Os fundos de venture capital no Brasil são os principais responsáveis por capitalizar os negócios inovadores nos momentos em que eles mais precisam: as fases iniciais.
Apesar da redução de aportes em 2022 devido a questões macroeconômicas, o cenário para o empreendedorismo inovador no Brasil continua em alta.
Temos muitos problemas para resolver por aqui — e isso é um oceano azul para iniciativas inovadoras.
Ao longo deste artigo, vamos explorar os principais fundos venture capital no Brasil, além de algumas dicas que podem ajudar você a atrair o interesse deles.
Siga a leitura até o final!
Quais os principais fundos de venture capital no Brasil?
Há diversos fundos de venture capital no Brasil especializados em startups nos seus mais diversos ciclos de crescimento.
Trata-se de um veículo de investimento do tipo FIP (Fundo de Investimento em Participação), geralmente focado em negócios seed stage, early stage e growth stage.
Diferentemente do fundo private equity, o venture capital aposta na ideia ainda nas fases embrionárias, na intenção de multiplicar o capital por muitas vezes caso o negócio ganhe escala.
A seguir, confira os principais:
1. Monashees
O Monashees é um dos fundos venture capital mais tradicionais do Brasil, com histórico de investimentos em startups brasileiras de destaque, como 99 (adquirida pela chinesa Didi Chuxing), Loggi, Rappi e Nubank.
O fundo, que investe em empresas de tecnologia em diferentes estágios de crescimento, tinha em maio de 2023 um patrimônio líquido de R$ 107,51 milhões e 54 cotistas.
2. Valor Capital Group
O fundo venture capital Valor Capital Group, que tem escritórios no Brasil e nos Estados Unidos, também investe primordialmente em empresas de tecnologia.
Embora não atue exclusivamente no Brasil, fez investimentos em várias startups brasileiras, incluindo CargoX, Guiabolso, Descomplica e Loggi.
3. Redpoint Eventures
A Redpoint Eventures, empresa de venture capital com sede no Brasil, também investe em startups em diferentes trajetórias de crescimento.
Entre as empresas que receberam investimento, destaque para Creditas, GetNinjas, Gympass e QuintoAndar.
A Redpoint Eventures também tem parcerias com fundos de venture capital nos Estados Unidos.
De acordo com dados da plataforma Mais Retorno (em maio de 2023), o fundo atualmente tem 239 cotistas e patrimônio líquido de aproximadamente R$ 90 milhões.
4. Canary
A Canary é um fundo de venture capital do Brasil que se concentra em startups em estágio inicial (seed/early stage).
Tem uma abordagem de investimento compartilhada, apoiando negócios inovadores em diferentes setores e segmentos, como fintechs, healthtechs, edtechs e construtechs.
Algumas das startups investidas pelo fundo Canary, que tem 84 cotistas e patrimônio líquido de 75,5 milhões (maio de 2023), são Buser, Gupy, Loft e Hashdex.
5. Igah Ventures
Uma das principais gestoras de fundo venture capital do Brasil, a Igah Ventures (antigo e.Bricks Ventures) investe principalmente em negócios ligados a setores como financeiro, saúde e educação.
A gestora informa que já fez 45 investimentos, com 12 “exits” de sucesso, dentre as quais estão startups de renome, como Infracommerce e a corretora de valores Avenue.
6. DGF Investimentos
Fundada em 2001, a gestora DGF Investimentos constituiu seu primeiro fundo venture capital no Brasil para investimento em companhias em estágio inicial e de crescimento acelerado.
Em 2003, a gestora criou os fundos DGF 1 e DGF 2, investindo em 18 companhias em estágio seed e early.
Aportam principalmente em negócios inovadores nos setores financeiro, varejo, eletrônico, software e serviços.
Entre as startups investidas, destaque para Sólides, Reclame Aqui e RD Station.
7. Astella Investimentos
A Astella Investimentos investe primordialmente em startups early stage, de preferência quando os fundadores mantêm participação majoritária no negócio.
Desde 2010, a gestora já investiu em 50 startups, com 11 “exits” de sucesso.
Entre as operações recentes, destaque para a Amicci, que arrecadou R$ 40 milhões (série A), Guiavet (R$ 6,5 milhões — seed) e Bornlogic, com R$ 52 milhões (também série A).
8. Criatec 4
Os fundos venture capital Criatec foram criados pelo BNDES com o objetivo de investir em micro e pequenas empresas inovadoras.
Em 2023, foi lançado o Criatec 4, que é cogerido por Triaxis Capital e Crescera Capital.
A previsão é que o fundo invista R$ 350 milhões — com limite de financiamento de R$ 20 milhões por projeto —, superando as edições anteriores do Criatec.
Como captar investimento de venture capital no Brasil?
A captação de investimentos por meio de fundos de venture capital no Brasil exige preparo e profissionalização do negócio que vão além de um pitch bem feito.
Antes de entrar em uma rodada de captação, é importante você preparar sua startup de forma a atrair o interesse dos gestores e investidores.
Esse processo envolve o desenvolvimento de um modelo de negócios sólido, validação das hipóteses e construção de uma proposta de valor viável e plausível.
A seguir, confira um passo a passo de como proceder:
- Estabeleça networking com investidores e gestores de fundos venture capital em eventos do ecossistema inovador, conferências, pitch sessions ou redes sociais
- Pesquise sobre o perfil dos fundos venture capital no Brasil a fim de identificar os mais aderentes ao seu modelo de negócios
- Entre em contato com os fundos de venture capital e envie seu pitch deck. Você pode usar indicação de contatos em comum ou plataformas de equity crowdfunding
- Esteja preparado para a due diligence, a diligência prévia que antecede o contrato de investimento, caso haja interesse dos investidores em aportar na sua startup
- Prepare-se para discutir os termos do investimento, como valuation, participação societária, estrutura do investimento e governança corporativa.
Perceba que, antes mesmo de iniciar o processo de captação de recursos junto aos fundos venture capital no Brasil, é preciso organizar a casa, sobretudo do ponto de vista contábil e financeiro.
Nesse aspecto, conte com a parceria estratégica da Comece Com o Pé Direito, empresa que oferece um hub completo de soluções para startups, scale-ups e empresas digitais.
Além dos serviços contábeis de rotina, oferecemos contabilidade consultiva, due diligence com foco em investidores, soluções financeiras, business intelligence e muito mais.
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Boa tarde, o Criatec I, II e IV foram e são geridos pela Triaxis Capital e pela Crescera Capital. A informações do site está incorreta.
Olá Julia, tudo bem?
Agradecemos o contato.
Pesquisamos mais a fundo e corrigimos a informação. Prezamos por conteúdos que gerem valor e que tenham fontes verdadeiras, muito obrigada por nos chamar a atenção nesse ponto.
O tamanho do cheque do Criatec também está incorreto. São até 20MM.
Olá Julia,
Lamentamos o erro e corrigimos as informações, muito obrigada pela mensagem.