Precisando de recursos para empreender, mas não sabe como conseguir financiamento para startup?
Essa é, de fato, uma missão desafiadora, mas com o devido preparo e um plano estratégico bem estruturado, você certamente terá êxito.
Os recursos existem e podem ser captados por meio de diferentes fontes, seja mediante empréstimo ou venda de equity.
Portanto, confira nossas dicas e descubra como conseguir financiamento para sua startup crescer e escalar!
Como conseguir financiamento para startup?
Dúvidas sobre como conseguir financiamento para startup são relativamente comuns entre empreendedores que decidem se arriscar no universo de extrema incerteza da inovação.
Há recursos disponíveis, mas os caminhos podem ser diferentes conforme o estágio de amadurecimento de cada negócio.
Via de regra, quanto mais a empresa sobe de patamar, maiores as chances de conseguir financiamento, sobretudo de investidores institucionais.
Nas fases iniciais, como a de ideação, os recursos são mais escassos devido à percepção maior de risco, afinal, o índice de mortalidade é maior.
Panorama dos investimentos em startups no Brasil
Um estudo feito em 2022 pela Associação Brasileira de Startups, em parceria com a consultoria Deloitte, traz informações relevantes sobre o financiamento de startups no Brasil.
Os principais dados são:
- 60,4% das startups pesquisadas nunca receberam investimentos
- 35,3% das startups que receberam investimentos nos últimos dois anos têm mais de cinco anos de fundação
- 71,4% das startups que receberam investimentos estão em busca de novos recursos, sendo que 49,1% estavam com rodadas de captação em aberto na ocasião da pesquisa.
O estudo revela ainda que, considerando as startups pesquisadas, os recursos vieram principalmente dos investidores-anjo: 39%.
Em seguida aparecem os investimentos seed, com 17,6% do total de aportes, e fomento público, com 13,3%.
Na média, cada startup recebeu R$ 1.292.139,77, sendo que 25% do total recebeu entre R$ 50 mil e R$ 250 mil.
Como conseguir financiamento para startups conforme a fase
Os desafios para conseguir financiamento são diferentes conforme a fase em que a startup se encontra.
Um estudo do Distrito Dataminer mostra que há um gap importante entre os estágios pré-seed e o investimento série A, lacuna comparada ao “vale da morte”.
A pesquisa concluiu que de 1.066 startups que captaram recursos na fase de ideação entre 2011 e 2020 no Brasil, apenas 281 conseguiram chegar a uma rodada série A.
Ou seja, quase 75% do total de empresas ficaram pelo caminho.
Dados como esses explicam por que os fundos de investimento preferem startups em estágios mais evoluídos.
A seguir, confira como conseguir financiamento para sua startup conforme cada fase.
1. Ideação (pré-seed) e validação (seed)
Nessas fases, os principais financiadores são os próprios fundadores, amigos e parentes que acreditam na ideia.
São os chamados FFFs (Family, Friends and Fools).
Você pode tentar investimento também via plataformas de crowdfunding ou buscar a parceria de incubadoras, mas é preciso observar se sua startup atende aos critérios.
Algumas plataformas de financiamento coletivo aceitam negócios somente a partir do early ou growth stage.
2. Operação (early stage)
A partir da fase de operação, é mais provável que você consiga a atenção de investidores-anjo ou grupos de investidores-anjo.
Esse investidor, em especial, oferece mais do que simplesmente recursos financeiros: coloca à disposição do empreendedor também seu conhecimento sobre o mercado.
Outro caminho são as plataformas digitais, que recentemente se transformaram em distribuidoras de valores mobiliários.
Dependendo do tipo de solução que você oferecer (e das estratégias de comunicação), pode ser possível levantar os recursos em questão de horas graças ao alcance da tecnologia.
3. Tração (growth stage)
Uma startup growth stage já tem potencial para chamar a atenção de investidores institucionais com cheques maiores, como os fundos venture capital.
A vantagem é que, uma vez fechada a parceria, um fundo pode ter recursos suficientes para sustentar a rodada de captação como um todo.
4. Scale-up (expansion stage)
Da scale-up em diante, uma startup muito provavelmente já passou pelo investimento série A e está próximo aos eventos de exit, como M&A ou IPO.
Pode atrair fundos internacionais, dependendo da envergadura do projeto de expansão e dos milestones pretendidos.
Os aportes podem chegar aos US$ 5 bilhões, conforme levantamento do InfoMoney.
Além do pitch: 5 dicas para organizar a startup e atrair investidores
Se você está em busca de financiamento para sua startup, provavelmente seu negócio já não é mais apenas uma ideia.
As etapas de registro, formalização e elaboração do plano de negócio estão concluídas e tudo que você precisa é de recursos para escalar.
Além de um pitch adequado ao tipo de investidor, confira algumas dicas para organizar sua startup e se preparar para receber o capital necessário.
1. Plano de negócios sólido
O plano de negócios, feito conforme os princípios da startup enxuta, deve ser consistente e contemplar aspectos fundamentais, como:
- O tipo de solução que você pretende oferecer e os motivos que o levaram a tal descoberta
- Dados sobre o mercado de atuação, considerando público-alvo e os principais concorrentes
- Modelo de negócio (como sua empresa pretende entregar valor) e de receita (como pretende monetizar o produto/serviço)
- Plano de marketing e vendas, com dados sobre os principais canais e custos estimados por captação de clientes
- Expectativa do break even point
- Expectativa de rentabilidade, considerando a realidade de mercado e o volume de vendas.
2. Histórico de desempenho (ou projeções)
Dependendo do estágio em que seu negócio se encontra, você pode usar como argumento o histórico de desempenho com o propósito de conseguir financiamento para sua startup.
Receita, margem bruta e lucro líquido são algumas métricas que você pode apresentar.
Caso ainda não tenha um histórico de desempenho, precisará criar projeções com base em dados fundamentados.
Você pode usar indicadores mais específicos, como MRR (Receita Mensal Recorrente), CAC (Custo de Aquisição de Clientes ) ou CLTV (Customer Lifetime Value).
A dica é criar diferentes cenários: otimista, realista e pessimista, de modo a permitir uma reflexão por parte do investidor sobre as possibilidades de retorno.
Cuidado com as premissas adotadas.
Sempre que puder, use como referência dados reais do mercado ou de seus concorrentes, caso tenha, para justificar os cálculos.
3. Estrutura clara de investimento e expectativa de ROI
Lembre-se de que, para conseguir financiamento para sua startup, você precisa mostrar ao investidor como os recursos dele serão usados.
Afinal, o investidor pretende adquirir parte da sua startup e deve se convencer de que o potencial retorno vale o risco.
Você deve preparar respostas para algumas perguntas específicas, como:
- Será possível vender a participação societária caso o investidor queira sair do negócio?
- Os fundadores permanecerão como sócios majoritários ou podem vender o controle da startup no curto/médio prazo?
- Quais premissas foram usadas para calcular o valuation da startup?
- Haverá cláusulas contratuais de earnout?
É importante você ter em mente que o investidor tem interesse em saber também qual o potencial ROI (Retorno Sobre o Investimento).
4. Paixão pelo negócio
As estimativas e métricas são informações úteis à tomada de decisão do investidor, mas há fatores subjetivos que também são importantes, como a qualidade dos fundadores.
A pesquisa “How Do Venture Capitalists Make Decisions?” (Como investidores de capital de risco tomam decisões?”), feita em 2016, mostra que a equipe é o fator mais importante quando se trata de conseguir financiamento para startups.
Nos estágios iniciais, 53% dos entrevistados pelo estudo consideram o time como fator mais importante na decisão de investimento.
Nos estágios mais avançados, o percentual é de 39%.
Cabe mencionar que os investidores não são robôs.
Diante de propostas parecidas, a equipe que demonstrar mais paixão pelo negócio tem mais chance de ser escolhida.
5. Profissionalização do setor contábil e financeiro
No âmbito interno, é importante que você esteja preparado para escalar caso consiga o financiamento para sua startup.
Para isso, precisará profissionalizar o setor contábil e financeiro, com alocação eficiente dos recursos e controle rigoroso do fluxo de capital.
A startup também deve estar enquadrada em um regime tributário eficiente, dentro de uma estrutura societária que permita a associação de capital sem nenhum percalço ou obstáculo.
Principais tipos de financiamento de startups
Há diferentes fontes de recursos para quem está em busca de financiamento para startup.
A seguir, listamos os principais.
- Capital semente (seed money): geralmente disponibilizado pelos FFFs ou fundos de capital semente especializados em startups embrionárias
- Investidor-anjo: pessoa física ou jurídica que investe dinheiro, tempo e conhecimento na startup
- Equity e debt crowdfunding: plataformas de financiamento coletivo, sendo o equity crowdfunding um investimento em troca de participação societária e o debt crowdfunding uma operação de empréstimo
- Incubadora/aceleradora: instituições que oferecem recursos e estrutura para a startup nascer e crescer, como mentorias, espaço físico e serviços essenciais
- Fundos venture capital e private equity: aportam recursos em troca de participação societária, com o objetivo de obter ganhos de capital no longo prazo
- Incentivos governamentais: recursos disponibilizados pelo governo mediante edital, geralmente sem a necessidade de reembolso, mas com critérios bastantes específicos de participação
- Financiamento bancário: operação de empréstimo convencional em que a startup contrata uma linha de crédito com o compromisso de devolver o dinheiro acrescido de juros no futuro.
Consultoria especializada para organizar a sua startup
A saga do empreendedor em conseguir financiamento para startup, como vimos, é cheia de desafios, principalmente se não houver apoio estratégico.
A boa notícia é que você tem a Comece com o Pé Direito para te apoiar!
Nossa missão é ajudar o seu negócio a dar certo.
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