágios de ideação e operação.

Um estudo da plataforma Distrito, que vamos explorar melhor ao longo deste artigo, mostra que apenas 26,4% das startups conseguem um investimento série A.

À medida que as séries avançam (C, D, E…), o funil fica ainda mais apertado. 

Nos tópicos a seguir, entenda melhor o que é e como preparar sua startup para se dar bem em uma rodada de investimento série A.

Siga acompanhando.

O que é investimento série A?

Investimento série A é uma rodada de captação destinada a startups que já passaram pelo fase de ideação, tiveram aporte de capital semente e estão em busca do product-market fit (encaixe entre a solução e o mercado).

As startups que recebem investimento série A geralmente encontram-se entre o early e o growth stage.

Já conseguiram, portanto, validar o produto/serviço por meio do MVP (Minimum Viable Product) e tem algum nível de receita e market share.

O investimento série A tem como objetivo estruturar melhor a empresa, considerando que até então os fundadores e alguns poucos funcionários são os responsáveis por tudo.

Não há números exatos, mas alguns estudos, como este do Infomoney, revelam que as equipes nesse estágio variam de 20 a 60 membros e os aportes médios oscilam de US$ 2 milhões a US$ 5 milhões.

Quais são as séries de investimento em startups

O investimento série A coincide com um importante marco da startup, quando a ideia se transforma efetivamente em um negócio.

Antes da série A, as rodadas de investimento têm outro nome: capital semente (pré-seed e seed).

Em geral, são conduzidas pelos próprios sócios (bootstrapping), parentes, amigos ou investidores-anjo e incubadoras.

Os aportes não costumam alcançar os sete dígitos.

A partir do investimento série A, as rodadas seguem ordem alfabética: séries B, C, D, E e assim sucessivamente.

No Brasil, apenas startups famosas, como Nubank, iFood e MadeiraMadeira, alcançaram as séries mais avançadas de investimento, cujos aportes podem chegar aos bilhões de reais.

Porque as rodadas de investimento são feitas em séries?

As rodadas de investimento são feitas em séries para avaliar a resiliência do negócio e a capacidade do founder de gerir eficientemente os recursos e entregar, de fato, resultados.

Assim, à medida que os milestones vão sendo alcançados, os investidores se sentem confortáveis em destinar mais recursos à startup em captações subsequentes.

Não é incomum, por exemplo, em rodadas de investimento série B ou C, os principais aportes serem feitos por fundos que já investiram na empresa antes.

Como os riscos diminuem ao passo que o negócio amadurece, as chances de “exit” com lucro também aumentam, repercutindo no tamanho do cheque.

Quais os desafios para obter investimento série A?

Os desafios para obter um investimento série A são diversos e os números provam isso. 

Um estudo da plataforma Distrito mostra que, quanto mais avançada é a série da rodada, maiores são os obstáculos.

O principal gap, conforme o levantamento, foi detectado exatamente entre os estágios pré-seed e o investimento série A.

Entre 2011 e 2020, das 1.066 startups que captaram recursos na fase de ideação, apenas 281 conseguiram chegar a uma rodada série A.

Ou seja, quase 75% das empresas ficaram pelo caminho.

O afunilamento fica cada vez mais apertado e, na série E, apenas 8 das 1.066 empresas pesquisadas obtiveram êxito.

Diante de dados como esses, você pode se perguntar: por que o índice de mortalidade é tão alto no ecossistema startup?

A resposta não é única nem exata, mas algumas possibilidades geram reflexões:

  • Plano de negócios mal dimensionado
  • Modelo de receita pouco rentável
  • Tamanho do mercado pouco relevante
  • Fundadores inexperientes ou interessados em criar startup apenas para vender
  • Foco no produto e não no cliente.

As causas também podem ser internas, como problemas de gestão financeira, falta de engajamento da equipe, dificuldade de encontrar bons profissionais ou escolha errada de parceiros estratégicos.

Ou ter relação com as turbulências macroeconômicas, como inflação, risco fiscal, juros em alta, o que naturalmente afasta o investidor de ativos de maior risco.

O fato é que empreender é uma missão repleta de desafios, ainda mais no ambiente de extrema incerteza na qual estão inseridas as startups.

Os próprios gestores de fundos venture capital sabem disso.

“A gente lembra das histórias de unicórnio, mas as pessoas se esquecem dos outros 99%. Tem muita empresa que não vira unicórnio ou nem dá certo”, diz Bedy Yang, sócia da 500 Global, em entrevista ao podcast do Zero ao Topo.

Deixando a casa em ordem para receber investimento série A

Se sua startup chegou ao nível de disputar uma rodada de investimento série A, significa que já passou pelos testes de mercado e está pronta para crescer.

O ecossistema de investimentos em startups no Brasil ainda é incipiente, considerando mercados desenvolvidos como o dos Estados Unidos, o que aumenta os desafios.

O cenário também não é muito animador, levando em conta as condições macroeconômicas globais e os riscos de recessão.

No entanto, com o devido preparo, você pode, sim, ser bem-sucedido em uma rodada de investimento série A e garantir os recursos necessários para escalar o seu negócio.

Nesse sentido, aí vão algumas dicas.

  • Tenha um plano financeiro: o investidor precisa ter clareza sobre quais milestones sua startup pretende alcançar com os recursos captados
  • Faça um pitch deck irresistível: capriche na apresentação de modo que seja possível explicar a essência do seu negócio de maneira simples e rápida
  • Esteja preparado para a due diligence, o pente-fino que analisa os aspectos técnicos, burocráticos, legais e societários da sua startup
  • Tenha parceiros de impacto que ajudem você a preparar o seu negócio para receber os investimentos.

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